Dilma se refere a Cunha como 'padrinho do golpe'
A presidente afastada também atacou as supostas práticas que ilegais que recaem sobre o peemedebista
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT), ao longo de seu depoimento no Senado Federal, em decorrência do julgamento de impeachment tratou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) como padrinho do golpe.
Para ela, o processo de seu impeachment tem por objetivo colocar na presidência da República um governo que não foi eleito nas urnas. Ela credita aos peemedebistas uma manipulação para que seja efetivada “uma eleição indireta”, com Temer assumindo o poder.
“A tentativa desmontar em um período de tempo, se não comprometerem as próximas eleições, de desmontarem um projeto que foi vitorioso nas urnas, é isso que está por trás do golpe. Mas eu queria acrescentar mais uma coisa, as razões que levam ao golpe, as condições que levam ao golpe, ferem esse golpe, mancham essa proposta de impeachment, mancham com indelével marca da chantagem, do desvio de poder e da tentativa de se furtar investigações. Esta proposta ela tem um padrinho, esse padrinho se chama Eduardo Cunha. Os outros foram coadjuvantes e como coadjuvantes emprestaram o seu nome, a sua credibilidade para o mais vergonhoso processo de impeachment, que tinha por base evitar o julgamento do senhor presidente então da Câmara, Eduardo Cunha, que estava em curso na comissão de Ética. Se não é assim eu pergunto: por que estão fazendo todas as gestões possíveis para evitar esse julgamento na comissão de Ética? Por que ele está sendo adiado para as calendas gregas? Por que isso está acontecendo?”, questionou.
A presidente afastada também atacou as supostas práticas que ilegais que recaem sobre Cunha. “Não há dúvida que eu não tenho contas no exterior, não tenho imóveis e não usufrui de benesses, seja de aprovação de medidas provisórias, seja de utilização de recursos públicos em meu benefício, da minha família ou de quer que seja. Assim sendo, como condenam uma pessoa que é inocente por três decretos e um Plano Safra, adiam o julgamento, criam um conluio. E aí eu falo isso para a população brasileira, criam um conluio para evitar esse julgamento”, disse antes do intervalo do início da noite.