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A defesa do casal investigado por hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, no último dia 14, decidiu contratar peritos para atestar a idoneidade do vídeo que registra parte da confusão no aeroporto de Roma. O advogado Ralph Tórtima Filho, constituído por Roberto Mantovani Filho e Andréia Munarão, diz que a perícia visa 'evidenciar a ausência de edição' na gravação feita por celular - o conteúdo foi entregue por Tórtima à Polícia Federal na semana passada.

A diligência foi anunciada pela defesa em meio à expectativa da chegada dos vídeos das câmeras de segurança do aeroporto de Roma. A PF avalia que as imagens do circuito de segurança do aeroporto possam dirimir contradições nas versões dos Mantovani e de Alexandre de Moraes.

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Antes de as gravações do aeroporto aportarem na PF em Roma, a defesa dos Mantovani entregou um vídeo aos investigadores. As imagens foram feitas do celular de Alex Zanata Bignotto, genro de Roberto.

Segundo o advogado Ralph Tórtima Filho, o vídeo mostra o ministro chamando um de seus supostos agressores de 'bandido'. É esse vídeo que a defesa diz que vai periciar. A estratégia é tentar esvaziar o impacto das suspeitas que cercam os Mantovani e eliminem a versão de que eles agiram com intuito 'político', o que manteria a investigação no Supremo Tribunal Federal.

Tanto o ex-ministro e sua família como os investigados pelas hostilidades já depuseram à PF. Segundo apurou o Estadão, o Alexandre destacou que as ofensas a ele dirigidas têm um viés 'político' e o intuito de 'constrangê-lo'. O ministro e sua família, ainda de acordo com investigadores, garantiram que as imagens do aeroporto irão comprovar a versão.

À PF, Alexandre de Moraes relatou, na última segunda-feira, 24, contou que foi chamado de 'bandido, comunista, comprado'. E, ainda, que os supostos agressores o acusaram de interferir no pleito de 2022. "Você roubou as eleições, você fraudou as urnas."

Oficialmente, os Mantovani são investigados por supostos crimes de injúria, perseguição e desacato.

O criminalista Ralph Tórtima Filho, constituído por Andréia e Roberto, ironizou o teor do depoimento do ministro à PF. Ao apontar para o que chama de 'curiosa inovação', Tórtima Filho ressaltou que na representação para abertura do inquérito Alexandre não citou em nenhum momento as frases 'você roubou as eleições', 'você fraudou as urnas'.

Na primeira versão de Alexandre, por meio de representação escrita à cúpula da PF, ainda no dia 14 - data do entrevero em Roma -, não houve referência a urnas nem às eleições. É nesse detalhe que a defesa se apega para tentar neutralizar as suspeitas de 'crime político' atribuídas à Andréia Munarão e Roberto Mantovani Filho no episódio do aeroporto romano - versão que poderá manter o casal sob o crivo do Supremo Tribunal Federal.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou à Polícia Federal que foi alvo de duas investidas no aeroporto de Roma, no último dia 14. Segundo ele, Roberto Mantovani Filho e Andréia Munarão - apontados como autores das hostilidades - disseram que o magistrado havia "fraudado as urnas e roubado as eleições".

O ministro e quatro integrantes de sua família foram ouvidos pela PF nessa segunda (24), em São Paulo. Nos cinco depoimentos foi destacado que as hostilidades dirigidas ao magistrado eram "políticas" e teriam o intuito de "constrangê-lo". A família garantiu que as imagens do aeroporto italiano comprovariam a versão.

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Sala vip

Segundo relataram Moraes e seus familiares à PF, Andréia abordou o ministro no momento em que ele se credenciava para entrar na sala vip da companhia aérea TAP. Os depoimentos sustentam que ele foi chamado de "comunista, bandido e comprado".

Conforme as oitivas, depois que Moraes entrou na sala vip, Andréia teria começado a gravar o magistrado e afirmado que ele havia "fraudado as urnas e roubado as eleições".

Os três filhos do ministro, que ainda estavam no credenciamento, teriam alertado Andréia, indicando que, se não parasse, seria gravada e processada. Segundo a versão da família do ministro do STF, foi quando ela chamou o marido, Roberto Mantovani, que avançou contra o filho de Moraes dizendo: "Filho de bandido, comunista, ladrão. Seu pai fraudou as eleições".

