Câmara define partidos para presidências de comissões

Comando da CCJ ficou a cargo do PMDB

por Giselly Santos qui, 28/04/2016 - 14:51

Com quase três meses de atraso, os líderes partidários definiram, nesta quinta-feira (28), os partidos que vão ocupar as presidências das comissões permanentes da Câmara dos Deputados. A escolha foi feita levando em consideração o tamanho atual de cada bancada. Considerada como o colegiado mais importante da Casa, o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ficou a cargo do PMDB, partido com  maior número de deputados federais.

As legendas têm até a manhã da próxima terça (3) para indicar os demais membros dos colegiados. No mesmo dia, à tarde, serão eleitos os presidentes e vices. A expectativa é que já na quarta (4) as comissões comecem a trabalhar, podendo votar projetos de lei.

Alguns partidos já definiram as indicações a presidente. Para a CCJ, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), informou que o nome a ocupar o cargo ainda será definido. A escolha deverá ser feita entre os deputados Rodrigo Pacheco (MG) e Osmar Serraglio (PR).

O novo presidente do colegiado será responsável por conduzir a análise de um recurso apresentado pela defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo que a votação do parecer do Conselho de Ética que deu continuidade às investigações contra o peemedebista seja anulado. Cunha é acusado de ter mentido em depoimento na CPI na Petrobras, quando negou manter contas bancárias na Suíça. 

Obstrução

A definição dos novos presidentes das comissões na Câmara dos Deputados deveria ter acontecido no início do ano, entretanto, o debate da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a janela partidária adiaram o andamento dos trabalhos na Casa. Apesar da expectativa para a retomada das atividades e da tramitação natural dos projetos, o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), anunciou obstrução até que o Senado decida pelo afastamento ou não da presidente, o que deve ocorrer por volta de 12 de maio.

“Estamos em uma espécie de vácuo de poder. A presidente está saindo, e um novo presidente deverá estar entrando em dez dias. Neste momento, achamos prudente não votar nenhum projeto que tenha impacto no novo governo”, disse Pauderney.

Veja como ficou cada Comissão:

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