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Reuniram-se nesta quarta-feira (4) os familiares, amigos e antigos colegas de trabalho do ex-governador Joaquim Francisco, para velar o corpo do político, que faleceu nessa terça-feira (3), após uma longa batalha contra o câncer. O velório iniciou por volta das 8h, no Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, onde Francisco chefiou por cerca de quatro anos, entre 1991 e 1994. A cremação será no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, às 15h.

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Estiveram presentes figuras importantes da política local, como o governador Paulo Câmara (PSB) e o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos). O prefeito do Recife, João Campos (PSB), declarou que pretende construir um busto de Joaquim Francisco no Parque da Jaqueira, na Zona Norte da cidade, e que foi construído durante a gestão de Francisco, que também foi prefeito da capital pernambucana.

Joaquim Francisco Cavalcanti morreu aos 73 anos, no Hospital Português, na área central do Recife. Além de prefeito e governador, também foi deputado federal e ministro do Interior, no governo de José Sarney. Ele deixa esposa e filhos.

Sobre a disputa eleitoral em Pernambuco com a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), durante participação no programa Roda Viva Pernambuco, o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) falou que houve uma série de questões que pesaram no processo. Para ele, o uso da máquina pública, bem como a não necessidade de se descompatibilizar do cargo para disputar o pleito foram vantagens para o pessebista.

“O governador disputou a eleição no cargo.  Isso tem uma influencia”, pontuou. “Eu também acho que o povo de Pernambuco não entendeu a mensagem de Armando Monteiro. Uma mensagem muito sólida e muito bem estruturada”, completou o tucano, que esteve endossando o palanque do petebista na disputa eleitoral em outubro.

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“Não houve entendimento nesse processo e houve uma série de negociações políticas que levaram a uma acomodação e a vitória do governador com uma margem muito estreita, mas houve uma vitória”,  completou.

Joaquim disse que Pernambuco precisa de uma série de “correções” de rumo citando a indústria, comércio, agricultura de empresas que não “estão indo bem”, e projetos novos para o Estado.

Equilíbrio das contas públicas

O assunto sobre a Lei da Responsabilidade Fiscal, no qual ele foi relator do projeto quando deputado federal, também foi um dos temas debatidos. Joaquim afirmou que a lei pode ser “totalmente cumprida”, mas que apenas foi criada há 18 anos. “É uma criança ainda. Ela pode sofrer alguns ajustes”, afirmou ressaltando que é preciso abrir espaço para decretar, caso necessário, a falência dos municípios para retirar todas as “gorduras” que foram colocadas sem parar com os serviços essenciais como a educação.

“A Lei da Responsabilidade Fiscal não deve ser mudada agora porque se viver uma crise”, acrescentou.

Para Joaquim, faltou gerência, além de excesso de despesas e falta de controle em estados que enfrentam dificuldades como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Também criticou a cultura latina, segundo ele, do “puxadinho”.

O ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco (PSDB), que é dono de uma vasta trajetória política na qual foi ministro, deputado e prefeito do Recife, foi o entrevistado do programa Roda Viva Pernambuco, da TV Nova Nordeste, na noite dessa terça-feira (4). Durante a sabatina, ao ser questionado pelo LeiaJá, o tucano chegou a dizer que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá ser solto a qualquer momento e foi além: disse acreditar que o líder petista pode voltar à política.

“Ainda há um espaço, um espaço reduzido. Não é aquele espaço, não é aquele processo”, declarou em referência aos anos nos quais o ex-presidente chegou a ter percentuais de aprovação histórica.

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No entanto, Joaquim Francisco, hoje presidente do Instituto Teotônio Vilela no Estado, falou que o PT deveria fazer uma autocrítica. “Não sou especialista em PT, mas analisando do ponto de vista político mais geral haveria que se fazer uma autocrítica analisando onde foi que errou”, observou.

O ex-governador salientou que havia indícios de desvios, mas que a legenda preferiu se defender argumentando que existe uma “mídia golpista” e falando sobre o “fascismo”.  “São palavras fáceis de dizer sem conteúdo e sem discussão”, avaliou.

Ainda sobre o assunto, Joaquim também ressaltou que não concorda com a afirmação de aliados do ex-presidente da República de que ele foi “preterido” de ser candidato novamente na eleição deste ano, após ser preso no dia 7 de abril passado.

“Meu amigo, você foi presidente da República quatro anos, reeleito mais quatro anos, colocou uma sucessora [Dilma Rousseff] quatro anos, depois a sucessora ficou mais dois anos, só há precedentes no Brasil Getúlio Vargas”, expôs.

O tucano também salientou que tem esperança no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na sua avaliação, os sinais que foram dados até agora na composição do governo foram positivas. “A mensagem de construção de novos caminhos, enfim eu acho que os primeiros passos estão sinalizando positivamente, inclusive os sinais da economia que, apesar desses últimos dois, três anos de profundas dificuldades, eu acho que começa a acenar como a bolsa de valores, eu acredito”, justificou.

O Recife é um centro de convergência política, econômica e cultural e isso não é de hoje. “Menina dos olhos” para qualquer político que se dispõe a governar as cidades pernambucanas, apesar da disponibilidade deles nem sempre o cuidado com o Centro da cidade é visto como prioridade por quem fica à frente do Palácio Capibaribe Antônio Farias. 

Fazendo um panorama de 1983 até hoje, o LeiaJá ouviu ex-prefeitos e a atual gestão sobre os investimentos direcionados para a região central da capital pernambucana e as iniciativas comungam entre si a tese contínua de revitalização da área que reúne, diariamente, não apenas os recifenses, mas também, como classificava o sociólogo Gilberto Freyre, “recifencizados”. Ou seja, pessoas de outras cidades do Estado que adotam o Recife como local de trabalho ou de moradia. 

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Na década de 80, Joaquim Francisco (PSDB) governou a capital pernambucana por duas vezes e uma das curiosidades detectadas por ele na época foi de que o Recife é “uma cidade matuta” reforçando a tese de Gilberto Freyre. Matuta ou não, o certo é que a cidade tem uma visibilidade secular seja na política ou nas intervenções urbanas. 

Ao receber a nossa equipe em seu escritório na Zona Norte, o ex-prefeito contou do amor que sente pelo Recife e o fato de ter direcionado as ações para o Centro durante seus mandatos na tentativa de torná-lo mais habitável, apesar das chamadas “ruas humanizadas” que, segundo ele, restringiam a passagem e permanência de carros, dificultando o preenchimento dos imóveis da região.  

Francisco detalhou que durante a sua gestão revitalizou ruas, avenidas, pontes e a iluminação da área central -  rendendo, segundo ele, ao Recife o título de cidade mais bem iluminada do país na época. O investimento, entretanto, não surtiu o efeito esperado pelo tucano. 

“Minha intenção era fazer com que o espaço urbano central fosse cada vez mais humano, mas os humanos não atenderam na velocidade que eu esperava”, observou, ao lembrar o esforço feito para ocupar os prédios vazios do Centro da capital pernambucana. 

“Pensei que seria mais fácil quando eu começasse a fazer a recuperação dos prédios no Centro, garantisse o sistema de limpeza urbana - fazíamos a lavagem das ruas cinco vezes por dia - e desse uma melhoria radical na iluminação. Mas isso não brotou um Centro habitado. Aprendi que seria um processo muito lento, porque se criou um conceito de que a melhor moradia era distante da cidade”, lamentou Joaquim, ponderando que o desafio de habitar a região ainda é atual.

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Navegabilidade do Rio Capibaribe: um desejo antigo e frustrado

Na veia da garantia da mobilidade urbana no Recife, um dos debates que não deixa de estar em evidência é o da navegabilidade do Rio Capibaribe, assunto que ganhou ênfase nas administrações do ex-governador Eduardo Campos (2006-2014) e do atual prefeito da capital, Geraldo Julio (PSB), mas não é de agora, vem se arrastando por várias gestões e ainda não saiu do papel. 

