Senado abre consulta pública sobre MP do ensino médio
No momento, o "Não" à reformulação está vencendo com larga vantagem
A Medida Provisória 746/2016, proposta pelo governo Temer, está passando por consulta pública na web. O Senado Federal abriu uma enquete para que os eleitores dêem sua opinião sobre a reformulação no ensino médio, anunciada na última quinta-feira (22). No momento, a imensa maioria dos internautas se mostraram contrários ao novo texto.
Contexto
Com as mudanças, apresentadas pelo Ministério da Educação, a carga horária para o estudante irá sofrer aumento, progressivo, de 800h/ano para 1,4 mil. Com previsão de entrar em vigor no próximo ano, a proposta também indica que todo o conteúdo programático, já acompanhado no currículo atual, deve ser visto entre o primeiro e a metade do segundo ano letivo. Já na segunda metade do segundo ano, os alunos poderão escolher as áreas de afinidade em que querem seguir, divididas como nas categorias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São elas: ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens.
A MP do ensino médio causou muita repercussão negativa nas redes por prever em seu texto que apenas matemática, português e inglês permaneceriam como matérias obrigatórias e deixando filosofia, sociologia, artes e educação física como facultativas. No dia seguinte ao anúncio das alterações, o MEC voltou atrás e publicou novo texto onde as 13 disciplinas indicadas como obrigatórias pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) serão vistas durante todo o ensino básico.
Votação
Enquanto a matéria apresentada pelo governo tramita no Senado, a casa abriu uma consulta pública na internet para entender a posição dos eleitores. Para votar, basta acessar o site da votação, no seguinte endereço: http://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=126992. É preciso fazer um cadastro no site antes. No momento do fechamento desta matéria, o "Não" estava com mais de 20,5 mil votos, contra pouco mais de 700 favoráveis.
Votação segue com ampla vantagem para a recusa da reformulação no ensino médio. (Reprodução/Senado Federal)
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