Ainda de acordo com relatos de Moraes e familiares, neste momento, na porta da sala vip, o filho do ministro tentou pegar seu celular para gravar o ocorrido, ocasião em que Mantovani teria dado um tapa em seu rosto, o que fez com que seus óculos caíssem. Conforme o depoimento, o empresário foi contido por um estrangeiro.

Essa foi relatada como a primeira investida contra o ministro. O casal teria deixado o local, mas retornou instantes depois, passando a gravar Moraes e seus familiares dentro da sala vip. No depoimento, o ministro disse que foi até Mantovani e Andréia e avisou que tiraria fotos para identificá-los. Afirmou ainda que eles seriam processados no Brasil.

O depoimento relata que, após o aviso, Mantovani e Alex Zanatta Bignotto (seu genro) continuaram a ofender o ministro, dizendo que "havia fraudado as urnas e que era um bandido". Enquanto isso, Andréia também proferia ofensas, ainda segundo a versão de Moraes e seus familiares.

Roberto Mantovani e Andréia Munarão já foram ouvidos pela Polícia Federal. No mesmo dia em que prestou depoimento à PF, o casal teve sua casa vasculhada. As diligências são questionadas por constitucionalistas. Alex Zanatta Bignotto também foi ouvido pelos investigadores. Ele negou qualquer hostilidade ou agressão ao ministro.

'Curiosa inovação'

O criminalista Ralph Tórtima Filho, que representa a família Mantovani na investigação, afirmou que o relato do ministro do Supremo à PF contém "curiosa inovação". "O que se pode dizer, de forma objetiva, é que nenhuma das ofensas agora divulgadas, envolvendo fraude às urnas ou interferência no resultado eleitoral, constou da representação ofertada pelo ministro Alexandre de Moraes, elaborada imediatamente após os fatos", disse Tórtima Filho. "Trata-se de uma curiosa inovação."

Ele sustentou também que os investigados "mantêm, na íntegra, o que já esclareceram à Polícia Federal". "Inclusive, estão convictos de que as imagens do aeroporto de Roma confirmarão suas versões, reiterando que não houve qualquer ofensa direcionada ao ministro Alexandre de Moraes", afirmou o advogado da família. (COLABOROU RUBENS ANATER)

A Adidância da Polícia Federal em Roma recebeu nesta quinta-feira (20) os arquivos das câmeras de segurança de Fiumicino, Aeroporto Internacional da capital italiana, que registraram as supostas hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes na última sexta (14).

A corporação agora aguarda o aval de autoridades italianas para que as gravações sejam transferidas aos investigadores no Brasil, pelo canal de cooperação jurídica internacional.

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A expectativa dos investigadores é a de que as gravações possam dirimir contradições nas versões dadas pelos investigados pelas supostas hostilidades a Alexandre de Moraes.

Os alvos principais da investigação são Andréia Mantovani e Roberto Mantovani Filho. Eles tiveram sua casa vasculhada pela PF nesta quarta-feira (18) para abastecer o inquérito sobre supostos crimes de injúria, perseguição e desacato. As diligências são questionadas por constitucionalistas.

Antes de as gravações do aeroporto aportarem na PF em Roma, a defesa dos suspeitos de terem hostilizado o ministro do STF entregaram, nesta quarta (19) aos investigadores, um vídeo. As imagens, segundo relato do advogado Ralph Tórtima Filho, mostrariam o ministro chamando um dos supostos agressores de "bandido".

O casal suspeito de ter agredido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e o seu filho alegam que foram "gravemente ofendidos" pelo filho do magistrado. A defesa de Roberto Mantovani Filho e Andréia Munarão divulgou nota nessa terça-feira (18), após o casal prestar depoimento na Polícia Federal.

Eles admitiram ter discutido com a família de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14), mas não mencionaram agressões físicas.

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Roberto e Andréia disseram que o tumulto com a família de Moraes não foi motivado por uma "conotação política", e sim devido a um desentendimento sobre o ingresso na sala VIP do aeroporto italiano. Os suspeitos afirmaram que o filho de Moraes desrespeitou o casal "com ofensas extremamente pesadas", que só terminaram após o ministro do STF intervir na discussão.

