Covid: CPI define roteiro para ouvir atual e ex-ministros
O ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten também está na mira para ser ouvido na semana seguinte
A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid definiu um roteiro inicial de depoimentos para convocar, já na semana que vem, os ex-ministros da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. O ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten está na mira para ser ouvido na semana seguinte.
O cronograma foi discutido em uma reunião na residência do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na noite dessa quarta-feira (28), com a participação do vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e do relator da investigação, Renan Calheiros (MDB-AL). Os requerimentos serão colocados em votação na sessão desta quinta-feira (29), às 9 horas.
Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich devem ser ouvidos na terça-feira (4). Na quarta-feira (5), a CPI quer chamar Eduardo Pazuello, que ficou mais tempo à frente da pasta durante a pandemia de Covid-19 e é um dos principais alvos da investigação. Na quinta-feira (6), os senadores querem coletar o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Os primeiros depoimentos colocam o governo federal no foco central do início das investigações e representam uma derrota para o Palácio do Planalto. Além das convocações, o relator deve apresentar um plano de trabalho para ser aprovado. Nesse documento, Renan delimitará o escopo da CPI e vai sugerir uma série de pedidos de informações para órgãos federais e estaduais para municiar os trabalhos, além de indicar nomes de investigados e testemunhas, como os ex-ministros.
"O que a direção da CPI vai apresentar amanhã é essa sugestão de roteiro. Esperamos que seja acatada não somente pelo G-7, mas pelo G-11", disse Randolfe Rodrigues em entrevista coletiva após a reunião. Ele fez referência aos sete senadores que formam um grupo crítico a Bolsonaro e aos 11 titulares da CPI. "É um encaminhamento razoável para inaugurarmos o início das investigações."