A possibilidade de tornar viável o transporte aquático, que reduziria o impacto do congestionamento no Centro já que o rio corta toda a cidade e é considerado uma “avenida líquida”, já era estudada na década de 80 por Joaquim Francisco. Ele tentou atrair empresários e intelectuais do Texas, nos Estados Unidos, para garantir a proposta, mas não obteve êxito.  

“Era um investimento grande, mas não prosperou porque a rentabilidade pública não era viável. Depois, Eduardo [Campos] começou, mas infelizmente não concluiu. Mas ficou um salto. Tem o catamarã andando. A ideia germinou e o catamarã já está incluído no roteiro turístico e o Centro passou a ganhar mais vida naquela época”, rememorou Francisco que deixou a prefeitura para assumir o Governo de Pernambuco. 

Jarbas Vasconcelos: um “cuidado de casa” para o Centro

Também antes de gerir o Estado, o atual deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) esteve à frente do Palácio Capibaribe Antônio Farias no intervalo entre os governos de Joaquim Francisco e, anos depois, de 1993 a 1996. Sob a ótica dele na época, Recife precisava ser “cuidado como nós fazemos na nossa própria casa” e, seguindo esta linha, logo nos primeiros dias como prefeito fez uma espécie de “faxina geral” na Avenida Guararapes, uma das mais movimentadas da região central. 

Além das limpezas de avenidas e ruas, Jarbas disse que para guiar o trabalho direcionado para a área criou um Escritório de Revitalização do Centro para coordenar as ações e projetos para o local. Entre as intervenções do ex-prefeito estão a reorganização do Recife Antigo e a implantação do camelódromo, na Avenida Dantas Barreto.

 “O camelódromo não surgiu para acabar ou solucionar o problema da atuação irregular dos ambulantes no Centro do Recife. Esse equipamento surgiu para dar uma ordem nesse comércio. Realocamos ambulantes, que antes disputavam entre si os espaços nas ruas do Centro, para um local único, com estrutura, e construído aproveitando a logística e o fluxo dos passageiros de ônibus que por ali passavam e passam até hoje”, justificou Jarbas. 

Apesar da intervenção, o emedebista ainda ponderou a dificuldade que foi, quando prefeito, “desfazer determinadas culturas e hábitos da população” recifense para tentar manter essas iniciativas. 

“O maior desafio foi trabalhar para desfazer a cultura local de muitas das pessoas da cidade de que os espaços públicos, principalmente os localizados no Centro da cidade, são espaços livres de regulamentação e que por isso poderiam ser ocupados sem regras. E era essa a realidade de muitas ruas, ruas importantes do centro do Recife. Vias principais e vias secundárias eram ocupadas de forma desordenada em relação ao comércio, principalmente ao comércio informal”, detalhou. Hoje o camelódromo tem diversos boxes fechados e o comércio ambulante voltou a tomar conta das ruas do Recife, principalmente da Avenida Conde da Boa Vista.   

Já no que se tratou do Recife Antigo, Jarbas relembrou que “foram reformados pontos históricos da região como a Rua do Bom Jesus, além da Rua da Imperatriz e da Rua Nova, passando pela revitalização das pontes, pela reforma completa do Mercado de São José e chegando ao Porto Digital, que hoje é o melhor parque tecnológico urbano do Brasil e fica situado no bairro histórico do Recife Antigo e no bairro de Santo Amaro”.

O Recife no início do século XXI 

De 2001 a 2008, quem esteve à frente da prefeitura foi João Paulo (PCdoB). Ele foi o primeiro prefeito reeleito para cumprir mandatos seguidos e ao falar do Centro do Recife salientou que a região “é fruto de toda a cidade” porque nela trabalham e transitam pessoas da Região Metropolitana e de todo o estado. Seguindo esta linha, as principais e mais polêmicas intervenções feitas pela gestão do comunista na área central foram com relação ao transporte. 

João Paulo extinguiu o transporte clandestino no Centro em parceria com Jarbas, que na época era governador de Pernambuco. A intervenção teve uma reação violenta de kombeiros que chegaram, inclusive, a ameaçar de sequestro um dos filhos do então prefeito e forçou João Paulo a circular pelas ruas da capital de carro blindado por dez meses [ver mais detalhes no vídeo]. 

Logo em seguida, de acordo com o ex-prefeito, veio a construção das paradas de ônibus na Avenida Conde da Boa Vista, construção que iniciou a implantação do corredor leste-oeste e rende críticas a João Paulo até hoje.  

“Uma questão política, na época, foi o fato de Mendonça [Filho - sucessor de Jarbas Vasconcelos] ter colocado todos os fluxos de ônibus para circular pela Conde da Boa Vista gerando engarrafamento e uma crise grande, mas aí conversamos e encontramos outros roteiros como solução, mas o principal motivo do congestionamento foi o excesso de ônibus. Tem muita gente que reclama até hoje porque foi priorizado o ônibus, mas não me arrependo”, garantiu João Paulo, ao comentar sobre a intervenção. 

A revitalização de ruas do Centro também esteve na lista de ações de João Paulo, assim como dos outros prefeitos, e o “disciplinamento do comércio ambulante com fiscalizações e um trabalho educativo de limpeza” da região. 

Outro aspecto de destaque na administração do ex-prefeito foi no âmbito cultural. Ele instalou o Circuito da Poesia em 2005, com 12 estátuas de escritores e artistas pernambucanos espalhados pelo Centro da cidade, implantou o carnaval multicultural fazendo com que o Marco Zero virasse referência da festa no país, e recuperou o Teatro Santa Isabel,  onde começaram a exibir peças teatrais para famílias contempladas pelo Bolsa Família durante a gestão dele.

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O Centro hoje: a visão dos ex-prefeitos e da atual gestão

De prefeito em prefeito, o discurso de ações benéficas é constante, mas o Centro do Recife não é essa maravilha toda e ainda carece de novas intervenções atualmente. O LeiaJá tentou ouvir o prefeito Geraldo Julio (PSB) sobre como estava atuando na região, assim como fez com os demais ex-prefeitos, mas o pessebista não disponibilizou agenda. 

Apesar disso, o secretário de Planejamento Urbano, Antônio Alexandre, conversou com a nossa reportagem e argumentou que o poder público sozinho não consegue ser responsável pela requalificação da região e pelo combate, por exemplo, do fenômeno de esvaziamento das atividades econômicas que sustentaram por anos a área - ponto tão questionado pelos ex-prefeitos Joaquim Francisco e Jarbas Vasconcelos. 

“O sucesso para iniciativas que visam evitar o esvaziamento do centro passa pela parceria entre o poder público e o setor privado. Os proprietários dos imóveis, dos prédios, poderiam se comprometer mais em requalificar os imóveis enquanto que o poder público se faria presente nessas áreas. Uma presença não só na manutenção correta dos espaços e vias, mas também garantindo segurança e o suporte necessário para quem trabalha e circula por esses locais”, ponderou Jarbas, cobrando também a atuação mais eficaz da prefeitura.

“É colocar uso, gente e atividades no Centro. Não pode ser apenas na base do restaurante”, argumentou Joaquim Francisco. 

Neste sentido, o secretário explicou que a atuação do poder público no Centro atualmente está baseada em três eixos: ordenamento urbano, promoção da dinâmica urbana e a requalificação e valorização das áreas públicas. 

No âmbito do ordenamento urbano, o secretário fez questão de destacar o comércio ambulante que vem tomando conta da Avenida Conde da Boa Vista e de outros pontos da capital pernambucana  que já foram, inclusive, alvos de investimentos de outras gestões [como citamos acima]. Alexandre disse que a Prefeitura é contra a tese de “higienização da cidade”, com a retirada dos ambulantes sem dar alternativas. 