"Depois de sete horas de depoimentos, deixaram assentado que foram, em especial Andréia, gravemente ofendidos por mencionado jovem que, em duas oportunidades, os desrespeitou, com ofensas extremamente pesadas, o que somente cessou quando da intervenção do Ministro Alexandre de Moraes, que o reconduziu ao interior da sala VIP", afirma a nota da defesa do casal à imprensa.

O casal também disse à que a discussão não teve a intenção de atingir a imagem pública de Moraes e que estão seguros que as imagens do Aeroporto de Roma irão sustentar a veracidade dos seus depoimentos. Os acusados afirmaram também que não encontraram o ministro e o filho na área de embarque do aeroporto de Roma, e que estariam sendo confundidas com outras pessoas.

Família é acusada de agredir e hostilizar Moraes

Segundo a PF, Andréia Mantovani xingou o ministro de "bandido e comprado". Na sequência, Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Além disso, Alex Zanatta Bignotto, genro de Roberto, teria disparado palavras de baixo calão contra a família do ministro. Todos os três já prestaram depoimento e são investigados por um inquérito da corporação.

Nesta terça-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados aos suspeitos no município paulista de Santa Bárbara d’Oeste, onde residem. As ordens foram autorizadas pela presidente do SFT, ministra Rosa Weber. Enquanto prestavam os depoimentos em Piracicaba (SP), os investigadores vasculharam o carro do casal, que estava estacionado no pátio da delegacia.

A corporação já solicitou ao Aeroporto de Roma as imagens internas para auxiliar nas investigações. As gravações foram solicitadas via cooperação internacional, com apoio da Diretoria Executiva da PF. A expectativa é a de que sejam fornecidas ainda nesta semana, sendo utilizadas para confrontar a versão dos suspeitos sobre o ocorrido.

O empresário e corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto negou à Polícia Federal ter hostilizado ou agredido o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Roma, na Itália. Zanatta prestou depoimento neste domingo (16), na delegacia de Piracicaba, no interior de São Paulo.

Além de Zanatta, outras duas pessoas da mesma família são suspeitas de terem hostilizado Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota, a família confirmou que houve um "desentendimento verbal" com dois integrantes da comitiva de Alexandre de Moraes. O Estadão apurou que seriam o filho do ministro e a namorada do rapaz.

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Na versão do empresário Roberto Mantovani Filho e da mulher dele, Andréa Munarão, suspeitos de terem hostilizado Moraes, ambos foram confundidos com outros brasileiros que teriam ofendido o ministro. "Dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o ministro", informou a família.

A nota diz ainda que a discussão ficou "acalorada" e Mantovani "precisou conter os ânimos" de um jovem que teria ofendido sua mulher. "Em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao ministro Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares", disse a família.

Alex Zanatta, Roberto Mantovani e Andréa Munarão foram apontados pela polícia como os responsáveis pelo episódio de hostilidade e agressão. O filho de Alexandre de Moraes, um advogado de 27 anos, teria recebido um tapa no rosto de Mantovani.

Durante a confusão, uma pessoa próxima ao ministro fez fotos do grupo. As imagens e os relatos da chegaram para a Polícia Federal em São Paulo, que abordou os brasileiros no aeroporto de Guarulhos (SP).

Segundo a PF, a confusão começou quando Andréa passou a xingar Alexandre de Moraes de "bandido, comunista e comprado", termos que costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra integrantes da Suprema Corte.

Na sequência, o marido dela teria reforçado os xingamentos agredido fisicamente o filho do ministro. Alex Zanatta teria se juntado aos dois usando palavras de baixo calão contra o ministro.

Ao Estadão, o advogado Tórtima Filho contou que o Zanatta disse à Polícia Federal que "não participou do início do problema, da discussão". Segundo o advogado, o corretor "foi chamado quando a situação praticamente já estava contornada, resolvida" e não agrediu ou ofendeu ninguém.

"Ele deixou claro que não fez qualquer ofensa ao ministro e também que os demais familiares do sr. Roberto (Mantovani), inclusive, ele, negaram as ofensas que foram ventiladas", contou Tórtima Filho.

