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Três dias depois da apresentação de Willian Bigode no Santos, Gustavo Scarpa deu sua primeira entrevista coletiva como jogador do Atlético-MG nesta segunda-feira. E, no papo com os jornalistas, o meio-campista não deixou de comentar as declarações de Bigode quanto ao rumoroso caso das criptomoedas.

Scarpa até tentou se esquivar da polêmica, mas deixou claro sua opinião sobre o ex-companheiro de time, na época em que ambos defenderam o Palmeiras. "Tenho acompanhado todo esse caso aí quase todo dia. Estou esperando a Justiça ser feita. É um processo que demandou muita atenção da minha parte, muito foco, muita energia. E eu acredito ainda que eu vou conseguir resolver essa situação. Acompanhei a entrevista dele. Prefiro assim nem comentar sobre, apesar da vontade que eu tenho de comentar, de falar tudo que eu penso dele, de tudo que ele fez", afirmou.

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Scarpa e o lateral Mayke, que ainda joga no Palmeiras, acusam Willian Bigode de ter envolvido ambos os jogadores num suposto golpe financeiro. Os dois atletas alegam terem sofrido prejuízo de R$ 10 milhões, no total, ao investirem em criptomoedas por sugestão de Bigode.

Na sexta, o jogador do Santos falou sobre o assunto em sua primeira entrevista no clube da Vila Belmiro. "Claro que é uma situação que não é normal, mas é uma situação que não vou falar mais. Dentro de mim isso está bem resolvido. Sei do meu caráter, da minha identidade, sei quem eu sou, agora vou continuar focado aqui para fazer o meu trabalho da melhor forma", declarou.

Scarpa, por sua vez, afirmou que seu retorno ao Brasil acelere a resolução do problema, que está sob os cuidados da Justiça. "Mas eu acredito que a Justiça será feita, a minha volta ao Brasil espero também que influencie de alguma forma nisso", afirmou o novo jogador do Atlético-MG.

ENTENDA O CASO

Scarpa e Mayke acionaram Willian Bigode na Justiça na tentativa de reaver os investimentos feitos. O processo movido pela dupla aponta que partiu de Willian Bigode e de sua sócia Camila Moreira de Biasi a sugestão de investimentos na XLand, que ofereceria uma rentabilidade de 2% a 5% sobre o valor investido. Scarpa aplicou R$ 6.300.000,00, enquanto Mayke e sua mulher, Rayanne de Almeida, investiram R$ 4.583.789,31.

Os problemas com a XLand começaram em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos da XLand. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido. Os investimentos estariam assegurados em pedras de alexandrita.

Após seguidos contatos com os sócios da XLand, Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento, com Willian e Camila e um coach de gestão financeira, Marçal Siqueira, que tinha parceira com a empresa acriana, Scarpa e Mayke procuraram seus advogados e registraram um Boletim de Ocorrência. Desde então, o processo corre na Justiça paulista, ainda sem decisões proferidas sobre culpabilidade dos réus. Desde que iniciou o processo por causa do investimento em criptomoedas, Scarpa e Mayke não conseguiram reaver nenhum centavo.

Nos primeiros seis meses deste ano, a 123milhas teve prejuízo líquido de R$ 1,671 bilhão. No mesmo período de 2022, as perdas haviam sido de R$ 13,134 milhões. Os dados constam do balanço da companhia, entregue junto com o pedido de recuperação judicial, protocolado na Justiça de Minais Gerais na terça-feira, 29.

Na peça, obtida pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) junto a fontes que pediram anonimato, a companhia informa ter tido receita líquida de R$ 148,494 milhões.

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Foi um crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2022, mas os custos da empresa também dispararam. Subiram mais de 15 vezes em um ano, para R$ 825,594 milhões.

Adicionalmente, a 123milhas teve perda, no primeiro semestre deste ano, de R$ 818,582 milhões por desvalorização de ativos, como por exemplo o item contas a receber de clientes. Combinados, os fatores levaram à perda registrada nos primeiros seis meses do ano.

A companhia afirma que os problemas do produto Promo, que teve as viagens programadas para o período entre setembro e dezembro suspensas há algumas semanas, impactaram o valor dos ativos. "Em nova análise e mensuração de tal ativo, os valores de recuperabilidade mostraram-se muito abaixo da expectativa anterior, os quais foram ajustados para que reflitam a nova realidade do negócio", diz a companhia.

Segundo a 123milhas, até o fechamento do balanço, não foi possível mensurar com precisão os passivos contingentes (aqueles relativos a eventos futuros) relacionados ao pacote Promo.

O balanço aponta ainda que entre dezembro do ano passado e junho deste ano, o patrimônio líquido da 123milhas saiu de R$ 5,8 milhões negativos para R$ 1,676 bilhão negativo. A maior variação foi na conta de contratos a embarcar, referentes a passagens compradas pelos clientes e que ainda precisavam ser honradas.

O montante nessa linha que a empresa tinha de honrar em até um ano somava R$ 774,269 milhões em junho, alta de mais de seis vezes em um semestre. O volume a honrar mais de 12 meses à frente era de R$ 260,056 milhões, alta de mais de três vezes no mesmo período.

O número retrata o problema que levou à crise da companhia: a 123milhas vendia aos clientes um produto que permitia que comprassem uma espécie de "promessa de viagem", a um preço mais barato, em que a emissão dos bilhetes aconteceria em um momento posterior, quando a empresa encontrasse no mercado passagens aéreas que tivessem preço equivalente ao pago pelo consumidor.

A companhia estruturou o programa sob duas premissas: a de que o preço das passagens cairia após o período de restrições provocadas pela covid-19 e de que os clientes comprariam mais produtos e serviços. Nenhuma dessas duas premissas se provou certa.

Processos

O documento a que a reportagem teve acesso lista ainda cerca de 16,6 mil processos movidos por pessoas físicas contra a empresa, de valores variados. Estes processos somam R$ 231,8 milhões, sendo que o maior deles tem valor de R$ 1,2 milhão. Não há detalhamento sobre os motivos de cada processo.

Ao todo, a 123milhas declarou ter R$ 2,3 bilhões em dívidas ao pedir recuperação judicial. A companhia ainda deve entregar parte dos documentos referentes ao processo, como a lista de credores completa.

No auge da invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro deste ano, um grupo de policiais militares do Distrito Federal se escondeu no banheiro enquanto agentes da Polícia Judicial tentavam conter a horda golpista que depredava o que via pela frente no plenário da Corte. O custo do quebra-quebra causado pelos vândalos foi estimado em R$ 11,4 milhões, segundo documentos compartilhados pelo STF com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.