“Estamos falando da base socioeconômica da cidade. Existe a carência que acaba colocando para as famílias, como fonte de geração de renda, o comércio informal e ambulante. Por isso estamos buscando alternativas onde estas pessoas possam fazer suas atividades de geração de renda”, afirmou, pontuando que estão sendo estudados quatro terrenos para a construção de shoppings populares. 

“Tivemos uma ação importante na Conde da Boa Vista, mas o fluxo é grande e não adianta pensar que só tirando resolve. Mas fizemos uma ação, por exemplo, na Ponte da Boa Vista [conhecida como Ponte de Ferro], não se conseguia andar nela e hoje a realidade é outra”, completou. 

Já no tocante da requalificação e valorização das áreas públicas, Antonio Alexandre salientou que a gestão está mais avançada com ações culturais como o Recife Antigo de Coração e a Ciclofaixa móvel aos domingos e feriados. “Os dois projetos fizeram com que os recifenses redescobrissem o Centro do Recife”, frisou. 

Além disso, o secretário lembrou ainda do projeto de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista, uma promessa da campanha de reeleição de Geraldo Julio, mas que ainda não saiu do papel. “Estamos concluindo para apresentar, em breve, para a sociedade”, concluiu. A Conde da Boa Vista é ponto de gargalo do trânsito do Centro do Recife e alvo de críticas desde a intervenção feita por João Paulo. 

Embora os ex-prefeitos e a atual gestão tenham listados suas intervenções para a região, o retrato atual do Centro não é tão animador e existem diversas interrogações sobre até quando uma das principais áreas da capital pernambucana seguirá sem o cuidado que ela merece.

 Sem nenhum debate ou discussão com a sociedade, o Governo do Estado prorrogou o prazo para conclusão das obras da parceria público-privada (PPP) do Saneamento, que tem como meta universalizar o acesso à rede de esgotamento sanitário em toda a Região Metropolitana do Recife. Com a alteração, o novo cronograma estica para 2037 a conclusão das obras, antes previstas para serem entregues 12 anos antes, em 2025. De acordo com o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), desde 2015, segundo ano da PPP, a estatal de saneamento vem repassando 86,5% de todo o faturamento com a taxa de esgoto para o parceiro privado, a BKF Ambiental, a título de contraprestação operacional, o que representa pouco mais de R$ 200 milhões por ano. Para 2018, segundo nota técnica da Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe), essa conta somará R$ 239,1 milhões. Quando o Programa Cidade Saneada foi iniciado, em 2013, a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana do Recife era de 30%, atualmente o índice é de 37%, podendo chegar a 90% em 2037, quando na verdade a promessa inicial era de que até 2024, a mesma parcela da população teria a cobertura de esgotamento sanitário.

Mais críticas

O parlamentar também questiona a nova equação financeira do empreendimento, que reviu os valores de investimentos a serem feitos pela Compesa e pelo parceiro privado, a BRK Ambiental, que assumiu a participação da Odebrecht no empreendimento. “Segundo o último aditivo do contrato, a BRK vai desembolsar R$ 5,83 bilhões. Como a empresa vai ser remunerada por esse investimento extra? Quanto desse total vai ser repassado para o consumidor?”, questiona.

Carne de bode distribuída pela Prefeitura beneficia comunidade do em Petrolina

A Prefeitura de Petrolina continua realizando a distribuição de carne de bode para a população em condição de vulnerabilidade social. Na noite desta terça-feira (27), a entrega aconteceu no Bairro Jardim Petrópolis e mais de 300 famílias foram contempladas.

Politica??

Sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Agrário, um volume de 7500 kg de carne de bode, obtido por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, está sendo doado a 1500 famílias de baixa renda em Petrolina e, cada família cadastrada pela Central Única dos Bairros (CUBAPE) está recebendo 5 kg de carne de caprino.

Raquel Lyra recebe “Prêmio Prefeitura Amiga da Mulher”

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, recebeu, nesta terça-feira (27), o “Prêmio Prefeitura Amiga da Mulher”, promovido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A quinta edição do prêmio contemplou, também, os prefeitos dos municípios de Arcoverde, Palmares e Itamaracá.

Critérios

Dentre os critérios para seleção dos premiados, estão prefeituras que se destacaram pelo conjunto de políticas públicas para as mulheres, formação de redes estruturadas, com organismos municipais de defesa dos direitos das mulheres, adesão ao FEM Mulher, existência de Conselho da Mulher, de Centros de Referência, além de ações de promoção da saúde feminina e campanhas educativas.

Recife mapeia ações disponíveis para os jovens da cidade

Dentro da programação da 2ª Semana Municipal da Juventude, a Prefeitura do Recife lançou, na tarde desta terça-feira (27), o Guia Municipal de Políticas Públicas de Juventude do Recife, no auditório do Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José.

O site

Disponível no site da Prefeitura, a publicação organizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas Sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH) traz um resumo de quase 70 ações, serviços, programas e projetos da PCR que estão disponíveis para os mais de 400 mil recifenses de 15 a 29 anos.

Ações do documento

O principal objetivo do documento é oferecer aos jovens do Recife uma ferramenta útil para que encontrem os caminhos necessários para utilizar os serviços oferecidos pela Prefeitura que despertem seu interesse, colaborando para o fortalecimento da autonomia e da capacidade de organização e participação social dos jovens da capital pernambucana.

Armando quer liderança política para a logística desenvolver Pernambuco

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defendeu, nesta terça-feira (27), em discurso no plenário, a necessidade de liderança política para tornar o setor de logística, liderado pelo Porto de Suape e Aeroporto dos Guararapes, um “caminho novo” para o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco.

Suape na voz do senador

Segundo ele, o complexo portuário de Suape, “um ativo estratégico de Pernambuco” que abriga uma centena de indústrias, é o maior porto do Nordeste e o quinto do Brasil, requer uma gestão planejada. Essa gestão é essencial, na sua visão, para conseguir reduzir tarifas e enfrentar a concorrência crescente do porto cearense de Pecém.

Parabéns

O ex-governador Joaquim Francisco - presidente do Instituto Teotonio Vilela (PSDB) - está entre os cinco dirigentes do estado a serem homenageados na primeira edição do prêmio "Mérito Desenvolvimento Econômico de Pernambuco”. A honraria foi concedida nesta terça-feira (27) pela Sociedade Pernambucana de Planejamento Empresarial (SPPE) e Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (Assempre).

Discurso

Ao discursar, Joaquim Francisco lembrou de várias ações do seu governo que contribuíram para colocar Pernambuco no caminho do desenvolvimento. Citou, por exemplo, que o estado carecia de um programa de desenvolvimento com incentivos fiscais, quando nasceu o Prodepe (Programa de Desenvolvimento de Pernambuco), segundo ele, "uma iniciativa que gerou muitos frutos e uma sucessão de conquistas acompanhadas por outros governadores".

Câmara de Olinda encaminha ao Tribunal de Contas prestação do ano de 2017

A Câmara Municipal de Olinda encaminhou ontem (26/3/) a prestação de constas eletrônicas referente ao ano de 2017 para o Tribunal de Contas do Estado, antecipando o prazo legal que é o dia 2 de abril.

Professores de São Lourenço da Mata recebem reajuste salarial de 6,81%

Os professores da rede de ensino de São Lourenço da Mata passam a receber, neste mês de março, o novo piso salarial da categoria. O prefeito Bruno Pereira (PTB) sancionou a lei que concede reajuste de 6,81% no piso salarial dos professores da rede municipal de ensino. O aumento será publicado nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial dos Municípios, após ser aprovado por unanimidade na Câmara Municipal. O aumento representa uma conquista para a classe. “É uma forma de valorizar estes profissionais, que têm papel fundamental na educação dos jovens são-lourencenses”, ressalta o prefeito.

Pagando

Como será retroativo a janeiro, o pagamento do novo piso salarial vai injetar um montante de R$ 2.308.069,28 na economia do município. São R$ 2.057.695,30 referentes à folha de março e outros R$ 250.374,28 relativo às diferenças dos meses de janeiro e fevereiro de 2018.

