Joaquim Francisco critica o governo Paulo Câmara
O ex-governador falou que Pernambuco precisa de uma “série de correções de rumo”
Sobre a disputa eleitoral em Pernambuco com a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), durante participação no programa Roda Viva Pernambuco, o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) falou que houve uma série de questões que pesaram no processo. Para ele, o uso da máquina pública, bem como a não necessidade de se descompatibilizar do cargo para disputar o pleito foram vantagens para o pessebista.
“O governador disputou a eleição no cargo. Isso tem uma influencia”, pontuou. “Eu também acho que o povo de Pernambuco não entendeu a mensagem de Armando Monteiro. Uma mensagem muito sólida e muito bem estruturada”, completou o tucano, que esteve endossando o palanque do petebista na disputa eleitoral em outubro.
“Não houve entendimento nesse processo e houve uma série de negociações políticas que levaram a uma acomodação e a vitória do governador com uma margem muito estreita, mas houve uma vitória”, completou.
Joaquim disse que Pernambuco precisa de uma série de “correções” de rumo citando a indústria, comércio, agricultura de empresas que não “estão indo bem”, e projetos novos para o Estado.
Equilíbrio das contas públicas
O assunto sobre a Lei da Responsabilidade Fiscal, no qual ele foi relator do projeto quando deputado federal, também foi um dos temas debatidos. Joaquim afirmou que a lei pode ser “totalmente cumprida”, mas que apenas foi criada há 18 anos. “É uma criança ainda. Ela pode sofrer alguns ajustes”, afirmou ressaltando que é preciso abrir espaço para decretar, caso necessário, a falência dos municípios para retirar todas as “gorduras” que foram colocadas sem parar com os serviços essenciais como a educação.
“A Lei da Responsabilidade Fiscal não deve ser mudada agora porque se viver uma crise”, acrescentou.
Para Joaquim, faltou gerência, além de excesso de despesas e falta de controle em estados que enfrentam dificuldades como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Também criticou a cultura latina, segundo ele, do “puxadinho”.