O relatório produzido pela Corte detalha o gasto estimado para restaurar por completo todos os bens danificados no 8 de janeiro. A cifra poderia ser ainda maior porque não inclui 112 itens de valor inestimável que foram estragados, roubados ou destruídos, como um dos nove lustres de cristal no estilo Napoleão III, datado de 1870. O item foi quebrado pelos vândalos e não pôde ser restaurado.

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Uma parte do tempo que durou o ataque violento contra o patrimônio público foi gravada pelas câmeras do circuito interno do STF, que também se tornaram alvo dos vândalos assim que eles perceberam que estavam sendo filmados. Os dispositivos flagraram o momento em que os agentes de segurança da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) entraram no banheiro para se esconder dos golpistas que depredavam as instalações do edifício-sede, segundo relataram fontes que assistiram ao material.

O Estadão solicitou à Corte via Lei de Acesso à Informação (LAI) o compartilhamento da íntegra dos vídeos, mas o pedido foi negado sob a alegação de que as imagens gravadas "são de caráter reservado e não poderão ser fornecidas a terceiros". Fontes relataram que a corregedoria da PM instaurou procedimentos internos para apurar a conduta dos policiais flagrados na ação.

No dia 8 de janeiro, 54 policiais judiciais estavam escalados para fazer frente a eventuais ameaças que surgissem nas manifestações. Eles têm a função de proteger o patrimônio da Justiça e podem atuar apenas dentro dos limites da Corte. Após a invasão, 21 agentes de outros tribunais foram deslocados ao STF para reforçar a segurança. Enquanto a Polícia Judicial protege da porta para dentro, cabe à PM do DF impedir que quaisquer manifestantes se aproximem dos prédios públicos.

Por esses motivos, a atuação da Polícia Militar está entre as prioridades da investigação conduzida pela CPMI. Na última semana de junho, o Supremo encaminhou ao colegiado os relatórios que detalham cada item danificado durante a invasão golpista e que podem guiar as próximas fases da apuração.

Inestimáveis

Na lista de objetos inestimáveis depredados constam bens históricos, como o jarro em porcelana no estilo Luiz XV, que aguarda até hoje para ser restaurado. Dentre os itens "não localizados", ou seja, que foram roubados pelos golpistas, constam um prato de madeira de Belarus, uma bandeja de metal da Índia, utensílios de vidro das Filipinas e as togas de quatro ex-ministros da Corte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No auge da invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro deste ano, um grupo de policiais militares do Distrito Federal se escondeu no banheiro enquanto agentes da Polícia Judicial tentavam conter a horda golpista que depredava o que via pela frente dentro do plenário da Corte. O custo do quebra-quebra causado pelos vândalos foi estimado em R$ 11,4 milhões, segundo documentos compartilhados pelo STF com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.

O relatório produzido pela Corte detalha o gasto estimado para restaurar por completo todos os bens danificados no 8 de janeiro. A cifra milionária poderia ser ainda maior porque não inclui 112 itens de valor inestimável que foram estragados, roubados ou destruídos, como um dos nove lustres de cristal no estilo Napoleão III, datado de 1870. O item foi quebrado pelos vândalos e não pôde ser restaurado.

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Uma parte do tempo que durou o ataque violento contra o patrimônio público foi gravada pelas câmeras do circuito interno do STF, que também se tornaram alvo dos vândalos assim que eles perceberam que estavam sendo filmados. Os dispositivos flagraram o momento em que os agentes de segurança da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) entraram no banheiro para se esconder dos golpistas que depredavam as instalações do edifício-sede, segundo relataram fontes que assistiram ao material.

O Estadão solicitou à Corte via Lei de Acesso à Informação (LAI) o compartilhamento da integra dos vídeos, mas o pedido foi negado sob a alegação de que as imagens gravadas "são de caráter reservado e não poderão ser fornecidas a terceiros". Fontes relataram à reportagem que a corregedoria da PM instaurou procedimentos internos para apurar a conduta dos policiais flagrados na ação.

No dia 8 de janeiro, 54 policiais judiciais estavam escalados para fazer frente a eventuais ameaças que surgissem nas manifestações. Eles têm a função de proteger o patrimônio da Justiça e podem atuar apenas dentro dos limites da Corte. Após a invasão, 21 agentes de outros tribunais foram deslocados ao STF para reforçar a segurança. Enquanto a polícia judicial protege da porta para dentro, cabe à PMDF impedir que quaisquer manifestantes se aproximem dos prédios públicos.

Por esses e outros motivos, a atuação da PMDF está entre as prioridades da investigação conduzida pela CPMI. Na última semana de junho, o STF encaminhou ao colegiado os relatórios que detalham cada item danificado durante a invasão golpista e que podem guiar as próximas fases da apuração.

Na lista de objetos inestimáveis depredados constam bens históricos, como o jarro em porcelana no estilo Luiz XV, que aguarda até hoje para ser restaurado. Dentre os itens "não localizados", ou seja, que foram roubados pelos golpistas, constam um prato de madeira de Belarus, uma bandeja de metal da Índia, utensílios de vidro das Filipinas e as togas de quatro ex-ministros da Corte.

Somente a aquisição de novas togas para ministros e advogados custará R$ 9,5 mil. A substituição das cortinas foi estimada em R$ 1,2 milhão. Outros R$ 2,6 milhões foram provisionados para a compra de equipamentos para a TV Justiça, que faz a transmissão ao vivo diretamente do plenário de todas as sessões de julgamento do STF. A mão de obra para reconstruir o edifício ficou avaliada em R$ 339 mil.

Tropa desmobilizada

Em janeiro, o Estadão mostrou que as câmeras externas do STF flagraram o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmontou um bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, no dia oito de janeiro, que servia para impedir a invasão dos golpistas aos demais prédios públicos localizados na praça dos Três Poderes.

Policiais de alto escalão que depuseram na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF alegaram que a barreira foi desmontada para socorrer o então comandante da corporação, Fabio Augusto Vieira, que se feriu num confronto com golpistas no Congresso.

Um pequeno grupo de PMs chegou a confrontar os golpistas na via de acesso ao STF, mas recuou diante da ofensiva das pessoas que desciam do Congresso. Pessoas que trabalham na Corte disseram à reportagem que policiais judiciais chegaram até a emprestar equipamentos de proteção aos policiais militares, que não estariam com o material adequado para a contenção de manifestantes violentos.