Dentro da lei

O reajuste está em consonância com a Lei Federal 11.738, a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional para os Professores do Magistério Público da Educação Básica. O aumento dos valores salariais será aplicado de acordo com a tabela do Plano de Cargos e Carreira (PCC) do município, que classifica os professores por níveis diferentes.

O medo do Ministro

Raul Jungmann conversou pessoalmente com deputados do PT que foram até sua pasta falar sobre o assassinato de Marielle Franco, no Rio, e souberam dos tiros na comitiva de Lula durante a reunião. Segundo os relatos, o ministro mostrou-se assustado e tratou o episódio como o prenúncio de um futuro sombrio.

Durante o ato "Pernambuco Quer Mais", não foram poucos os políticos que elogiaram a atuação do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), como o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e o irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio Campos. O evento aconteceu, nessa sábado (3), na Arena Caruaru. 

Outro que rasgou elogios ao auxiliar ministerial do presidente Michel Temer (PMDB) foi o ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco, que compareceu no ato político. Joaquim disse que o ministro era uma "revelação". "Sem dúvida com o reconhecimento nacional e enfrentou os tabus do ensino médico", declarou. Ele também falou que o ex-ministro das Cidades, o deputado federal Bruno Araujo (PSDB), tem "capacidade política".

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Em seu discurso, após estender os elogios a outros políticos da oposição, Joaquim Francisco disse que está confiante. "Por isso, fico otimista porque mudar não é apenas um verbo (...) posso dizer com pouco mais de experiência de quem já foi prefeito, governador e ministro: esse palanque veio para ficar porque tem gente seria, competente e sabe trabalhar".  

Joaquim ainda falou que o grupo tem propostas. "O Brasil precisa muito olhar o que o mundo está fazendo para enfrentar as dificuldades e também precisa de um formulário de boas praticas", declarou ressaltando que o brasileiro anda "desconfiado".

O movimento ‘Pernambuco quer Mudar’, lançado por sete partidos de oposição - mais o senador Fernando Bezerra Coelho que é do PMDB, legenda da base do governo Paulo Câmara (PSB) - deve fazer um giro pelas regiões do estado antes de anunciar a composição da chapa que concorrerá às eleições de 2018. A previsão inicial é de que os nomes da majoritária sejam divulgados em março.

De acordo com Bezerra, o grupo já tem dois encontros marcados, um em Petrolina, no Sertão, em janeiro, e outro em Caruaru, no Agreste, em fevereiro. Durante as andanças por Pernambuco, a frente pretende recolher propostas que possam compor uma futura plataforma de trabalho e basear um eventual programa de governo. 

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“A história de Pernambuco exige um novo tempo, até março e abril vamos colher diretrizes e escalar o time”, explicou o senador, durante o primeiro ato oficial da aliança que aconteceu na noite dessa segunda-feira (11) e reuniu cerca de 2 mil pessoas, de acordo com a organização.

Além de Bezerra, o grupo também é formado por nomes como o do também senador Armando Monteiro (PTB), os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), e da Educação, Mendonça Filho (DEM); do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e dos ex-governadores Joaquim Francisco (PSDB) e João Lyra Neto (PSDB). 

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Com três pré-candidatos já anunciados, sete partidos que fazem oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) lançaram, nesta segunda-feira (11), uma frente chamada “Pernambuco quer mudar”. O evento foi marcado por uma maciça participação política desde prefeitos e vereadores de diversas cidades a lideranças como os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB) – dois dos três nomes que anseiam liderar a majoritária em 2018 -, além de deputados federais, estaduais e os ministros Mendonça Filho (Educação) e Fernando Filho (Minas e Energia). 

Terceiro nome que almeja disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), foi o primeiro discursar. Ocupando o púlpito por quase vinte minutos, ele arrancou sutis críticas até de quem compunha a mesa durante o encontro. Ao expor seus argumentos, Gomes fez questão de dizer que Pernambuco vive um modelo econômico equivocado e concentrador de desenvolvimento em algumas regiões chaves. 

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“É necessário aceitarmos e deixarmos claro que mesmo na crise Pernambuco teve um desempenho aquém da realidade. O desenvolvimento não pode estar concentrado apenas em Suape ou na indústria automotiva de Goiana. Precisamos de um modelo descentralizado e que chegue a todas as regiões”, salientou.

Além disso, Elias também não deixou de ponderar que na aliança firmada pelos partidos ali presentes (PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB) havia diferenças. “Este momento tem uma grande relevância para o estado, estamos reunindo lideranças das mais diversas matrizes políticas e ideológicas. Isso significa que algo nos une, mas não podemos deixar de ser claros que nesta mesa há diferenças. Até porque não se faz alianças entre iguais. Estamos dando o primeiro passo no sentido de formular propostas para enfrentar os problemas enfrentados pelo nosso estado. É salutar que cada partido percorra o estado e seja um debate de conteúdos e ideias, não contra pessoas, mas por um Pernambuco melhor”, destacou.

Ex-governador, Joaquim Francisco (PSDB) disse que a frente “é uma grande obra de engenharia política, social e econômica construída a muitas mãos”. “Estes caminhos e a união destas vontades está representada nesta mesa. É composta por homens de comprovada participação na coisa pública. Não temos medo de grito nem utilizamos a dureza do discurso. Não se veio aqui vender ilusões ou aglutinar pessoas para dizer temos um caminho. Fizemos um diagnóstico de Pernambuco para que viéssemos aqui dizer: temos um roteiro, temos alternativas”, observou. 

Corroborando com o correligionário, o também ex-governador João Lyra Neto (PSDB) argumentou que “nunca houve um início de um movimento político com tanta liderança”. “Isso significa que todas as regiões de Pernambuco estarão unidas para colocar Pernambuco no seu devido lugar. Desta mesa vamos eleger o novo governador de Pernambuco em 2018. A partir de janeiro de 2019 vamos nos reestabelecer”, cravou.

Deputado federal e ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo destacou que Pernambuco tem um governo que muitos mandam e pouco é feito. “Pernambuco veio se reencontrar para dizer que acredita na mudança. No meio de uma crise, Pernambuco que sempre foi muito firme, encontramos um governador que sumiu. Nos últimos três anos vivemos um apagão e ele fez com que nos reunissímos para colocar o estado nos trilhos”, ponderou. 

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Balanço do governo de Paulo e manifesto oposicionista

Durante o evento, o vereador do Recife André Régis fez um panorama das taxas econômicas, de emprego e desenvolvimento do estado. Entre os índices, Régis disse que a expectativa é de que o estado cresça 0,6% este ano. “Se Pernambuco não mudar não iremos crescer. Precisamos de uma gestão profissional para fazer com que este estado que foi grande volte a crescer e deixe de viver dias marcados pela incompetência”, salientou.

O encontro culminou em um manifesto marcado por ataques a Paulo Câmara, ressaltando a queda no desenvolvimento estadual, além de dados como o ranking da violência no estado e o quantitativo de obras paralisadas. No documento, a oposição diz que “o pernambucano tem sofrido com a falta de liderança, de ousadia e de capacidade de gestão”. 

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O PSDB define, nesta segunda-feira (12), se permanece ou não na base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Em Pernambuco, apesar de lideranças como os deputados federais Daniel Coelho e Betinho Gomes defenderem duramente o desembarque, a cúpula estadual da sigla já definiu que pregará a “responsabilidade da legenda para com o Brasil” durante a reunião marcada para às 17h de hoje.  

“Temos responsabilidades com o país nessa hora de graves incertezas”, destacou o ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco. A posição foi endossada pelo deputado federal Guilherme Coelho (PSDB-PE). “Precisamos apoiar o presidente para que junto com nossos ministros possamos colocar nosso país no rumo certo. Temos muito o que fazer pelo país e pelo nosso Nordeste”, frisou o parlamentar.  

