Após perder a reeleição para a Câmara dos Deputados em 2006, o ex-governador Joaquim Francisco teve seu nome cogitado para ser candidato a vereador do Recife em 2008 pelo Democratas. Naquela época foi questionado se queria ser lembrado na história como ex-governador ou ex-vereador, o que culminou numa desistência de disputar um mandato na Casa José Mariano.
Pouco tempo depois, se filiou ao PSB com o objetivo de tentar recuperar seu mandato na Câmara dos Deputados, mas acabou não viabilizando seu projeto. Mesmo assim teve seu nome indicado pelo PSB para o posto de suplente de Humberto Costa na chapa liderada pelo então governador Eduardo Campos, que buscava a reeleição.
Desde 2009, quando se filiou ao PSB, Joaquim foi subaproveitado pelo partido, até que optou pela saída do partido semana passada para se filiar ao PSDB. Aos 67 anos e com uma experiência de ter sido prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco, deputado federal e ministro e consequentemente com uma inteligência invejável, não tem sentido Joaquim seguir fora da vida pública.
Naquele contexto de 2008, talvez fosse questionável uma candidatura a vereador do Recife. Mas para 2016, agora num robusto PSDB, e com uma demanda da sociedade por representantes qualificados e probos, a candidatura de Joaquim a Câmara Municipal pode ser uma retomada de uma brilhante trajetória política precocemente interrompida há quase dez anos por conta de um insucesso eleitoral.
A candidatura de Joaquim Franscisco qualifica o debate das eleições para vereador, e um mandato dele será de grande valia para a Casa José Mariano, pois ele estará empestando sua vasta experiência em prol das discussões sobre o Recife. Ele não será o primeiro “medalhão” a tentar um mandato na Câmara do Recife. Já tivemos os exemplos do ex-governador Gustavo Krause, do senador Humberto Costa e mais recentemente do deputado federal Raul Jungmann, que apesar de terem exercido cargos mais relevantes, disputaram o mandato de vereador, venceram e não fizeram feio.
Randolfe Rodrigues – O senador Randolfe Rodrigues (AP) anunciou ontem a sua desfiliação do PSOL. Randolfe chegou a ser cogitado como pré-candidato do partido a presidente da República no ano passado mas acabou dando lugar a Luciana Genro, que foi a candidata do partido. Randolfe, que é pernambucano de Garanhuns, é mais um se filiar a Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva.
Candidata – Tendo seu nome ventilado para disputar a prefeitura de São Paulo ou a do Rio de Janeiro pela Rede Sustentabilidade no ano que vem, a ex-senadora Marina Silva refutou a hipótese de trocar o domicílio eleitoral para isso. Marina quer mesmo é tentar pela terceira vez consecutiva o Palácio do Planalto em 2018.
Reforma – Sem condições de satisfazer a gula do PMDB por cargos, a presidente Dilma Rousseff ainda não conseguiu realizar a tão esperada reforma ministerial. Existem vários PMDBs e a presidente não terá a menor chance de conseguir unificar o partido em torno dos nomes que serão indicados. Alguém sairá insatisfeito do processo, dificultando mais ainda a já complicada relação do Planato com o partido.
Sinal – O Palácio do Planalto entendeu o discurso da senadora Marta Suplicy no ato de sua filiação ao PMDB de que o partido de fato romperá com a presidente Dilma Rousseff. No evento de sábado sobraram críticas de Marta a Dilma, de quem foi ministra do Turismo no primeiro mandato.
RÁPIDAS
Preocupação – Na avaliação do Planalto a convocação do ex-presidente Lula para depor como testemunha na Polícia Federal sobre os esquemas de corrupção na Petrobras pode abrir um precedente grave para a desconstrução do PT e do governo Dilma Rousseff.
Invasão – O Movimento Sem Terra invadiu ontem uma fazenda do ex-deputado Pedro Corrêa em Brejo da Madre de Deus. A família do ex-deputado, que está preso por envolvimento na operação Lava Jato, acredita que a ação foi uma espécie de retaliação pelas declarações do ex-parlamentar envolvendo o ex-presidente Lula nos escândalos.
Inocente quer saber – Por quê o MST não ocupa o sítio de Lula em Atibaia?