TSE: Moraes diz que Brasil vive instabilidade democrática
A fala de Alexandre de Moraes foi feita para representantes internacionais que vão acompanhar as eleições no Brasil
Em uma leitura do Brasil para representantes internacionais convidados a acompanhar as eleições no Brasil, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse que o país vive um momento de instabilidade democrática. A reunião nesta quinta-feira (29) contou com a participação da presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Moraes descreveu que a democracia tem entre suas características a "plena segurança e liberdade no exercício de voto" e considerou ela como um instrumento "para quem acredita na redução das desigualdades, nas garantias de todos os brasileiros. A Justiça Eleitoral garantirá que o exercício da democracia será assegurado de maneira segura e confiável. A democracia brasileira vive o maior período de instabilidade democrática da República. O TSE tomou inúmeras e importantes medidas para garantir que o eleitor tenha absoluta tranquilidade".
Sobre o sistema eletrônico, o presidente do TSE também exaltou a tecnologia do processo brasileiro. “É com agilidade, segurança, competência e transparência. É graças à tecnologia avançada, confiável, segura e auditável de nossas urnas eletrônicas. Isso sempre foi e continuará sendo motivo de orgulho nacional. No domingo, tenho absoluta certeza que nós teremos a festa da democracia de todos os brasileiros e todas as brasileiras com paz, segurança, harmonia, respeito e liberdade, consciência e reponsabilidade”.
Também estiveram presentes o chefe da Missão de Observação da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. Entre as autoridades estrangeiras convidadas, estão a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla; a ex-vice-presidente da Colômbia Marta Lucía Ramírez; a senadora uruguaia Mónica Xavier; o secretário-geral Kevin Casas-Zamora; e o diretor regional para América Latina, Daniel Zovatto, todos integrantes do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea Internacional).
Também devem acompanhar as eleições no Brasil representantes de Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Guatemala, Guiné-Bissau, Honduras, Indonésia, México, Moçambique, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Rússia, Timor-Leste e Uruguai.
Até este sábado (1º), eles vão assistir a palestras sobre o pleito no Brasil. No dia da votação (2), vão acompanhar o início da votação em uma seção e o Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas. Em seguida, vão visitar outros locais de votação e retornarão ao TSE para assistir à totalização dos votos, que começa às 16h30, no horário de Brasília.