Moro se reúne com Zema para debater apoio em 2022
Encontro com o governador mineiro havia sido anunciado na semana passada, após o ex-ministro se declarar presidenciável em 2022
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, recém declarado pré-candidato à presidência da República pelo Podemos, deve se encontrar com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para articular uma candidatura mais viável em 2022. Os dois participarão de almoço na capital mineira nesta quarta-feira (24). A reunião ocorre em um momento em que Zema busca se afastar do governo Bolsonaro, com quem possui uma relação amistosa e de quem já recebeu elogios. Apesar da distância nítida, o governador de Minas não enfrenta o governo federal como boa parte dos governadores, mas os elogios não são recíprocos.
No Palácio Tiradentes, sede do governo estadual e onde Moro será recepcionado, estarão também a presidente do Podemos, Renata Abreu, e o deputado federal Igor Timo, presidente da legenda no Estado. Em pauta, estará a discussão de apoios em 2022. “Há uma série de convergências, uma identidade de bandeiras e o trabalho que Zema tem feito serve de referência”, afirma Timo, responsável por tornar o encontro possível.
Para o ex-juiz da Lava Jato, que se filiou ao Podemos há pouco mais de uma semana, a visita a Zema é um bom primeiro passo para conquistar um eleitorado mineiro mais sólido, já que a região possui boa parte dos votos habilitados no Sudeste. Na última pesquisa DATATEMPO realizada no final de outubro, ele aparece em 3º lugar com 5,8% das intenções de voto no estado, empatado dentro margem de erro com diversos candidatos, mas atrás de Lula (PT) e Bolsonaro.
Antes de ir a Minas, Moro foi ao Senado, onde defendeu uma proposta alternativa à PEC dos Precatórios e criticou a política econômica do governo Bolsonaro. A proposta foi apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e prevê a abertura de espaço fiscal para pagamento do Auxílio Brasil a partir de outras fontes de custeio, sem alterar o cronograma de pagamentos dos precatórios, e limita as malfadadas emendas de relator a 0,5% da Receita Corrente Líquida (RCL).