Presidente do PSB: João Campos dará 'sequência à linhagem'

No Congresso Estadual do partido, filho de Eduardo Campos foi chamado de 'deputado' pelo presidente Carlos Siqueira

por Giselly Santos seg, 28/08/2017 - 09:22

O lema “2018 apenas em 2018”, sempre citado entre os políticos quando o assunto é eleição, foi deixado de lado pelo presidente nacional do PSB Carlos Siqueira ao anunciar a candidatura do chefe de gabinete do Governo de Pernambuco e filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, a deputado federal. Durante o encerramento do Congresso Estadual da legenda, neste domingo (27), Siqueira chamou João de “deputado” e disse que ele dará seguimento à “linhagem” política do pai. 

“Eu já chamo de deputado porque haverá de dar sequência a essa linhagem que tem compromisso com o Estado”, cravou o presidente. Desde que Campos morreu, em agosto de 2014, João é apontado como o seu “sucessor” da política estadual. Toda vez que é indagado pela imprensa sobre candidatura,  o chefe de gabinete desconversa e diz que “no momento certo” tratará do assunto. Apesar disso, ele iniciou nos últimos meses uma série de visitas a diversas cidades do Estado. Os registros são sempre expostos nas redes sociais do jovem. 

Durante o Congresso, pouco antes de ser chamado de deputado, João disse que o PSB tem que continuar transformando o Estado. “Temos força para transformar Pernambuco e fazer com que Pernambuco continue no caminho certo. Que nossas cidades que são governadas por prefeitos, vice-prefeitos e com vereadores do PSB possam trabalhar levantando as causas socialistas e o legado de Arraes, Ariano e Eduardo, podendo honrar cada um de nós”, salientou. Além disso, ele também comandou um coro entre os pessebistas em defesa da candidatura à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). 

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Partido reelege Sileno Guedes para o comando

O congresso estadual do PSB reelegeu o presidente Sileno Guedes para o comando da sigla para o próximo triênio (2017-2020), além dos delegados aptos ao congresso nacional previsto para outubro. Mesmo com os discursos festivos, o evento expôs ainda mais uma celeuma interna entre a atual direção e o grupo comandado pelo senador Fernando Bezerra Coelho; o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho; e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. 

Eles não participaram do congresso e, em nota, justificaram que não haveria “clima”. "Com processos tramitando na executiva nacional solicitando a expulsão do partido de 16 parlamentares, inclusive 4 de Pernambuco, embora convidados, consideramos não haver clima para participar de eventos partidários até o desfecho desta questão", declararam em nota. 

O grupo ensaia deixar o PSB, e Fernando Bezerra até já admitiu a possibilidade de procurar  “novas alternativas partidárias”.

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