Antonio Cruz/Agência Brasil

A especulação de que a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( Inep ), Maria Inês Fini, pudesse ser a escolhida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o Ministério da Educação foi descartada pelo próprio capitão da reserva. Sem minimizar nas palavras, ao ser questionado sobre o assunto, durante entrevista concedida em frente ao condomínio em que mora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disparou “essa pode esquecer”. 

“Essa pode esquecer. Ela não esteve à frente da prova do Enem? Tá fora. Cartão vermelho. Não tem amarelo, é vermelho direto”, foi direto ao ponto o capitão da reserva. 

Inês e Bolsonaro protagonizaram momentos de tensão após o presidente eleito criticar por diversas vezes uma questão do Enem deste ano no qual tratava sobre um dialético utilizado por gays e transexuais. Por sua vez, a presidente do Inep, durante uma entrevista concedida ao jornal El País, chegou a lamentar o fato que houve “leituras equivocadas” sobre a prova e ainda falou que “não é o governo quem manda no Enem”. 

Apesar da declaração de Inês, Bolsonaro afirmou que vai fiscalizar o exame, no próximo ano, antes da aplicação. “Pode ter certeza, fique tranquilo, não vai ter questão dessa forma ano que vem”, enfatizou durante uma live transmitida pelo Facebook no começo deste mês. 

O nome escolhido para assumir o Ministério da Educação continua sendo uma incógnita. Bolsonaro chegou a falar que é “complicado” escolher quem será o novo ministro da pasta.