Veja o custo dos estragos no STF:

- Instalação de cortinas - R$ 1,2 milhão

- Aquisição de togas - R$ 9,5 mil

- Reforma de sofás - R$ 61 mil

- Substituição de carpete - R$ 149 mil

- Equipamento da TV Justiça - R$ 2,6 milhões

- Cadeira de mármore - R$ 3,2 mil (cada)

- Mesa de centro em madeira - R$ 6,3 mil (cada)

O Grupo Jovem Pan perdeu mais de R$ 800 mil após uma campanha na internet para a desmonetização da empresa. A informação foi publicada pelo site The Intercept Brasil. De acordo com a reportagem, o prejuízo teria sido provocado após uma ação do perfil Sleeping Giants Brasil, criado em 2020 para promover iniciativas visando que empresas privadas deixassem de patrocinar canais e veículos que propaguem o discurso de ódio.

A Jovem Pan é vista como um veículo de difunde o pensamento da extrema-direita no país. O perfil criou a campanha #DesmonetizaJovemPan, para que os patrocínios à emissora fossem cancelados. A campanha rendeu um processo do grupo contra os organizadores do Sleeping Giants Brasil. 

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Entre as empresas que deixaram de veicular anúncios e patrocinar a Jovem Pan, segundo os documentos anexados no processo que o The Intercept teve acesso, estão a Toyota - que suspendeu um contrato de R$ 109.113,28 - e a Caoa Chery - que cancelou quatro peças, que representariam R$ 728.634,00.

No processo, a Jovem Pan diz ser vítima de perseguição e achaque pelo movimento Sleeping Giants Brasil. Além de pedir a remoção de toda a campanha #DesmonetizaJovemPan, eles também solicitam que a Justiça proíba novas ações e estipule uma multa de R$ 20 mil por dia caso haja descumprimento.

 

A diretora geral do Senado, Ilana Trombka, informou que vai custar caro recuperar a estrutura da Casa, assim como itens do mobiliário e obras de arte depredados durante o ataque ocorrido no domingo (8). Inconformados com os resultados da eleição presidencial do ano passado — e com o novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva —, os invasores deixaram um prejuízo em torno de R$ 3 a R$ 4 milhões para ser coberto pelo orçamento do Senado, que se abastece de verba gerada por impostos e repassada pelo Tesouro Nacional. 

A estimativa foi anunciada no final da tarde desta segunda-feira (9), logo após reunião da diretoria geral com as áreas administrativas para a avaliação dos danos ao patrimônio e discussão de medidas a serem adotadas para os reparos. A diretora explicou que é impossível cravar o prazo para que a restauração seja concluída, mas informou que a direção vai dar prioridade a obras visando à posse dos novos senadores, marcada para o dia 1º de fevereiro. 

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“Nós identificamos primeiro essa questão dos vidros, segundo a questão dos carpetes, terceiro a questão das obras de arte que foram danificadas e tem que ser recuperadas. Temos também o nosso material da polícia do Senado, que foi utilizado ontem e que precisamos repor”, enumerou. 

Alguns dos prejuízos causados ao patrimônio público e histórico pelos atos de vandalismo: boa parte das vidraças externas e internas quebradas; exposição de presentes dados por chefes de Estado depredada; alguns itens da exposição despedaçados ou furtados; painel de Athos Bulcão danificado e uma tapeçaria do Burle Marx atingida por urina. 

As equipes do setor de conservação do Senado e da Câmara estão fazendo uma avaliação completa. Ainda não é possível ter um levantamento fechado de todos os objetos danificados, o custo e os prazos estimados para a restauração das obras de arte que compõem o acervo artístico e arquitetônico dos dois edifícios do Congresso Nacional. De acordo com Ilana, algumas dessas obras só poderão ser restauradas pelos próprios artistas que as criaram. 

“A gente ainda não tem um calendário que eu possa cravar. O que eu posso dizer é que nós vamos trabalhar com o mínimo de gasto de erário, com o máximo de agilidade, mas temos aqui 24 horas do ocorrido e o que foi possível fazer foi a reunião de líderes hoje pela manhã e agora [estamos] fazendo o levantamento dos danos. Agora nós vamos buscar saber item por item, o tempo da restauração ou da compra ou da manutenção ou da troca de cada um desses itens”, explicou. 

Logo na chegada ao Senado, entrando pelo Salão Negro, todas as vidraças encontram-se quebradas; outras foram pichadas. Os equipamentos que realizam raio x para reforçar a segurança de visitantes, também não escaparam da ação dos vândalos. Os invasores usaram mangueiras de combate a incêndio e boa parte do piso do Salão Negro e dos carpetes foram molhados e danificados. 

No Salão Nobre, onde são realizadas diversas solenidades de cunho cultural, um painel vermelho em madeira com figuras geométricas do artista plástico Athos Bulcão sofreu danos em razão dos estilhaços. Ali também está a tapeçaria do Burle Marx vandalizada. 

Ainda impressionado e sem conseguir calcular precisamente todos os prejuízos materiais e históricos, Ismail Carvalho, profissional do Laboratório de Conservação do Senado que estava trabalhando no local hoje pela manhã lamentou o resultado do ataque. De acordo com ele, ainda é cedo para precisar os cálculos dos prejuízos, já que, além dos itens que passarão por processo de restauração e de outros que não terão como ser recuperados, há itens não localizados. 

“A gente ainda precisa fazer um diagnóstico minucioso em cada obra de arte que foi danificada, em cada bem cultural, mas um ato de vandalismo numa obra de arte deixa marcas perenes. Por melhor que seja o processo de restauração de uma obra, as marcas da agressão serão eternas”, lamentou. 

Outras obras de arte atacadas são os cinco quadros pintados em tinta óleo que enfileiravam a exposição de ex-presidentes da Casa, no Museu do Senado. Soma-se a essas obras uma tela do artista gaúcho Guido Mondim, que foi arrancada de uma moldura, e um tinteiro de bronze da época do império. Diante de uma primeira análise do cenário, ele considerou que o prejuízo financeiro será elevado: “Infelizmente, só uma tinta de restauro daquele painel [de Athos Bulcão], um tubo de 20ml, custa quase mil reais. Então o desrespeito com a história brasileira, desrespeito mesmo com o bolso de cada cidadão que vai financiar todas essas atitudes de restauro, é lamentável”. 

Galeria de presentes 

Outro local que chamou bastante atenção pela amplitude do rastro de destruição foi a galeria dos presentes. A exposição guardava itens oferecidos por chefes de Estado, representações diplomáticas, assembleias estaduais e câmaras municipais, entre outras instituições. Peças representativas da diversidade artística, cultural e histórica de várias partes do mundo foram quebradas, como um vaso de porcelana chinês, ou simplesmente desapareceram. 

Segundo Cláudia Guimarães, representante do Centro Cultural da Câmara dos Deputados, alguns presentes foram recuperados, mas outros ainda estão passando por avaliação para se saber a viabilidade e o custo de restauração: “A gente conseguiu recuperar boa parte dos presentes. Agora aqueles mais delicados, uma porcelana, uma coisa mais fininha, eles quebraram. Então a gente ainda não sabe se vai ser possível recuperar. Mas objetos mais firmes, eles tiveram alguns danos, que eu acho que vão ser solucionados na restauração”. 

