Ipec: 47% rejeitam voto em Bolsonaro e 36%, em Lula

Já o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 18% de rejeição

ter, 30/08/2022 - 07:08
Marcelo Camargo/Agência Brasil Em destaque, pessoa na fila segurando título de eleitor Marcelo Camargo/Agência Brasil

Candidato à reeleição, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), tem 47% de rejeição, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 36%, aponta pesquisa Ipec (antigo Ibope) divulgada nesta segunda-feira (29), pela TV Globo. Já o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 18% de rejeição.

Segundo a pesquisa, a rejeição de Bolsonaro oscilou 1 ponto porcentual para cima dentro da margem de erro em relação à pesquisa anterior, do dia 15 de agosto. Já a de Lula aumentou três pontos porcentuais.

Com 44% das intenções de voto, Lula lidera a disputa pelo Palácio do Planalto. Ele é seguido por Bolsonaro, com 32%. O último levantamento do Ipec havia sido divulgado no dia 15 de agosto.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre os dias 26 e 28 de agosto em 128 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-01979/2022.

Debate

A pesquisa Ipec foi realizada ao final da segunda semana de campanha, marcada pelo primeiro debate presidencial, que ocorreu no domingo, 28, na TV Band, e pela sabatina dos quatro candidatos melhor colocados nas pesquisas na TV Globo. O levantamento também aconteceu depois das primeiras aparições dos candidatos no horário eleitoral gratuito.

O primeiro debate foi marcado por tensão dentro e fora do estúdio. A radicalização no cenário político recente fez com que o evento não tivesse a presença de plateia. Mesmo assim, a hostilidade marcou a noite, com ataques do presidente Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães e briga entre bolsonaristas e petistas na sala onde estavam os convidados das campanhas.

O clima do debate também deu o tom nas redes sociais, onde apoiadores do presidente rebateram as críticas que o chefe do Executivo recebeu. O movimento apareceu nos trending topics do Twitter com a hashtag #MulheresComBolsonaro, em oposição a uma ofensiva de aliados do ex-presidente Lula, que deram eco ao posicionamento de que o presidente é agressivo contra o público feminino.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) ganharam destaque no debate, que pode aumentar a exposição das candidatas em relação ao eleitorado que não as conhece.

Já os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas tiveram postura diferente no debate da vista durante a sabatina da Rede Globo, na semana passada.

Entrevistado no Jornal Nacional, o petista foi mais incisivo em críticas ao governo Bolsonaro, principalmente no tema da corrupção. Já no debate, aliados do ex-presidente se frustraram com o desempenho do candidato, que buscou tom mais pacificador. A presença de Lula e Bolsonaro rendeu à rede Globo recordes em audiência e registrou manifestações em diversas capitais do País.

Em campanha pelo Brasil, as políticas para as mulheres e o apelo ao eleitorado evangélico deu o tom dos discursos dos candidatos, que também procuraram dialogar sobre economia e apresentar propostas sobre distribuição de renda.

Enco

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