Tórtima, porém, confirmou que houve um cenário de hostilidade, mas reiterou que o corretor não se envolveu. O advogado afirmou ao Estadão que a família acredita que "tudo tenha sido fruto de uma confusão". Mantovani, o genro, os filhos e outros parentes passaram pelo local onde Moraes estava e teriam sido confundidos com passageiros que ofenderam o ministro.

"Quando o ministro chegou para ingressar nessa sala VIP, havia realmente pessoas que chegaram a proferir ofensas, mas não familiares do meu cliente. Eles estavam apenas passando na hora", declarou Tórtima Filho. "Em razão disso, uma moça que estava na comitiva do ministro acabou direcionando, trocando ofensas com a esposa do Roberto, com a Andreia. Depois disso, veio um moço do mesmo grupo do dr. Alexandre e também, em solidariedade a essa moça, proferiu ofensas à Andreia. Nesse momento, na presença do Roberto."

O caso está sendo investigado em sigilo. Mantovani e a mulher, Andreia, devem prestar depoimento na próxima terça-feira, 18, à Polícia Federal, em Piracicaba.

Em razão do ofício, Alexandre de Moraes costuma ter a segurança pessoal, no Brasil e no exterior, garantida por policiais do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte não informou se o ministro estava sob escolta no momento da confusão.

Moraes estava acompanhado por familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito. De lá, ele seguiu para outros compromissos na Europa e ainda não voltou ao Brasil.

Alex Zanatta Bignotto, um dos suspeitos de hostilizar e agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho, um advogado de 27 anos, prestou depoimento à Polícia Federal de Piracicaba (interior de São Paulo) na manhã deste domingo, 16. Ele mora em Santa Bárbara d'Oeste e trabalha como corretor de imóveis.

A informação foi confirmada pelo advogado criminalista Ralph Tórtima Filho, que representa Bignotto e os outros dois suspeitos de serem autores da agressão - sua esposa, Andreia Mantovani, e seu sogro, Roberto Mantovani Filho, que é empresário.

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Os três - Bignotto, Mantovani e Andreia - desembarcaram no Brasil no sábado, 15. No aeroporto, cinco agentes da Polícia Federal os aguardavam, fazendo perguntas e registrando vídeos. De acordo com Tórtima, a PF esteve na residência da família às 6h deste domingo intimando os três para depor às 10h. Diante de compromissos prévios que já estavam agendados, os depoimentos de Andreia e Mantovani foram marcados para a próxima terça-feira, 18, às 9h.

Ao Estadão, Mantovani disse que ainda não foi convocado para prestar depoimento e manteve a postura de não comentar detalhes sobre o ocorrido. "É tudo que eu não gostaria na minha vida", disse o empresário sobre o episódio de sábado. Ele é suspeito de proferir palavras de baixo calão direcionadas ao ministro e de ter dado um tapa no rosto do filho do magistrado. "Bandido, comunista e comprado" são alguns dos termos que, segundo a PF, Mantovani teria usado.

De acordo com a corporação, seu genro, Alex Bignotto, que presta depoimento neste domingo, teria o acompanhado com xingamentos. A família estava em viagem pela Itália e retornava ao Brasil quando encontrou com Moraes no aeroporto internacional de Roma.

De acordo com o advogado da família, teria acontecido uma confusão generalizada no aeroporto por causa da passagem do ministro. Ele nega que os três tenham proferido palavras de baixo calão direcionadas a Alexandre de Moraes.

O ministro cumpre uma agenda de palestras pela Europa e ainda não voltou ao Brasil. Até o momento, nem Alexandre de Moraes e nem o Supremo comentaram as agressões.

Solidariedade

Várias autoridades prestaram solidariedade e apoio ao ministro pelo episódio. No Legislativo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse "Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem (sexta-feira), são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade. Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico".

O presidente da outra Casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), também divulgou uma nota nas redes sociais em apoio ao ministro. "É inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas. Isso não pode continuar. Democracia se faz com debate e não violência."

No sábado (15) a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. Em seguida, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que a PGR vai "adotar as medidas cabíveis" na situação. "A Procuradoria-Geral da República solicitou informações à Polícia Federal sobre as agressões sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes e seu filho, na Itália. O MPF tomará as medidas cabíveis a respeito do caso", diz a nota compartilhada por Aras nas suas redes sociais.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou à Polícia Federal informações sobre as agressões sofridas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seu filho, no aeroporto internacional de Roma, na Itália.