Entre os itens expostos na galeria estavam o The Pearl, objeto de ouro presenteado pela Embaixada do Catar e o Prêmio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) à CPI que investigou o extermínio de crianças e adolescentes, em 1991. Havia igualmente várias esculturas, porcelanas, medalhas e placas de prata e ouro oferecidas por lideranças de diversos países ao redor do mundo.  

Equipamentos e estrutura 

Boa parte da estrutura interna do Senado e da Câmara também foi afetada. A porta de vidro da entrada principal do Plenário do Senado, por exemplo, ruiu. Os vidros das janelas de dois gabinetes de senadores que dão para a parte externa do Senado foram estilhaçados. Os vândalos usaram esses gabinetes como opção de entrada à parte interna da Casa e deixaram nesses locais muita desordem. Segundo Ilana, foi lá que eles tentaram atear fogo em uma das cortinas, mas não conseguiram.  

Equipamentos e estrutura de transmissão das sessões plenárias pelo serviço de comunicação da Casa ainda estão sob análise para que se possa avaliar a extensão dos danos e os custos dos ajustes. Cadeiras, poltronas e outros móveis, inclusive uma mesa da época do Palácio Monroe, do século XIX, foram danificadas. A divisa de vidro entre o Salão Azul (Senado) e o Salão Verde (Câmara) foi estilhaçada, assim como a maquete tática que oferece uma noção panorâmica da estrutura das duas Casas. 

As portas de entrada da sala da presidência do Senado e o mobiliário da ante-sala foram totalmente destruídos. Armários foram revirados e materiais de trabalho, perdidos, além de câmeras de segurança quebradas. 

Na Câmara, os corredores que levam a gabinetes das lideranças partidárias tiveram as vidraças quebrada. Já as salas, foram reviradas e alvo de depredação. No caminho, a escultura Bailarina, do artista plástico Victor Brecheret, ficou no chão. A obra ainda periciada para ver se sofreu dano. No Salão Verde, o jardim de inverno que abriga um dos painéis mais famosos de Athos Bulcão, o Ventania, também teve suas vidraças quebradas. 

No final da tarde, a Câmara dos Deputados emitiu comunicado informando sobre a avaliação preliminar das obras e a constatação dos seguintes itens danificados ou destruídos:

- Seis, dos 46 presentes protocolares expostos no Salão Verde, desaparecidos ou irrecuperáveis. Outros foram encontrados com danos pontuais

- Muro Escultórico, de Athos Bulcão, 1976, perfurado na base

- Bailarina, de Victor Brecheret, descolada da base

- Escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling, 1980, marcada com paulada

*Da Agência Senado

 

Relatório preliminar divulgado pela Câmara dos Deputados aponta que o custo para reparação dos danos causados pela invasão ocorrida no domingo (8) já ultrapassa R$ 3 milhões, considerados apenas os objetos e equipamentos que podem ser repostos, como computadores, vidros, veículos e outros itens de mobiliário. Para se ter uma ideia, 400 computadores foram destruídos no ataque, com custo de reposição estimado em mais de R$ 2 milhões.

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Duas viaturas usadas pela Polícia Legislativa foram danificadas e têm custo estimado em R$ 500 mil. A quebra de vidros nas fachadas e internamente tem o custo estimado de R$ 100 mil. Também foi afetado o tapete do Salão Verde, com diversas áreas queimadas e afetadas pela inundação provocada pelo uso de hidrantes pelos invasores, havendo a reposição de aproximadamente 100 m², com o custo estimado em R$ 20 mil de material.

No Colégio de Líderes, foram danificados dois monitores do painel de vídeo wall, com custo estimado em R$ 10 mil, além de cadeiras e uma mesa de telefone. As lideranças partidárias tiveram pelo menos três TVs danificadas, com estimativa de R$ 2 mil cada. Outros bens danificados foram mesas de vidro do Salão Verde e cadeiras operacionais das lideranças do PSDB e do PT (queimadas pelos invasores).

Obras de arte

O prejuízo resultante da destruição e da subtração das obras de arte e de presentes protocolares, e os custos para recuperação dos objetos que foram deixados ainda não foram estimados. Houve, por exemplo, avaria do muro artístico do artista Athos Bulcão, danificado em um dos módulos. Muitas das peças, que estavam expostas na vitrine do Salão Verde, são de valor inestimável.

Ainda não foram levantados os custos com mão de obra e material necessários à limpeza dos ambientes e reparos emergenciais, como da rede elétrica da plataforma superior do Palácio do Congresso.

A avaliação preliminar das obras de arte constantes do acervo da Casa detectou os seguintes itens danificados ou destruídos:

- dos 46 presentes protocolares expostos no Salão Verde, 6 estão desaparecidos ou irrecuperáveis. Muitos foram encontrados com danos pontuais que poderão ser restaurados;

- Muro Escultórico, de Athos Bulcão, 1976 - perfurado na base;

- Bailarina, de Victor Brecheret - descolada da base; e

- Escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling, 1980 – marcada com paulada.

A Câmara informa ainda que não foram danificadas:

- Escultura de Alfredo Ceschiatti, em bronze fundido, de 1977, conhecida como Anjo – Salão Verde;

- Painel Candangos, de Emiliano Di Cavalcanti, de 1960 – Salão Verde;

- Painel Araguaia, de Marianne Peretti, 1977 – Salão Verde; e

- Painel Alumbramento, de Marianne Peretti, 1978 – Salão Branco/Chapelaria​.

Áreas atingidas

A invasão da Câmara atingiu as seguintes áreas: rampa do Congresso Nacional, plataforma superior – área das cúpulas, varanda frontal do Congresso, Salão Negro, Salão Branco (Chapelaria), Salão Verde, Plenário Ulysses Guimarães, Hall das Secretarias, corredores das lideranças (pisos inferior e superior), sala do Colégio de Líderes, liderança do PT e liderança do PSDB.

O edifício principal da Câmara dos Deputados corresponde à maior área do Palácio do Congresso Nacional. A responsabilidade pela outra parte do edifício do Congresso Nacional é do Senado Federal, que também foi invadido e sofreu depredação.

*Da Agência Câmara de Notícias

Segundo informações do site Unilad, Justin Bieber, e mais uma série de famosos, não se deram muito bem a curto prazo em suas compras de NFTs. Em janeiro deste ano o músico comprou uma imagem digital do famoso Bored Ape, ou Macaco Entediado, pela bagatela de US$ 1,3 milhão de dólares, equivalente a R$ 7 milhões de reais.

