Fabricantes chinesas pressionam Apple e Samsung
Huawei, Oppo e Xiaomi estão classificadas entre as cinco principais fornecedoras de smartphones do mundo
As vendas globais de smartphones para usuários finais totalizaram 349 milhões de unidades no primeiro trimestre de 2016, um aumento de 4% sobre o mesmo período em 2015, segundo a consultoria Gartner. A Samsung continua liderando a quota de vendas, com 23% do total, seguida da Apple, mas estas duas empresas estão sob constante ameaça de fabricantes chinesas, como a Huawei, Oppo e Xiaomi.
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Segundo o diretor de pesquisa da Gartner, Anshul Gupta, as empresas chinesas estão surgindo como as novas melhores marcas globais. Três delas - Huawei, Oppo e Xiaomi - estão classificadas entre as cinco principais fornecedoras de smartphones em todo o mundo e representam 17,2% do mercado total.
"Em um mercado de smartphones consolidado, onde grandes fornecedores estão experimentando a saturação em seu crescimento, as marcas emergentes estão interrompendo modelos de negócios de longa data para aumentar a sua quota", disse Anshul Gupta. A Oppo teve o melhor desempenho no trimestre, com o crescimento das vendas unitárias de 145%.
Apple x Samsung
Enquanto isso, a Samsung ampliou sua liderança sobre a Apple com uma quota de 23% do mercado. "Os telefones da linha Galaxy S7 e renovado portfólio posicionaram a Samsung como uma forte concorrente no mercado de smartphones, e mais ainda nos mercados emergentes, onde a empresa está enfrentando uma forte concorrência dos fabricantes locais", disse Gupta.
A Apple, por outro lado, teve o seu primeiro declínio de dois dígitos no ano, com as vendas do iPhone caindo para 14% da quota total. A Lenovo também amarga declínio de 33%, ante o mesmo período do ano passado. A fabricante chinesa desapareceu do ranking das dez maiores fornecedoras no primeiro trimestre de 2016.
Entre os sistemas operacionais para smartphones, o Android alcançou 84% de participação, enquanto o iOS abocanhou 14,8% do mercado. "Apesar dos avanços da plataforma Android e da sua quota de mercado dominante, os desafios de rentabilidade permanecem. Isto terá um impacto sobre o cenário, onde os modelos novos ou mais inovadores de negócios serão cada vez mais fundamentais", analisa a diretor de pesquisas da Gartner, Roberta Cozza.