O caso aconteceu na última sexta-feira (14), quando um grupo de brasileiros hostilizou o ministro por conta de sua atuação recente em questões relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele chegou a ser chamado de "bandido, comunista e comprado". Além de xingamentos contra Moraes e seus familiares, uma das pessoas chegou a agredir fisicamente o filho do ministro.

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Em nota, a PGR informou que embora o procurador-geral da República, Augusto Aras, esteja no exterior em fuso muito diferenciado em relação ao horário de Brasília, enviou mensagens a Moraes assim que soube dos fatos. "Aras considera repulsiva essa agressão, que se agrava, segundo ele, ao atingir a família do ministro"

O órgão sinalizou, ainda, que Ministério Público Federal (MPF) tomará as medidas cabíveis em relação ao caso.

Após a repercussão dos atos violentos, políticos e autoridades manifestaram solidariedade a Moraes por conta do episódio. Entre os nomes que já se posicionaram em relação ao assunto, estão o do presidente da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro do STF Gilmar Mendes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado na sexta-feira (14) por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. A Polícia Federal abriu inquérito sobre o caso.

O magistrado foi atacado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de "bandido, comunista e comprado". Os termos costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra integrantes da Suprema Corte.

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Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal (PF) como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e teria chegado a agredir fisicamente o filho do ministro, que é advogado e tem 27 anos. Um outro homem identificado como Alex Zanatta Bignotto se juntou aos dois agressores, disparando palavras de baixo calão.

As informações foram confirmadas por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça. A segurança pessoal de Alexandre de Moraes, no Brasil e no exterior, em razão do cargo que ocupa, é feita por policiais federais a serviço do STF.

PERFIL

Alex Bignotto é casado com a filha do empresário Roberto Mantovani Filho. A família mora em Santa Bárbara D'Oeste, interior de São Paulo, e controla empresas na região. Bignotto é dono de uma corretora de imóveis. Seu sogro atua com administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.

Em 2020, Mantovani destinou R$ 19 mil a campanhas eleitorais e ao PSD de Santa Bárbara D'Oeste. O empresário doou R$ 4 mil para a campanha eleitoral de José Antonio Ferreira, que foi candidato à prefeitura de Santa Bárbara D'Oeste pelo PSD. O "Dr. José" não foi eleito. Mantovani ainda transferiu R$ 11 mil à direção do PSD na cidade.

No mesmo ano, o empresário contribuiu com a campanha de Josué Ricardo Lopes, do PTB, à prefeitura de Socorro, município do interior do Estado. Mantovani cedeu um imóvel para ser usado como comitê. Ricardo Lopes foi eleito.

'REVANCHISMO'

Procurado pelo Estadão, Mantovani disse que não gostaria de comentar o episódio antes de prestar depoimento à PF para não comprometer a sua situação diante das investigações. Afirmou também querer evitar o que chamou de "revanchismo".

Apesar de ter sido apontado como agressor do filho do ministro do STF, ele disse considerar que o ocorrido "não foi nada extraordinário" e que prefere aguardar o pronunciamento das autoridades sobre os possíveis crimes que possa ter cometido. "Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento. Não gostaria de fazer nenhum comentário até que possa saber aquilo que eles possam dizer que eu fiz", afirmou.

Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

"Eu só vi o ministro. Ele estava para entrar numa sala VIP. Eu passei por ali. Houve ali uma pequena confusão de alguns brasileiros, alguns foram embora e quem pagou o pato fomos nós, mas tudo bem, a gente tem que aguardar", completou Roberto Mantovani.

Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da PF, mas não chegaram a ser presos. Segundo o empresário Roberto Mantovani, eles foram abordados e identificados na chegada ao aeroporto de Guarulhos (SP).

REPERCUSSÃO

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ligou para Moraes e se solidarizou com a violência sofrida pelo magistrado. Nas redes sociais, Flávio Dino repudiou a agressão ao ministro do STF.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), também usou as redes sociais para manifestar solidariedade a Moraes. "A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia", escreveu Padilha, no Twitter.