Porém, parece que a peça desvalorizou bastante e atualmente vale cerca de US$ 67 mil dólares, ou seja, R$ 353 mil reais. Segundo o Unilad, o valor despencou por conta da também desvalorização das criptomoedas e a falta de interesse geral na compra de NFTs.

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E se Justin teve um baita prejuízo com a compra, saiba que ele não é o único. Neymar, Jimmy Fallon, Snoop Dogg, Gwynteh Paltrow e até Madonna também apostaram na coleção de imagens NFT do macaco entediado.

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol (Podemos), criticaram a abertura de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar gastos da operação.

O TCU decidiu apurar possíveis danos ao erário por parte do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e por Deltan Dallagnol, pré-candidato às eleições deste ano, devido a gastos com diárias e passagens no âmbito da operação.

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Para Moro, a decisão seria "absurda e insustentável". "O trabalho deles já levou à recuperação de 6 bilhões de reais somente para a Petrobras. Vão retaliar o bom trabalho?", criticou em publicação no Twitter.

Já Deltan chamou a decisão de "revoltante", disse que o pagamento foi feito a outros procuradores, não a ele, e que o modelo de diárias seria o "mais econômico possível para que especialistas em corrupção e lavagem de dinheiro de várias partes do BR pudessem trabalhar na força-tarefa."

"O TCU claramente está forçando a mão ao tentar me responsabilizar pelas diárias que, novamente, não recebi e não autorizei. Essa decisão é absurda porque eu nunca exerci função administrativa e nem trabalhei como ordenador de despesas no MPF, função que era exclusiva da PGR", escreveu no Twitter, também defendendo que não há irregularidades nas diárias.

A área técnica do TCU identificou que os valores das gratificações pagas totalizaram R$ 10,8 milhões, dos quais R$ 7,9 milhões somente de forças-tarefa da Lava Jato no País. Em diárias e passagens, os gastos com a operação totalizam R$ 5,3 milhões - somando outras viagens, os valores chegam a R$ 14,7 milhões. O órgão vai, agora, quantificar a diferença entre os custos para investigar possíveis irregularidades.

O Nubank fechou o quarto trimestre de 2021 com prejuízo de US$ 66,2 milhões, 36% abaixo das perdas de US$ 103,7 milhões registradas no mesmo período do ano passado. No critério ajustado, a fintech teve lucro de US$ 3,2 milhões, queda de 79% no comparativo anual.

Os números estão no primeiro balanço divulgado pelo Nubank como companhia de capital aberto, após o IPO simultâneo em Nova York e São Paulo realizado em dezembro. No acumulado do ano, o resultado ajustado foi positivo em US$ 6,6 milhões, revertendo o prejuízo de US$ 26 milhões de 2020. Sem os ajustes, ficou negativo em US$ 165,3 milhões, praticamente estável em base anual.

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A diferença entre os números com e sem ajustes se deu pelo programa de remuneração com base em ações e pelas despesas com a abertura de capital. Com as ações do Nubank negociadas no mercado e a fintech avaliada em mais de US$ 40 bilhões, as despesas com a remuneração variável subiram 238% em um ano, para US$ 90,1 milhões no quarto trimestre.

Além disso, o Nubank gastou US$ 11,2 milhões com o NuSócios, programa através do qual distribuiu a seus clientes Brazilian Depositary Receipts (BDRs) gratuitos, um para cada cliente. O lucro ajustado exclui estes e outros efeitos.

Na avaliação do CEO e cofundador da fintech, David Vélez, o resultado comprova a tese do Nubank. "O Nu teve um forte começo como companhia de capital aberto, como ficou claro no nosso desempenho no quarto trimestre", disse ele, em mensagem que acompanha o resultado. Segundo ele, o neobanco quer expandir sua atuação e sua plataforma, chegando a novos mercados.

"Mantendo a nossa orientação de longo prazo e sempre colocando os clientes em primeiro lugar, estamos agora acelerando os esforços para crescer o ecossistema poderoso do Nu", pontuou.

Em dezembro, o Nubank chegou à marca de 53,9 milhões de clientes em todas as suas operações, crescimento de 61,9% na comparação com 2020. No Brasil, eram 52,4 milhões, e no México, segundo maior mercado da fintech, 1,4 milhão. O total de clientes ativos era de 41,1 milhões, 88% a mais que no final do ano anterior.

Ao mesmo tempo, a receita média por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês) chegou a US$ 5,6 por mês, alta de 72% no comparativo anual, com o amadurecimento das safras de clientes e o lançamento de novos produtos. O custo de servir, por outro lado, caiu 22,5% em um ano, para US$ 0,9.

As receitas do Nubank tiveram salto de 214% em um ano, para US$ 635,9 milhões no quarto trimestre. No acumulado de 2021, subiram 130,4%, para US$ 1,698 bilhão.

Uma recifense que fugiu para Portugal após causar o prejuízo de R$ 300 mil à empresa em que trabalhava há 21 anos foi extraditada nessa quarta-feira (13). A auxiliar administrativa, de 36 anos, desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes sob custódia da Polícia Federal (PF) por volta das 20h40 e foi encaminhada direto para o sistema prisional feminino.

Foragida há cerca de três anos em Lisboa, agentes federais viajaram para capturá-la após tratativas diplomáticas entre as autoridades brasileira e portuguesa. Ela morava do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes, e foi denunciada por efetuar os descontos de duplicatas sem que a fábrica localizada no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife, prestasse os serviços.

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A denúncia foi feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em julho de 2016 e sua prisão preventiva decretada em outubro de 2019. No mesmo ano ela fugiu do Brasil e a Justiça acionou a Núcleo de Cooperação Policial Internacional (Interpol) para incluir seu nome na difusão vermelha.

Após integrar a lista de procurados internacionais, no dia 20 de julho deste ano, a recifense foi localizada na capital portuguesa no último 31 de agosto. Ela é acusada de furto qualificado com abuso de confiança e por emitir duplicatas simuladas, cujas penas variam de 4 a 12 anos de reclusão.

O secretário de Turismo do município de Itapissuma, Ricardo Oliveira, que esteve presente no Mercado de Artesanato, onde ocorreu um incêndio nesta quarta-feira (13), falou sobre os prejuízos materiais que envolvem artesãos da região. Ele também citou peças históricas que enfeitavam um pub no local.

O local chegou a ceder até o teto com o fogo. Segundo o secretário, tudo foi queimado antes mesmo dos bombeiros chegarem. Mas, apesar de lamentar a perda material, ele celebrou ao menos o fato do incêndio não ter resultado em nenhuma vítima.