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Presidente do PSDB Mulher no estado e integrante da Executiva Nacional, a deputada  estadual Terezinha Nunes disse que o PSDB não deve tomar nenhuma decisão que “agrave ainda mais o quadro caótico do país” e, por consequência, “contribuir para a desestabilizar um presidente, constitucionalmente empossado, sem ter a menor ideia do que será posto em seu lugar”. 

“O PSDB, porém, tem responsabilidade e, mesmo correndo o risco do desgaste, precisa agir com a cabeça fria. O radicalismo pode nos jogar num buraco cada vez maior”, frisou a tucana. 

Com a postura, também reforçada pelo presidente estadual e deputado Antônio Moraes, os tucanos sinalizam um reforço, por exemplo, a estadia do ministro das Cidades, Bruno Araújo, no cargo. Nos bastidores do PSDB, a atuação do pernambucano pode reforçar a imagem tucana no estado e refletir em bons desempenhos eleitorais em 2018, com a possibilidade, inclusive, de Araújo disputar o cargo de governador. 

Os seis ex-governadores de Pernambuco fizeram, nesta sexta-feira (26), um comunicado à nação defendendo o respeito e cumprimento da Constituição Federal diante do cenário político nacional e o “rigor da punição a corruptos e corruptores”. Na carta, capitaneada por João Lyra Neto (PSDB), os ex-gestores do Executivo estadual dizem que as investigações devem ser levadas “às últimas consequências”. 

Além disso, eles ponderam também que “só uma ação integrada e harmônica entre os três poderes constituídos garantirá uma solução para o impasse político que o País enfrenta neste grave momento da nacionalidade”.

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Em conversa com o LeiaJá, Lyra Neto disse que as propostas expostas pelos ex-governadores podem ajudar o país a recuperar a estabilidade. “Tive esta iniciativa exatamente por causa do quadro que vive o país e em relação a nossa participação na história brasileira, vivemos um momento de instabilidade e grande crise econômica, ética e política, temos que em primeiro lugar obedecer a Constituição, trabalhar pela punição dos corruptos e restabelecer o entendimento entre os poderes”, declarou.

Segundo o tucano, as articulações para a construção do manifesto iniciaram na última segunda-feira (22). A carta será encaminhada ao Congresso Nacional, ao presidente Michel Temer (PMDB) e ao Poder Judiciário. 

Apesar de já terem sido citados nas investigações da Lava Jato, maior esquema de corrupção do país, os ex-governadores Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho, atuais deputado federal e ministro da Educação, respectivamente, também assinaram a carta. 

Jarbas está na lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, por ter recebido doações da Odebrecht para a campanha, mas ele afirma que tudo aconteceu “dentro da lei”. Enquanto Mendonça, teve o pedido de abertura de inquérito negado pelo então ministro Teori Zavascki. Ele era acusado de receber propinas da UTC. 

Mesmo com estas ressalvas, nos bastidores, os ex-governadores consideram que compõem o único grupo de ex-gestores dos estados do país sem acusações formais de corrupção e com legitimidade para se posicionar sobre o assunto. 

Alguns, inclusive, acreditam que o Brasil precisa passar por uma operação igual a Mãos Limpas que aconteceu na Itália e reorganizou a política no país, dissolvendo até os partidos políticos. 

Veja a carta na íntegra:

Aos Brasileiros

Pernambuco deu, ao longo de sua história, notáveis exemplos de compromissos com as lutas pela liberdade, pela democracia e pelo respeito aos direitos humanos.

Desde a Revolução Pernambucana de 1817, a Confederação do Equador de 1824 e a Revolução Praieira de 1848 que estamos na vanguarda das melhores causas nacionais.

Nós, ex-governadores de Pernambuco, firmamos posição - neste momento de grave crise política, ética e econômica - em defesa dos princípios democráticos e do mais absoluto respeito à Constituição em vigor, fruto da luta de milhões de brasileiros.

Defendemos irrestrito apoio as ações desenvolvidas pelo Ministério Público e o Poder Judiciário no sentido que seja aplicado o rigor da punição a corruptos e corruptores. As investigações de desvios de recursos públicos devem ser levadas às últimas consequências.

Só uma ação integrada e harmônica entre os três poderes constituídos garantirá uma solução para o impasse político que o País enfrenta neste grave momento da nacionalidade.

A Nação clama por respeito à Constituição, aos princípios democráticos, punição aos corruptos e corruptores, como premissa básica para estabilidade da economia e retomada da geração de empregos.

Gustavo Krause

Jarbas Vasconcelos

João Lyra Neto

Joaquim Francisco

Mendonça Filho

Roberto Magalhães

Desde a infância, o ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco conviveu com o líder sertanejo Miguel Arraes. Seu pai, José Francisco de Melo Cavalcanti, segundo contou Joaquim era amigo de Arraes quando, o primeiro, era deputado estadual, na década de 40 e, este último, secretário da Fazenda no governo de Barbosa Lima. A convivência foi desde a infância. “Arraes também considerava o meu pai um amigo embora, na política, isso tenha limites”, disse.

Apesar de garoto, Joaquim disse que não se esquece das primeiras memórias. “Eu guardei aquela imagem mais jovem de um homem inteligente, sabido, que sabia fazer uma composição política. Sempre o achei com um jeitão, autenticamente, nordestino. Falava 50% do que queria e os outros 50% guardava. Gostava do chamado varejo da política, da rua, da feira, da praça, do poeta, do repentista, do cantor. Era um homem humano. Se relacionava bem com as pessoas, agora, como um sertanejo era desconfiado”.

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Para Joaquim Francisco, o ponto forte de Arraes era a firmeza das suas convicções. Contou que o governador não recuava do norte que queria seguir. “Ele tinha convicções de matriz muito forte na área socialista. Muitas delas não se concretizaram, não se materializaram, mas ele se manteve firme numa coerência em busca dos objetivos dele. Não trilhou caminhos convencionais porque ele sempre era um híbrido fértil. Navegava nos dois rios. Da direita e da esquerda. Essa dificuldade que, até hoje em dia algumas pessoas encontram numa convivência mais aberta, ele não tinha. Isso sem abrir mão das convicções dele. Aí era onde estava astúcia dele”.

                                                                                                

Joaquim declarou que, apesar da conjuntura não houve “guerras políticas” entre ambos. “Até porque ele era de um temperamento, quando queria, suave. Era muito experiente, muito jeitoso, fazia política e metade do que podia ele dizia, a outra metade você ficava esperando um novo encontro. Também era teimoso, ou seja, um político hábil, astucioso, coerente com as ideias dele e sabia o que queria”.

Ele também recordou da época em que era prefeito e Arraes, governador. “Era um aprendizado permanente. Ele conversava comigo, aquela coisa toda, eu era um adversário na prefeitura e ele um governador adversário. Eu ia lá despachar e ele conversava bem comigo, aquela conversa, mas, que as coisas que eu ia pedir, ele não atendia. Eu brincava com ele: “Dr. Arraes essas são soluções de gaveta”.

"Eu ia lá despachar com ele e ele conversava bem comigo, aquela conversa, mas, que as coisas que eu ia pedir, ele não atendia. Eu brincava com ele: “Dr. Arraes essas são soluções de gaveta”. “Eu sempre fui apressado, ansioso, queria soluções rápidas. Ele dizia: as coisas têm um ritmo. Você vai, espera um tempo, dá uma sequência e, assim, as coisas vão andando. Pedia para eu deixar de agonia. Ele não pegava no arranco, sempre mastigava o processo. Ouvia uma opinião. Era um político hábil, astucioso, obstinado, cabeça dura, coerente com as ideias dele e sabia o que queria. Um condutor, um líder, sem dúvida alguma, e conseguia em alguns momentos passar uma impressão completamente oposta”.

