Jungmann: 'ninguém tem o direito de barrar a Lava Jato'
Para o ministro da Defesa, a Lava Jato está passando "a limpo o Brasil"
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), afirmou, nesta segunda-feira (23), que “ninguém tem o direito de barrar” a Operação Lava Jato, responsável por investigar o envolvimento de políticos e empreiteiras no esquema de corrupção em contratos firmados pela Petrobras. Em uma gravação, que teve o conteúdo divulgado na manhã de hoje, o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), promete “estancar essa sangria” representada pela operação caso o impeachment acontecesse e os peemedebistas comandassem o governo.
“O Ministério da Defesa entende que não compete a ninguém barrar a Lava Jato. Defendi-a durante um ano e meio no Congresso Nacional, inclusive entrando na Justiça contra qualquer obstrução. A minha opinião é de que ela é para passar a limpo o Brasil”, frisou Raul Jungmann em conversa com o Portal LeiaJá após visitar a diretoria do Porto Digital, no Recife.
Ao contrário das posturas mais duras diante de qualquer tipo de obstrução as investigações do caso, Jungmann, desta vez, foi mais comedido ao ser questionado sobre o assunto. Para endossar sua postura, ele citou o que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) disse durante a primeira reunião ministerial.
“Ele disse que não seria um presidente centralizador e, portanto, cada um deveria tocar a sua pasta. E que em qualquer comprovação de desvio ele, efetivamente, tomaria as providenciais na medida em que fosse comprovado”, pontuou o ministro. “O presidente deu uma diretriz muito clara: jamais abafar a operação Lava Jato, jamais obstruir ou pedir que a Justiça venha a funcionar e isso vale para qualquer um de nós”, acrescentou.
O áudio de Jucá também rendeu um pedido para que ele seja substituído na pasta de Planejamento. Sobre o assunto, Raul Jungmann disse que não iria opinar. “É uma matéria que diz respeito a presidência da República”, cravou.