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“Quando eu cheguei não tinha mais nada, o fogo já tinha consumido tudo. Quando cheguei, os bombeiros ainda não estavam aqui porque estava em outras ocorrências, foi o que passaram para nós.”, disse. Ricardo afirmou qiue estava em Olinda em reunião quando soube e ainda assim chegou antes do Corpo de Bombeiros.

Um pub dentro do local, que funcionava em horário alternativo, era enfeitado com peças históricas que foram perdidas. “Eram várias artes que tinham aqui dentro, de diversos artesãos de Itapissuma e mais atrás tinha uma praça de alimentação, um pub que só funcionava sexta, sábado e domingo, chamada Praça do Vinil, conhecido na região. Era um lugar muito bonito e creio que não vai conseguir recuperar nada, porque ela era toda decorada com peças antigas, eram antiquários que tinha lá dentro. Peças que não encontram em lugar nenhum”, lamentou Ricardo Oliveira. 

O secretário ainda confessou que, logo após o acontecimento, a Prefeitura de Itapissuma já discute uma forma de ajudar os artesãos que perderam suas obras expostas sem especificar ainda o que vai ser feito. Ricardo também falou sobre a necessidade da perícia da Defesa Civil para liberar a reabertura dos restaurantes que ficam anexados ao local do incêndio.

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Próximo ao desfecho da CPI da Covid, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) certificou que vai indiciar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outras 30 pessoas, incluindo o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Nesses seis meses, o inquérito do Senado desgastou a imagem de Bolsonaro, mas cientistas políticos apontam que a Comissão não deve trazer prejuízos concretos ao presidente.

Os senadores da CPI ouviram ex-ministros da Saúde, médicos do suposto gabinete paralelo, empresários que teriam financiado Fake News e outros envolvidos nas políticas em torno da pandemia. O relatório-final será votado no dia 20 e segue para o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, que tem um mês para avaliar as denúncias.

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No texto ao Ministério Público, o senador Calheiros vai pedir a prisão dos indiciados. “Nós utilizaremos os tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade e estamos avaliando com relação a indígenas a utilização do genocídio”, elencou.

Iniciada com a oitiva do ministro da Saúde no começo da crise sanitária, o ex-chefe da pasta Luiz Henrique Mandetta (DEM-MT), os depoimentos de caráter multidisciplinar revelaram indícios criminais e debateram sobre pontos polêmicos como o estímulo do falso kit Covid, pacientes servindo de cobaia para estudos de um plano de particular, superfaturamento na compra de imunizantes através de intermediários próximos ao Planalto, o movimento negacionista contra vacinas e máscaras de proteção, o suposto gabinete paralelo que assessorava a Saúde desde o período do general Eduardo Pazzuello e o financiamento de fake news nas redes sociais para minimizar o risco da doença.

Impeachment é um objetivo distante

Na visão do doutor em Ciência Política, Elton Gomes, mesmo com os fortes indícios, a CPI não conseguiu provas substanciais de ilícitos cometidos por Bolsonaro, apenas acusações de negligência que, dificilmente, garantem a abertura do processo de impeachment. "A essa altura se torna cada vez menos viável. Estamos muito próximos do período eleitoral, não há votos na Câmara para afastar o presidente. O presidente Arthur Lira (PP-AL) é um aliado do governo, ainda que circunstancial. Então a possibilidade do relatório trazer alguma coisa para afastar o presidente é próxima de zero", calculou.

"É um indiciamento político, você não precisa ter provas categóricas. Já o processo judicial onde segue depois do relatório político da CPI é diferente, você teria que ter muito mais substâncias", esclareceu o estudioso.

Ele considera que os efeitos da Comissão não devem se refletir nas eleições pelo intervalo. Nesse período de quase um ano, a agenda deve ser tomada por novos fatos econômicos relacionados ao fim da pandemia. 

O cientista político Jorge Oliveira reforça que a Comissão corre no Senado e que não necessariamente se cruza com a atividade da Câmara. Contudo, a falta de mobilização popular é o fator que retém a abertura da discussão sobre o afastamento. "Ainda não saiu do papel pela ausência de protestos de rua massivos e unificados por parte da oposição, e pela postura mais pragmática que Bolsonaro adotou com o Centrão", indica.

Aceite de Augusto Aras é fundamental para o processo

O analista lembra que o processo vai cair no colo do PGR, Augusto Aras, o que dificulta a acusação. Após desprezar a tradicional lista tríplice, o presidente foi quem indicou o procurador para o cargo. Classificado como ‘engavetador’, Oliveira o define como ‘um verdadeiro poste”.

"Não se trata de exagero: Aras não cumpre seu papel e atua mais como um Advogado Geral da União do que como um fiscal da lei. Acho difícil que Aras prossiga com o inquérito, a não ser que haja algum tipo de deserção estratégica de sua parte, antevendo uma iminente saída do Poder de seu chefe", apontou.

Para tentar afastar a impunidade aos demais indiciados, a estratégia do senador Renan Calheiros é desmembrar as denúncias em diversas esferas. “Nós vamos enviar para a Procuradoria-Geral da República apenas o que couber à PGR. E vamos destrinchar [o relatório], para mandar para o Ministério Público do Distrito Federal, de São Paulo, de outros estados, para o Tribunal de Contas da União”, disse.

Incapacidade política para a Defesa

No ponto de vista político, a Comissão mais uma vez comprovou a falta de articulação do presidente, que não teve capacidade de formar uma base de apoio segura. Além da maioria do colegiado – 7 senadores - ser da oposição, os cargos de destaque também foram formados por um núcleo oposicionista com o presidente Omar Aziz (PSD-AM), o vice Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Calheiros (MDB-AL) na relatoria. Do outro lado, quatro senadores tentaram manobrar a defesa.

Mesmo com a boa estratégia que surtiu efeitos negativos à imagem do presidente, Oliveira descreve que a CPI foi abalada por certo despreparo. "Em dados momentos a CPI se perdeu um pouco nos discursos políticos e no mero palavrório de alguns nomes da oposição. Houve também senadores que fisgaram algumas iscas dos bolsonaristas e propiciaram palco negacionista. Faltou preparo de alguns da oposição", destacou.

Efeitos da CPI na gestão da pandemia

Os desdobramentos negativos para o presidente parecem ter pressionado uma mudança na política de enfrentamento à pandemia. Porém, Oliveira assegura que "Bolsonaro continua sendo o que sempre foi e eventuais recuos estratégicos dele não podem ser lidos como mudanças de tom ou moderação". Ele credita os ganhos do controle do vírus aos governadores e ao apoio da Imprensa para conscientizar a população com bases científicas.

Gomes admite que a atividade no Senado deu maior visibilidade à crise sanitária e "fez com que o Governo precisasse adotar uma linha mais proativa, sobretudo no que diz respeito à importação de ingrediente farmacêutico ativo (IFA), produção nacional e distribuição de imunizantes".

