Marco Aurélio vai pedir que Bolsonaro receba Paulo Câmara
Prestes a assumir vaga na Alepe, ele vai encontrar com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e pedirá que o correligionário “desconsidere” a oposição que o pessebista vem fazendo e agilize a audiência do governador com Bolsonaro
O deputado estadual eleito e vereador do Recife, Marco Aurélio Medeiros (PRTB), afirmou que pretende interceder por Pernambuco durante o encontro que terá com o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), no próximo dia 22 de janeiro. Apesar de considerar a administração do governador Paulo Câmara (PSB) “capenga” e “fraca”, ele pontuou que vai pedir ao vice que “desconsidere” a oposição que o pessebista vem fazendo ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e facilite a interlocução entre os governos estadual e federal.
“O que eu vou pedir [a Mourão], sei que eu tenho esse tamanho para pedir, é: desconsidera, ajuda Pernambuco, porque o governador tem um problema, não gosta de ficar junto do povo. Pernambuco é um Estado pobre e a gente precisa do governo federal”, detalhou, durante entrevista a Folha de Pernambuco, ao explicar que encontro também servirá para definir a entrega do título de cidadão recifense a Mourão.
“Direi, o governador de Pernambuco pediu uma audiência com o presidente Bolsonaro e se o senhor puder ajudar faça com que essa audiência aconteça o mais rápido possível, ajude Pernambuco, atenda todos os pleitos que puder. O povo de Pernambuco não pode ficar contra a federação”, acrescentou.
Na última segunda (7), o governador solicitou, por meio de ofício, uma audiência com o presidente para apresentar as propostas de Pernambuco, apesar de o militar ter afirmado que o presidente dos governadores do Nordeste estava em Curitiba, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda na ótica de Marco Aurélio, que articula para tentar ser líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Paulo Câmara erra ao ficar contra o governo Bolsonaro. “O governador de Pernambuco cometeu alguns erros, ele ajudou o governo de Dilma, depois ficou contra Dilma. Depois Pernambuco teve cinco ministros [no governo de Michel Temer] e ele ficou contra os ministros. O governador gosta de ficar contra”, alfinetou o vereador.