Joaquim acredita que os laços familiares facilitou o convívio. “Por exemplo, na transição de governo. Eu, que sou um animal rural e urbano, valorizo muito essa maneira de ser rural, de relembrar as ligações que você teve no passado, então, trouxe um clima de convivência cordial mesmo em polos opostos, sem radicalismo, eu o sucedi e depois ele disputou a eleição com Krause e ganhou a eleição. Eu sucedi ele e ele me sucedeu. Foi uma transição pacífica. Eu gostava de conversar com ele. Muitas pessoas reclamam que não conseguia conversar com ele. Eu conseguia”, contou.  

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UM HOMEM ALÉM DO SEU TEMPO

Entre as muitas histórias relembradas, Joaquim Francisco destacou um episódio, na época em que era governador [1991/1995], que confirmaria que Arraes era um homem além do seu tempo. Arraes teria se encontrado com ele, dois anos após assumir a gestão, para questioná-lo quem seria o seu candidato para a Prefeitura do Recife. “...Daí, ele se encontrou comigo e me perguntou. “Eu queria saber de uma coisa, Joaquim. Quem será o seu candidato a prefeito? Porque eu estou recebendo esse povo de marketing e eles estão dizendo que o povo não quer mais saber de político, que o povo não quer político. Falaram que o povo quer técnico, gerente. E, aí, Joaquim, você vai fazer o que?...”.

Sobre o fato, Joaquim disse para Arraes que não saberia o que iria fazer e questionou o mesmo. “Eu também quero saber do senhor se o senhor vai botar um político ou um técnico”, teria retrucado.

Arraes teria continuado. “...Eu fico aqui pensando, tantos anos que a gente faz política, eu, Pelópidas, você, Dr.Roberto, cada um no seu canto e, de repente, o povo não quer mais saber da gente. O que a gente faz? Tem que pegar um técnico. Estou pensando em ligar para uma das multinacionais e dizer me arranje um prefeito técnico...”.

Joaquim não se esquece dessa história. “Isso há 28 anos e não me esqueço porque hoje está se debatendo isso. Ele já dizia que o povo na rua não queria político, que queria técnico por alguma razão, por algum desgaste político. Isso, lá atrás, já tinha esse tipo de discurso”.

No final das contas, uma semana após, a decisão de Arraes foi feita. Não botou um “técnico”. “Não vou botar um técnico (...). Eu pensei, se a gente é político, colocar um técnico daqui a pouco o povo não gosta da gente. O candidato dele foi Eduardo Campos; o de Joaquim, André de Paula, e Jarbas foi candidato. Ganhou Jarbas, ou seja, a tese do gerente faliu. Arraes estava certo". 



O ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco prestigiou o lançamento oficial da campanha do candidato ao executivo do Recife Daniel Coelho (PSDB). Ele não poupou elogios para o tucano: “Daniel é um jovem, mas não é um jovem que se esqueceu dos três tempos importantes que são o passado e o presente para construir o alicerce no futuro”, destacou.

Joaquim Francisco disse que ao chegar no evento pensou, ao ver a militância, qual era o seu objetivo no ato. “Eu, que já participei de tantos encontros ao longo de uma longa vida pública, vi, entre as razões de estar aqui, a primeira delas é que de há uma consciência de que Daniel Coelho e Sergio Bivar, seu vice, estão preparados para desempenhar a função de prefeito. Daniel foi vereador, deputado estadual e, agora deputado federal. Ele tem, sobretudo, uma palavra forte, positiva e respaldada no conhecimento técnico que já possui problemas do Recife”, discursou.

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Para o ex-governador, a política caminha cada vez mais para gestões que indiquem as soluções objetivas que o povo manifesta nas ruas. “O programa de Daniel vem sendo construído ao longo do tempo e, cabe a todos nós, companheiros que se mobilizam em várias regiões, conduzir esse processo. Só serão quarenta e cinco dias de campanha. É importante que, a partir de hoje, com esse tempo curto, cada um procure desenvolver e levar as mensagens que serão transmitas pelo partido e por todos aqueles que confiam em Daniel”, acrescentou.

Ele não poupou elogios para o ministro das Cidades. “Bruno Araújo é outra liderança jovem, que possui expressão nacional, que está engajado nesta luta articulando, a partir do cenário nacional, as grandes formulações que, por certo, vão guiar o futuro do Recife. Vamos, portanto, nos unir nesta hora. Construir e ter esperança porque mudar, renovar, reconstruir, avançar está em nossas mãos, nas mãos de vocês, na mãos que irão construir a vitória. Há razões para esperança”, finalizou Joaquim. 

O PSDB de Pernambuco realiza neste sábado (11) um seminário de capacitação para pré-candidatas às Prefeituras e Câmaras de Vereadores nas eleições municipais deste ano. O evento será realizado na sede estadual da legenda, no bairro do Derby, área central do Recife. Durante a abertura do encontro será lançada a "Cartilha da Candidata" com dicas e orientações para a disputa de outubro. 

Além disso, no seminário serão proferidas palestras com os temas: “campanha 2016 do ponto de vista feminino", “uso das redes sociais nas eleições”, “nova legislação eleitoral e seu impacto na disputa deste ano”, e o “papel do vereador na vida no município” fazem parte da programação. 

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A presidente do PSDB Mulher e pré-candidato à vereadora, Terezinha Nunes, o presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV) em Pernambuco, ex-governador Joaquim Francisco, e o deputado federal Daniel Coelho, pré-candidato à Prefeitura do Recife, participam do evento. 

O PSDB inicia, neste sábado (21), uma série de formações para os tucanos que vão disputar as eleições municipais deste ano. O primeiro “Curso de Formação para Candidatos” será no Recife, a partir das 8h30, e abordará temas como estrutura de campanha, marketing político, redes sociais e legislação eleitoral. 

"O processo eleitoral deste ano acontece em um momento de grandes desafios para o Brasil e, por consequência, para o PSDB. Nossa intenção é contribuir para a consolidação das pré-candidaturas do partido a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores", explicou o presidente do Instituto Teotônio Vilela, senador José Aníbal. Segundo ele, o curso vai acontecer em todos os estados do país até agosto, quando ocorrem as convenções. 

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No Recife, participam do evento especialistas em ciência política, além do ministro das Cidades, Bruno Araújo; o presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Antônio Moraes; e o presidente do ITV-PE, ex-governador Joaquim Francisco.

A sede do PSDB em Pernambuco localizada no bairro do Derby, área central do Recife, amanheceu com pichações nesta quinta-feira (28). Frases chamando o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves, de “ladrão”, o partido de “golpista” e defendendo a permanência da presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo foram pichadas no muro da casa onde funciona o PSDB estadual.    

As pichações acontecem um dia após Aécio Neves se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), sucessor constitucional de Dilma em caso de impeachment. O PSDB deve participar de um eventual governo peemedebista.

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"É a cara do PT esse tipo de reação", cravou o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, pontuando que as pichações refletem o “forte ambiente de intolerância dos petistas” diante do cenário de “forte rejeição dos brasileiros aos governos administrados pelo partido”.

Corroborando Moraes, o presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV) e ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco se mostrou preocupado com a postura. “O que acontece é que se montou, durante quase 14 anos, um pensamento hegemônico de poder, de se entender que 'aqui somos a verdade e você não entra'. Mas esse processo foi se desgastando, até em função de promessas não cumpridas, e alimentando esse clima de uma certa selvageria num país como o Brasil que tem um tradição de cordialidade", criticou o tucano.

Um flerte. Este foi o clima que pairou durante o ato festivo de filiação do ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, ao PSDB nesta sexta-feira (2). A paquera foi direcionada a outros dois socialistas, a deputada estadual Raquel Lyra e o ex-governador João Lyra Neto, que participaram do evento e mostraram integração ao discurso tucano. 

Durante as falas de boas vindas a Francisco, vez ou outra os líderes do PSDB em Pernambuco esboçavam o desejo de que os caruaruenses migrassem para a sigla. “Tenho até o sentimento que vamos ganhar mais [filiados]. Não sei ainda de onde. Tem dois quadros que devem vir em breve. Por mim amanhã, mas vamos respeitar e esperar”, soltou o deputado federal Daniel Coelho, referindo-se a Raquel e João Lyra como “futuros tucanos”.  