CPI fortaleceu militância bolsonarista

Embora tenha ‘fritado’ sua imagem quase que diariamente, a CPI trouxe certo benefício ao presidente com a consolidação da sua militância, sobretudo a virtual, que se mostrou articulada ao usar instrumentos da política contemporânea para rebater o colegiado. “Eles recorreram ao ridículo, aos memes, ao choque de informações, a reinterpretação, revisionismos, formas de ataques contra os detratores do Governo", identificou Elton Gomes, que enxerga uma certa vantagem organizacional em relação à militância virtual da esquerda. 

"Quem apoiava Bolsonaro segue e seguirá apoiando. Quem não apoia provavelmente teve suas crenças reforçadas com os depoimentos [...] A partir do momento que o relatório da CPI for enviado ao Ministério Público e as medidas judiciais eventualmente sejam tomadas poderemos ver a base do presidente sentir mais", concluiu Oliveira, que coloca a análise de Aras como o grande teste dos efeitos concretos da comissão.

Os clubes profissionais de futebol da Espanha terminaram a temporada 2020-2021 com um prejuízo de 337 milhões de euros (R$ 2,13 bilhões na cotação atual), segundo divulgou nesta quarta-feira a LaLiga, empresa que organiza a primeira divisão do Campeonato Espanhol. O montante, contudo, não leva em conta as perdas de 487 milhões de euros (R$ 3,08 bilhões) que anunciou recentemente o Barcelona, o que elevaria o total para 824 milhões de euros (R$ 5,21 bilhões).

A LaLiga divulgou o montante na sessão informativa sobre os limites de custo salarial de cada elenco que disputará a primeira divisão do Campeonato Espanhol na temporada 2021-2022, que contou com cálculos da empresa de consultaria PWC.

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O encontro indicou a estimativa da cifra global de negócios em 2,94 bilhões de euros (R$ 18,64 bilhões), com perdas previstas de 733 milhões de euros (R$ 4,63 bilhões), considerando os 486 bilhões (R$ 3 bilhões) do Barcelona.

O diretor-geral executivo da LaLiga, José Guerra, explicou que com a manutenção da presença de público nos estádios, conforme acordo feito com o Ministério da Saúde espanhol e as autoridades regionais do setor, os clubes poderão terminar 2021-2022 com resultado melhor.

"Se for confirmado que manteremos 100% de público, se regularizam os ingressos e seja reativado o mercado de transferências, poderíamos esperar, ao fim da temporada, pelo menos, uma situação equilibrada e que já não tenhamos perdas dos clubes na primeira e segunda divisão", disse o dirigente.

Lucas Lucco revelou, durante entrevista à Fátima Bernardes, nesta sexta (24), já ter se prejudicado por causa das suas tatuagens. Com cerca de 20 desenhos pelo corpo, o cantor, que também é ator, já perdeu oportunidades na televisão em virtude das tattoos. Apesar disso, ele garantiu gostar de todas elas e falou como vai reagir se o filho, o pequeno Luca, pedir para se tatuar também.

Ao falar sobre as tatuagens, Lucas disse que as pessoas costumam ficar impressionadas com a grande quantidade de desenhos que ele tem gravados no corpo. Porém, o artista garantiu gostar de todas elas e não ver problemas na relação alheia. “A galera às vezes me pergunta... Nossa, por que você fez esse monte de tatuagem?  A hora que eu vi, fiquei assim (risos). Eu adoro, não me arrependo de jeito nenhum”. 

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No entanto, as tattoos já renderam prejuízos ao cantor, que também é ator. lucco revelou ter perdido papéis em novelas por causa delas. "Teria que mergulhar em uma piscina de base para esconder tudo”, brincou. Ele disse, ainda, como vai reagir no dia em que o filho, o pequeno Luca, de apenas seis meses, pedir a primeira tattoo. “Meu filho, seguinte, se o papai fosse você.. Eu não tatuaria tanto, porque eu queria pegar alguns papéis de filmes e série de época e não pude".

Entre engenheiros, laranjas e diretores do Departamento de Estradas de Rodagem em Pernambuco (DER-PE), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito envolvidos em um esquema de desvio de recursos das obras da BR-101, na Região Metropolitana do Recife (RMR). As investigações estimam o prejuízo de aproximadamente R$ 14 milhões aos cofres públicos.

A Operação Outline foi deflagrada em 2019, por meio de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou a atuação de um grupo criminoso composto por representantes da Construtora Andrade Guedes e do DER-PE. A denúncia envolve pagamentos de propina aos servidores do Estado com a finalidade de desviar verbas de requalificação do trecho entre os quilômetros 51,6 e 82,3 da rodovia.

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Os acusados são Silvano José Queiroga de Carvalho Filho, na época gestor do contrato e diretor de Operações e Construções do DER-PE; sua esposa Priscilla Ferraz Magalhães Queiroga de Carvalho, que atuou como “laranja” no esquema; o ordenador de despesas do DER/PE, Schebna Machado de Albuquerque; o sócio-proprietário da Construtora Andrade Guedes, Júlio César Gomes da Silva; o engenheiro Fábio de Almeida Ferreira Lima; Lúcio Max Ferreira Mota, também representante da construtora; além de Jorge Luiz Lorena de Farias e Dinildo de Carvalho Nogueira Ferraz, usados para ocultação de patrimônio, com a finalidade de impedir a identificação da origem ilícita dos bens.

O grupo foi indiciado pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A análise dos documentos revelou que os pagamentos indevidos somavam R$ 60 milhões. Porém, após a atuação dos órgãos de controle, os denunciados fizeram ajustes para dissimular os desvios e, ainda assim, o furo nos cofres públicos é calculado em R$ 14 milhões.

O esquema também prejudicou à finalidade das obras na BR-101, com “deficiências na fiscalização e supervisão das obras, alterações de cronograma e adiantamento de medições, contratação indevida de serviços de conservação e recuperação, bem como pagamentos por serviços não realizados e execuções da obra com defeitos”, aponta o MPF.

A obra da BR-101 é objeto de termo de compromisso firmado, em 2012, entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Governo de Pernambuco. Em 2017, foi formalizado contrato com consórcio de construtoras, com repasse previsto de mais de R$ 182 milhões. Cerca de R$ 125 milhões chegaram a ser liberados pela autarquia federal, em 2013.

Na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Federal de Pernambuco cumpriu um mandado de busca e apreensão em Paulista, no Grande Recife. As autoridades investigam fraudes em 708 benefícios previdenciários destinados a idosos, com prejuízo em torno R$ 39 milhões.

