Após operação da PF, Raquel diz entender abandono da saúde

Governadora afirma que gestão está acompanhando investigação policial, deflagrada nesta terça-feira (24)

por Vitória Silva ter, 24/01/2023 - 13:59
João Velozo/LeiaJá Imagens/Arquivo Governadora Raquel Lyra sob juramento durante a posse, em janeiro João Velozo/LeiaJá Imagens/Arquivo

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), informou, através das redes sociais, que está acompanhando a deflagração da Operação Clã, aberta nesta terça-feira (24), pela Polícia Federal em Pernambuco. O foco da ação policial é encontrar evidências associadas a um suposto desvio de recursos da Saúde do estado e que deve ser superior a R$ 89 milhões. A Polícia Federal aponta superfaturamento de contratos firmados pela Fundação de Gestão Hospitalar Martiniano Fernandes (FGH) com terceirizadas.

Em sua fala, Lyra disse entender “o porquê da saúde pública de Pernambuco estar tão abandonada”. O escândalo surge após a gestão de Paulo Câmara deixar os principais hospitais do estado com enormes filas de marcação de exames e de cirurgia, como é o caso do Barão de Lucena e do Otávio de Freitas. 

“Enquanto isso, a população nas filas de exames e cirurgias sofre muito. Nós estamos trabalhando no Governo de Pernambuco para garantir um atendimento decente à nossa população, ao tempo em que vamos auxiliar os órgãos de controle para punir os efetivos responsáveis por esse desvio e criando, dentro do Governo Estadual, mecanismos para combate à corrupção. É assim que a gente vai mudar Pernambuco. Está só começando”, declarou Raquel. 

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A operação 

A Polícia Federal (PF) cumpre 17 mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (24), para apurar desvios de recursos da Saúde de Pernambuco através de uma Organização Social (OS) que possui contratos com o Governo do Estado. A investigação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), e calcula que apenas uma das empresas envolvidas possui contratos acima de R$ 89 milhões. 

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