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“Dois ex-governadores valem por um. Quem sabe não teremos?”, brincou o deputado federal Bruno Araújo ao responder um argumento do também parlamentar Betinho Gomes que pontuou a necessidade de todos os partidos fortes terem “um governador e um ex-governador”. O mesmo foi endossado pelo presidente estadual da legenda, deputado Antônio Moraes, e o vereador André Régis.

Após a cerimônia, questionado sobre o possível ingresso ao PSDB, João Lyra confirmou e disse estar conversando com as lideranças tucanas e a cúpula local do PSB. “Minha prioridade é ficar no PSB, mas existe a possibilidade também, dentro dessas conversas e dialogo, de nos integrarmos ao PSDB. Temos um prazo jurídico, mas não quer dizer o que político vai se estender. Mais brevemente possível estaremos dando o nosso posicionamento”, informou. Na semana passada, inclusive, ele esteve em Brasília para um encontro como senador Aécio Neves (PSDB)e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 

Com a nova legislação, Raquel e João Lyra têm até março para mudar de partido caso queiram postular algum cargo eletivo em 2016. “Estou pacientemente aguardando uma definição do quadro do PSB. Temos que ter paciência, pois o dialogo é o instrumento principal para que nós possamos ter uma saída política que atenda o interessa da população. Não estamos fazendo isso por interesse pessoal, mas por defender um projeto a nível nacional, regional, estadual e municipal. Não existe a política sem essas escalas. Temos que integrar tudo isso para ter resultado”, argumentou o ex-governador.

Em Caruaru, o PSB tem duas frentes distintas. Uma ocupada pelos Lyras e outra pelo vice-prefeito da cidade, Jorge Gomes. O imbróglio local no momento é sobre o comando da legenda, a partir disso serão escolhidos os candidatos para a prefeitura da cidade em 2016. Nas últimas semanas, os políticos caruaruenses têm conversado com o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, e o governador Paulo Câmara (PSB), no entanto ainda não houve uma definição. 

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Instituto de PSDB- PE será presidido por Joaquim Francisco

Filiado oficialmente ao PSDB desde a última semana, Joaquim Francisco reuniu ex-governadores, deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos de diversos partidos, nesta sexta, para festejar a mudança de partido. Apesar de recém-chegado ao PSDB, o ex-governador já chega para presidir o Instituto Teotônio Vilela (ITV) em Pernambuco. Órgão do PSDB é responsável pelas formações e cursos dos integrantes da agremiação e simpatizantes. 

“Chego à casa nova como se fosse antiga. Não recebo nem o tratamento de novato. No ITV vamos mostrar ao jovem e ao militante que eles têm uma base e uma bandeira atual. Chego mais maduro, pelo calor de muitos sóis. Criei uma convicção de que o equilíbrio fiscal da voto e ninguém mais equilibrou este país como o Plano Real do PSDB”, argumentou contextualizando. “O papel da oposição é ser cri-cri. Quero estar aqui nesta trincheira para amolar ainda mais a foice”, acrescentou o ex-prefeito do Recife.  

Além de João Lyra, participaram do evento os ex-governadores Gustavo Krause e Roberto Magalhães. Os deputados estaduais Priscila Krause (DEM), Rodrigo Novaes (PSD), Eriberto Medeiros, José Humberto Cavalcanti (PTB) e Raquel Lyra. Ainda estive presente, a vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT). 

 

O PSDB de Pernambuco realiza, na próxima sexta-feira (2), um ato festivo para a filiação do ex-governador Joaquim Francisco a legenda. A comemoração acontece mais de dez dias após a ficha do ex-socialista ter sido abonada pelo presidente nacional do partido, o senador Aécio Neves. O evento, agendado para as 11h, será na sede estadual da sigla, no bairro do Derby, área central do Recife. 

Nesta segunda-feira (28), o prefeito de Bom Jardim, Miguel Barbosa, e o ex-prefeito de Jaqueira, Amadeu Henrique, ingressaram no ninho tucano em solenidade na sede do partido. Estiveram presente o presidente do PSDB-PE, deputado Antônio Moraes, o deputado federal Betinho Gomes, a presidente do PSDB Mulher, Terezinha Nunes, e do deputado estadual Aluisio Lessa (PSB).

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“São duas conquistas importantes que nos dão a certeza de que o PSDB ganha força e se apresenta como alternativa política no Estado para nos conduzir a um futuro de muita projeção aqui em Pernambuco", avaliou o secretário-geral da legenda, Betinho Gomes.

O PSDB vem com uma campanha nacional de filiação desde o mês de agosto. O lançamento foi feito pelo presidente nacional da legenda, Aécio Neves, em Maceió (AL). Na ocasião, o senador frisou a disposição do PSDB de dialogar com a sociedade e o seu crescimento na preferência dos brasileiros, sobretudo dos jovens.

Após perder a reeleição para a Câmara dos Deputados em 2006, o ex-governador Joaquim Francisco teve seu nome cogitado para ser candidato a vereador do Recife em 2008 pelo Democratas. Naquela época foi questionado se queria ser lembrado na história como ex-governador ou ex-vereador, o que culminou numa desistência de disputar um mandato na Casa José Mariano.

Pouco tempo depois, se filiou ao PSB com o objetivo de tentar recuperar seu mandato na Câmara dos Deputados, mas acabou não viabilizando seu projeto. Mesmo assim teve seu nome indicado pelo PSB para o posto de suplente de Humberto Costa na chapa liderada pelo então governador Eduardo Campos, que buscava a reeleição.

Desde 2009, quando se filiou ao PSB, Joaquim foi subaproveitado pelo partido, até que optou pela saída do partido semana passada para se filiar ao PSDB. Aos 67 anos e com uma experiência de ter sido prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco, deputado federal e ministro e consequentemente com uma inteligência invejável, não tem sentido Joaquim seguir fora da vida pública.

Naquele contexto de 2008, talvez fosse questionável uma candidatura a vereador do Recife. Mas para 2016, agora num robusto PSDB, e com uma demanda da sociedade por representantes qualificados e probos, a candidatura de Joaquim a Câmara Municipal pode ser uma retomada de uma brilhante trajetória política precocemente interrompida há quase dez anos por conta de um insucesso eleitoral.

A candidatura de Joaquim Franscisco qualifica o debate das eleições para vereador, e um mandato dele será de grande valia para a Casa José Mariano, pois ele estará empestando sua vasta experiência em prol das discussões sobre o Recife. Ele não será o primeiro “medalhão” a tentar um mandato na Câmara do Recife. Já tivemos os exemplos do ex-governador Gustavo Krause, do senador Humberto Costa e mais recentemente do deputado federal Raul Jungmann, que apesar de terem exercido cargos mais relevantes, disputaram o mandato de vereador, venceram e não fizeram feio.

Randolfe Rodrigues – O senador Randolfe Rodrigues (AP) anunciou ontem a sua desfiliação do PSOL. Randolfe chegou a ser cogitado como pré-candidato do partido a presidente da República no ano passado mas acabou dando lugar a Luciana Genro, que foi a candidata do partido. Randolfe, que é pernambucano de Garanhuns, é mais um se filiar a Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva.

Candidata – Tendo seu nome ventilado para disputar a prefeitura de São Paulo ou a do Rio de Janeiro pela Rede Sustentabilidade no ano que vem, a ex-senadora Marina Silva refutou a hipótese de trocar o domicílio eleitoral para isso. Marina quer mesmo é tentar pela terceira vez consecutiva o Palácio do Planalto em 2018.

Reforma – Sem condições de satisfazer a gula do PMDB por cargos, a presidente Dilma Rousseff ainda não conseguiu realizar a tão esperada reforma ministerial. Existem vários PMDBs e a presidente não terá a menor chance de conseguir unificar o partido em torno dos nomes que serão indicados. Alguém sairá insatisfeito do processo, dificultando mais ainda a já complicada relação do Planato com o partido.