Conforme a Operação Nati Ficto, os benefícios eram concedidos por meio de documentação falsa, utilizada para comprovar idade superior a 65 anos. Anteriormente, a PF informou que o mandado foi cumprido em Gravatá.

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Caso o esquema não tivesse sido descoberto, a estimativa de prejuízo futuro aos cofres públicos gira em torno de R$ 124 milhões, projeta a PF.

A expectativa é por novas etapas da investigação, que identificou os crimes de estelionato qualificado e inserção de dados falsos em sistema de informações. Caso os suspeitos sejam autuados e condenados, as penas somadas podem atingir até 17 anos de prisão.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) detalhou nesta quarta-feira (11) que os roubos de cabos e clipes do sistema do Metrô do Recife vêm se intensificando ao longo dos últimos quatro anos. De 2016 a 2020 a CBTU registrou 317 falhas no sistema, o que causou um prejuízo calculado de R$ 350 mil. 

Segundo a companhia, foram 15,5 km de cabos roubados da via. Os três sistemas mais afetados pelos roubos de cabos são: Sistema de 6.6 KV ca (sistema responsável pela alimentação de todos os sistemas de sinalização de via); Sistema de retorno de tração (retorno da tração dos trens para a subestação alimentadora); Cabos de sinalização de via.

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Recentemente, passou-se a observar outra modalidade de roubo:  o furto de clipes responsáveis por prender os trilhos na via. Cada clipe furtado pesa em torno de 750 gramas e, provavelmente, são vendidos aos ferros-velhos da região.

Esses dois tipos de roubo afetam diretamente a velocidade dos trens, que passam a trafegar com velocidade bastante reduzida, causando grandes transtornos para o deslocamento da população da Região Metropolitana do Recife, usuária do Metrô. A não disponibilidade de clipes para reposição pode causar até a interdição de parte da via. 

A CBTU Recife esclarece que foi preparado um relatório e entregue a órgãos de Segurança Pública com o intuito de se realizar um trabalho em conjunto de identificação de receptadores desse material e aplicação de penalidades judiciais cabíveis. CBTU pede para que a população local denuncie os casos de roubos e de vandalismo através do telefone Metrô Denúncia: 3455.4566.

Procurada pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), uma recifense foi presa em Portugal após aplicar um golpe na empresa em que trabalhava e fugir do Brasil. Ela foi denunciada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em 2016 e estava foragida das autoridades brasileiras desde 2019, quando teve a prisão preventiva decretada.

De acordo com a investigação que uniu as Polícias Federais dos dois países, a suspeita de 36 anos era auxiliar administrativa e trabalhava na empresa de fabricação de peças em Afogados, Zona Oeste do Recife, há 21 anos.

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Ela desviava dinheiro da fábrica ao emitir duplicatas sem a devida correspondência dos serviços prestados efetuando os respectivos descontos. Conforme a denúncia, o prejuízo foi de R$ 300.000.

Crimes

Moradora do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, a pernambucana foi denunciada pelo MPPE em julho de 2016 pelos crimes de furto qualificado com abuso de confiança e duplicata simulada, cujas penas variam de quatro a 12 anos de reclusão.

A prisão preventiva foi decretada em outubro de 2019 e, desde então, a Polícia brasileira buscava informações após confirmar a fuga para Lisboa. No dia 20 de julho deste ano, a Interpol incluiu seu nome na 'difusão vermelha' com intuito de localizá-la e cumprir a extradição.

Prisão

A captura por policiais federais portugueses foi realizada na última terça-feira (3), mas o núcleo brasileiro aguarda autorização para viajar ao país e concluir o processo de extradição. No Brasil, ela deve ser encaminhada ao sistema prisional, onde começa a cumprir determinada pela Justiça.

O projeto fracassado da Superliga Europeia prejudicou a força dos 12 clubes fundadores e derrubou em mais de 600 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões) o valor total das marcas desses times, de acordo com o último relatório Brand Finance Football 50, que anualmente classifica as mais valiosos e mais fortes marcas de clubes de futebol do mundo. Esse montante significa uma redução equivalente a 6% do poder das marcas para impulsionar o sucesso dos negócios dos clubes.

O impacto na percepção do público foi bastante significativo. O Liverpool, por exemplo, perdeu o patrocínio da Tribus Watches e o mesmo ocorreu com o Manchester United em acordo de 200 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão) com o The Hut Group.

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"A origem e o fim da Superliga Europeia é uma história de 'branding'. Os 12 clubes consideravam as suas marcas fortes e atrativas demais para serem sancionadas por outras associações e acima da pirâmide do futebol que valida o seu sucesso. No entanto, a comunicação, promoção e posicionamento do projeto foram mal executados, alimentando uma reação de todas as partes interessadas, levando à dissolução do grupo e resultando em danos dolorosos à marca", avaliou Hugo Hensley, chefe de Serviços Esportivos da Brand Finance.

Não afetado pelo fiasco da Superliga, o Bayern de Munique viu a sua marca se valorizar com os títulos do Campeonato Alemão, Copa da Alemanha, Liga dos Campeões da Europa, Supercopa Europeia, Mundial de Clubes da Fifa e Supercopa da Alemanha. O valor da marca do clube passou para 1,06 bilhão de euros (R$ 6,7 bilhões), o que o coloca na quinta posição geral no ranking.

"O modelo de participação acionária do torcedor alemão de 50 + 1% significa que o torcedor é respeitado como o acionista final. Isso manteve o Bayern de Munique fora do fiasco da Superliga Europeia, enquanto o desempenho em campo aumentou ainda mais a força da marca. Este é um sinal positivo para o desempenho futuro do patrocínio e o Bayern já é o clube de futebol com a maior receita comercial do mundo", disse Hensley.

O Real Madrid continua como a marca de clube de futebol mais valiosa do mundo pelo terceiro ano consecutivo, apesar de registrar uma queda de 10% no valor da marca para 1,27 bilhão de euros (R$ 8,1 bilhões). O clube ainda mantém uma ligeira vantagem à frente do arquirrival Barcelona, em segundo lugar, com um valor de marca de 1,26 bilhão de euros (R$ 8,06 bilhão), também caindo 10% este ano.

Logo atrás de Real Madrid e Barcelona, o Manchester United manteve o terceiro lugar, apesar de sofrer uma queda de 14% no valor da marca para 1,13 bilhão de euros (R$ 7,2 bilhões). Vizinhos e rivais, o Manchester City está agora apenas 1% atrás do United em valor de marca.

O impacto da pandemia da covid-19 nas marcas dos 50 principais clubes do mundo representou uma redução de 11,2% nos valores globais. Para calcular o valor da marca de um clube, o relatório Brand Finance Football 50 projeta receitas analisando o histórico, as previsões dos analistas de ações e as taxas de crescimento econômico.

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