Impeachment será tocado com celeridade, afirma Cunha

O STF vai analisar, nesta quarta-feira (16), os recursos da Câmara dos Deputados quanto ao rito do impeachment e, dependendo do resultado, a retomada do processo deve acontecer na quinta (17)

por Giselly Santos ter, 15/03/2016 - 11:26

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar nesta quarta-feira (16) os embargos da Câmara dos Deputados quanto ao rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A partir da decisão da Corte, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu que dará celeridade aos trâmites do processo. Sob a ótica do presidente, o prazo de 45 dias será bem plausível, “com todos os percalços”, para a conclusão da análise do impeachment na Câmara.

“Com a decisão do STF, vamos tocar [o impeachment] com celeridade, até para que ninguém diga que se está obstruindo. Esse processo tem que se encerrar, tem que andar. Ele tem de ser acelerado para que se defina mesmo; temos que definir, independentemente da posição de cada um. A ideia é tocar imediatamente”, declarou Eduardo Cunha. 

Para o presidente da Casa, as manifestações de domingo podem mudar “o posicionamento de vários”, mas para o processo na Câmara a maior influência será mesmo a definição do STF. “Nunca na história deste país houve tantos pedidos de impeachment. Isso mostra que alguma coisa não está legal. É uma situação inédita, e por isso o processo tem de ser acelerado para que se defina mesmo; temos que definir, independentemente da posição de cada um”, ressaltou, informando que desde a aceitação do processo a Mesa Diretora recebeu mais de dez requerimentos com o mesmo teor.

Na quinta-feira (17), a expectativa de Cunha é de realizar a eleição dos integrantes da comissão especial do impeachment. “Se o Supremo decidir como fez em dezembro [anulando a escolha dos membros do colegiado feita pela Câmara], teremos que eleger a nova comissão. Se ele revir sua decisão [aceitando a comissão escolhida pela Casa], teremos de eleger um complemento, explicou.

Cunha lembrou que, regimentalmente, não há nenhuma previsão de que a presidência e a relatoria da comissão sejam reservadas a um partido específico, o que poderá gerar uma “guerra” pelos cargos entre as legendas representadas na Câmara. 

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