Sinal – O Palácio do Planalto entendeu o discurso da senadora Marta Suplicy no ato de sua filiação ao PMDB de que o partido de fato romperá com a presidente Dilma Rousseff. No evento de sábado sobraram críticas de Marta a Dilma, de quem foi ministra do Turismo no primeiro mandato.

RÁPIDAS

Preocupação – Na avaliação do Planalto a convocação do ex-presidente Lula para depor como testemunha na Polícia Federal sobre os esquemas de corrupção na Petrobras pode abrir um precedente grave para a desconstrução do PT e do governo Dilma Rousseff.

Invasão – O Movimento Sem Terra invadiu ontem uma fazenda do ex-deputado Pedro Corrêa em Brejo da Madre de Deus. A família do ex-deputado, que está preso por envolvimento na operação Lava Jato, acredita que a ação foi uma espécie de retaliação pelas declarações do ex-parlamentar envolvendo o ex-presidente Lula nos escândalos.

Inocente quer saber – Por quê o MST não ocupa o sítio de Lula em Atibaia?

Em tempos tão bicudos para os políticos, a decisão do ex-governador Joaquim Francisco, que renunciou, ontem, formalmente, à suplência do senador Humberto Costa (PT), para a qual foi indicado pelo PSB, é algo raríssimo. Em se tratando de uma seara em que os políticos costumam, em ocasiões como essas, não abrir mão de poder por mero fisiologismo, é mais digna de elogios ainda.

Joaquim foi correto e coerente. Como permanecer suplente de senador, designado por um partido ao qual não milita mais em suas fileiras? O ex-governador resolveu se desfiliar do PSB, conforme antecipei no meu blog sábado passado, e sem nenhum apego a cargo abriu, consequentemente, da suplência.

Rareiam por este País políticos com tamanha decência. Entende Joaquim que ao abandonar a legenda socialista deixou, igualmente, de acreditar em seus princípios partidários e suas ideologias e como tal com que cara poderia assumir eventualmente o Senado se Humberto viesse a se licenciar? Só os caras-de-pau não separam uma coisa da outra.

Homem público de bem, honesto, de bom senso e zeloso pela sua imagem faz como o ex-governador fez. Não importa se uma suplência tem importância ou não neste momento tão de baixa que vive o Congresso. O que importa, na verdade, é o gesto. E na política os gestos muitas vezes valem muito mais do que uma obra material.

Já se disse que o Brasil progride à noite, enquanto os políticos dormem. Falar mal da classe política brasileira virou lugar comum. Mas num estado democrático existem duas classes de políticos: os ladrões educados de terno e gravata e os que primam pela ética e moralidade. Joaquim está entre os raros desta segunda alternativa.

São poucos, como ele, que sabe distinguir o público do privado, porque é da velha guarda da política herdada do berço do seu pai, o velho Zé Francisco, que Deus já levou. Em vida, zeloso guardião das finanças, trabalhou para vencer a fome, a miséria e a exclusão social usando decentemente o seu mandato – foi quatro vezes presidente da Assembleia, mas morreu pobre, num apartamento de dois quartos.

Eça de Queiroz disse que políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo, decepcionado com a roubalheira, a pilantragem, a vigarice, a safadeza. Na verdade, os políticos se movem, infelizmente, pelo interesse e não pelo sentimento. O gesto de Joaquim, certamente celebrado pelo seu velho pai na eternidade lá no Céu, contradiz o poeta Eça.

E faz lembrar Augusto Cury: “Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles”.

REFINARIA– Sem qualquer novidade em relação ao depoimento já prestado à Justiça Federal, em fevereiro deste ano, a ex-gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, confirmou, ontem, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que informava "sistematicamente" as diretorias da estatal sobre irregularidades identificadas no projeto da Refinaria Nordeste, em Abreu e Lima, na compra e venda de bunker (combustível de navegação) e em relação às irregularidades da Gerência de Comunicação do Abastecimento.

Ex-prefeito enfrenta CPI – Afastado pela justiça, o ex-prefeito de Palmeirina, Renato Sarmento (PMDB), terá as contas da sua gestão vasculhadas pela Câmara de Vereadores, que aprovou uma CPI. Fora do poder desde a semana passada, o socialista deixou de pagar três meses do salário dos servidores da ativa e inativa também, sendo acusado ainda de desviar recursos repassados para convênios e obras no município.

PT bate em Jarbas– O PT bateu duro em Jarbas, que acusou Dilma de ter quebrado e País e afirmado que Lula será preso. “Foi da mesma Odebrecht, que ele diz ter passado propina para o PT, a doação de R$ 425 mil recebida pelo deputado nas eleições de 2014”, diz nota do partido, para acrescentar: “Jarbas Vasconcelos tenta se mostrar arrependido por ter votado em Eduardo Cunha pela paranoica posição de derrotar o PT, esquecendo-se que havia outras candidaturas fora da base governista".

Usina volta a moer– Após acompanhar a retomada das atividades da Usina Cruangi, o governador Paulo Câmara participa hoje, às 11 horas, do ato que marca o início da moagem da safra 2015/2016 da Usina Pumaty, na Mata Sul. Localizada em Joaquim Nabuco, a unidade deve produzir 700 mil toneladas de cana nesse período. Com as atividades paralisadas há dois anos em decorrência de um processo de recuperação judicial, a Pumaty moeu na última safra, encerrada em maio, 513 mil toneladas de cana. A produção resultou em um faturamento de R$ 50 milhões e gerou quatro mil empregos no campo e na indústria.

Tucana ou republicana? – Uma das gratas surpresas nas eleições de Olinda em 2012, onde por pouco não derrota Renildo Calheiros (PCdoB), Isabel Urquiza deixou o PMDB, ontem, depois de perder o controle do diretório do município para o deputado Ricardo Costa, mas não terá dificuldades em se abrigar numa nova legenda. De imediato, dois partidos abriram as portas para ela: o PR e o PSDB.

CURTAS

PROTESTO– Ao final de uma longa reunião, ontem, na Amupe, os prefeitos de Pernambuco resolveram promover um novo protesto no Recife contra os cortes sistemáticos nos repasses aos municípios pela União. O ato está marcado para o próximo dia 26, com concentração marcada na Praça Oswaldo Cruz. Sairão em caminhada pela Conde da Boa Vista em direção à Assembleia Legislativa.

LANÇAMENTO- Hoje, retomo o lançamento do meu livro Perto do coração pela cidade de Igarassu, às 19 horas, no convento Santo Antônio, no sitio histórico da cidade. Antes, faço uma palestra rápida sobre o cenário nacional e suas implicações nos municípios nordestinos. O evento é aberto ao público.

Perguntar não ofende: Com a saída de Isabel Urquiza do PMDB, o deputado Ricardo Costa cria coragem para disputar a Prefeitura de Olinda pela legenda?

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, assinou a filiação do ex-prefeito do Recife e ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, ao partido. A solenidade aconteceu no gabinete de Aécio, em Brasília, na noite dessa terça-feira (22), com as presenças do presidente do PSDB do Recife, vereador André Régis, e do líder da Minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo. O PSDB-PE programa ato de filiação do ex-governador em Pernambuco na próxima semana. A data ainda será definida pelo presidente da sigla no estado, o deputado Antônio Moraes.

Durante o encontro, Aécio ressaltou a importância de acolher na sigla um político do perfil de Joaquim Francisco e lembrou da contribuição do ex-governador na aprovação do projeto que criou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Joaquim presidiu a comissão especial na Câmara Federal que resultou na aprovação da LRF no início do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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Antes do encontro com o senador Aécio Neves, Joaquim Francisco esteve com o presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), José Aníbal, do qual recebeu convite para desempenhar um papel atuante no instituto, instância de formação e análise política do PSDB. 

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