TRE deve julgar transferência de domicílio de Tarcísio
O TRE vai analisar uma ação movida pelo PSOL, que questiona se Tarcísio pode concorrer no Estado dentro das normas eleitorais
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) deve julgar, nesta terça-feira (21), a legitimidade do domicílio eleitoral do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo com apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
O tribunal vai analisar uma ação movida pelo PSOL, que questiona se Tarcísio pode concorrer no Estado dentro das normas eleitorais.
O ex-ministro nasceu no Rio e, até o início da corrida eleitoral, morava em Brasília. Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos.
No PSOL, a expectativa é que a representação gere desgaste para o ex-ministro, mas a legenda não espera que de fato a pré-candidatura seja anulada.
O entendimento é que a presença de Tarcísio na eleição aumenta as chances de Fernando Haddad (PT), reeditando a nível estadual a polarização Lula-Bolsonaro.
O partido, contudo, já conseguiu vetar a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) após protocolar representação semelhante no TRE-SP.
Moro, que é paranaense, pretendia disputar uma cadeira no Congresso por São Paulo, mas, segundo o entendimento do tribunal, não conseguiu demonstrar "vínculo" com a capital paulista.
A Justiça Eleitoral exige a comprovação de "vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares" pelo menos três meses antes da mudança.