O STF informou que não se manifestaria sobre o caso.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prestou solidariedade ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em publicação nas redes sociais, Padilha disse confiar que as autoridades competentes garantirão a responsabilização dos acusados.

"Toda solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e à sua família, agredidos por antidemocratas. A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia", escreveu Padilha neste sábado, 15. "Confiamos que as autoridades competentes conduzirão uma investigação rigorosa, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados perante à Justiça", acrescentou o ministro.

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Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi hostilizado nesta sexta-feira, 14, por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de "bandido, comunista e comprado". Os termos costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro contra integrantes da Suprema Corte.

Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Um outro homem identificado como Alex Zanatta Bignotto se juntou aos dois agressores disparando palavras de baixo calão. Os dois são empresários de São Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado nesta sexta-feira, 14, por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. O ministro foi atacado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de "bandido, comunista e comprado".

Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal (PF) como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Um outro homem identificado como Alex Zanatta se juntou aos dois agressores disparando palavras de baixo calão.

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Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito. As informações foram confirmadas por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça.

Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da Polícia Federal, mas não chegaram a ser presos. O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ligou para Moraes e se solidarizou após a violência sofrida pelo magistrado.

O STF informou que não se manifestaria sobre o caso.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, agradeceu o ministro da Justiça, Flávio Dino, por ter colocado a Polícia Federal (PF) à disposição para investigar ataques e ameaças aos membros da Corte.

No ofício enviado a Dino, a presidente do STF afirma que a mensagem será transmitida aos demais ministros do tribunal.

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O gesto do ministro da Justiça aconteceu depois que o ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do STF, foi hostilizado em um aeroporto nos Estados Unidos.

Em novembro, quando uma comitiva de ministros do STF viajou a Nova York para participar de um evento organizado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, bolsonaristas chegaram a cercar o hotel em que eles estavam hospedados.

Dino chamou de "extremistas antidemocráticos" os manifestantes que "perseguem" ministros do STF.

Em seu discurso de posse, o ministro da Justiça já havia indicado uma mudança de tom em relação ao STF. O tribunal se tornou um dos alvos preferenciais do bolsonarismo durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo governo pretende uma reaproximação com o tribunal.

"Ficaram no passado as palavras acintosas, agressões e tentativas de intimidação do Poder Judiciário, substituídas por harmonia e diálogo", disse Dino.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a ser hostilizado, na segunda-feira (2), ao embarcar no Aeroporto Internacional de Miami em direção ao Brasil. Os manifestantes vaiaram e xingaram o ministro e entoaram o coro "sai do voo".

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Barroso, no entanto, embarcou e já chegou ao Brasil.

Em nota, o magistrado classificou o episódio como uma "mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação".

"O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas", afirmou o ministro.

Barroso tem sido alvo frequente de ataques bolsonaristas. Em Nova York, ao rebater um manifestante que o questionou sobre o código-fonte das urnas eletrônicas, o ministro disse: "perdeu mané, não amola".

O magistrado também foi hostilizado em restaurante em Porto Belo (SC), onde jantava com amigos.

A sede do PSDB em Pernambuco localizada no bairro do Derby, área central do Recife, amanheceu com pichações nesta quinta-feira (28). Frases chamando o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves, de “ladrão”, o partido de “golpista” e defendendo a permanência da presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo foram pichadas no muro da casa onde funciona o PSDB estadual.    

As pichações acontecem um dia após Aécio Neves se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), sucessor constitucional de Dilma em caso de impeachment. O PSDB deve participar de um eventual governo peemedebista.

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"É a cara do PT esse tipo de reação", cravou o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, pontuando que as pichações refletem o “forte ambiente de intolerância dos petistas” diante do cenário de “forte rejeição dos brasileiros aos governos administrados pelo partido”.

Corroborando Moraes, o presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV) e ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco se mostrou preocupado com a postura. “O que acontece é que se montou, durante quase 14 anos, um pensamento hegemônico de poder, de se entender que 'aqui somos a verdade e você não entra'. Mas esse processo foi se desgastando, até em função de promessas não cumpridas, e alimentando esse clima de uma certa selvageria num país como o Brasil que tem um tradição de cordialidade", criticou o tucano.

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