Na CPI, Marcelo Queiroga diz que faltou investir no SUS
O atual ministro da Saúde ainda afirmou que busca evitar o uso de medicamentos contra o vírus
Na manhã desta quinta-feira (6), foi a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. Nesta semana, seus antecessores na pasta, Luiz Henrique Mnadetta e Nelson Teich, foram sabatinados pelo Senado.
Na investigação do Congresso referente às ações e omissões do governo federal no combate à pandemia, Queiroga pediu união e lembrou da reconhecida competência do Brasil em campanhas de vacinação. Ele estima que mais de 77 milhões de doses foram entregues e considerou o Programa Nacional de Imunização (PNI) um "sucesso" ao ressaltar que o país é o quinto que mais distribuiu vacinas em números absolutos.
Há apenas 45 dias à frente da pasta, o ministro pedia um voto de confiança para prosseguir com o trabalho, quando recebeu a notícia de que a produção de vacinas pelo Instituto Butantan pode ter um novo atraso pela falta de insumos. o diretor Dimas Covas responsabilizou o governo federal pela a má relação a China, principal produtora.
Em postura evasiva, o cardiologista foi lembrado em mais de uma oportunidade pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), de que deveria responder as perguntas com clareza, já que assume posição de testemunha. Questionado sobre as condições que levaram o Brasil a ser considerado um dos epicentros da pandemia, o cardiologista foi taxativo e disse que faltou "fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)".
"Desde o primeiro dia da nossa gestão, tenho procurado fortalecer o programa de vacinação do Brasil e tenho procurado incentivar as medidas não farmacológicas", acrescentou.
Os trabalhos desta quinta (6) seguem no período da tarde com a oitiva do diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.