Cientistas criam robô que faz flexões e sua como humanos

Maquinário simula ossos, articulações e musculatura humana de um garoto japonês de 13 anos

por Nathália Guimarães sex, 22/12/2017 - 12:43
Divulgação Robôs podem realizar movimentos extraordinariamente humanos Divulgação

Uma equipe de engenheiros japoneses projetou robôs que podem fazer flexões, abdominais, alongamentos e até mesmo suar ao realizar as atividades físicas. Descritos na revista Science Robotics, eles podem realizar movimentos extraordinariamente humanos - e devem servir de modelo para ajudar os cientistas a projetar manequins e membros prostéticos mais avançados.

"Uma limitação dos humanoides convencionais é que eles foram projetados com base nas teorias da engenharia, mecânica, eletrônica e informática convencionais", apontaram os especialistas.

Isso é em parte porque os robôs convencionais são muitas vezes feitos de partes rígidas e implacáveis, enquanto os corpos humanos (além de seus esqueletos) são feitos de materiais mais flexíveis, como a pele, os músculos e a cartilagem.

Os robôs tradicionais, acrescentaram os autores do estudo, geralmente são construídos com uma aplicação particular em mente - para ajudar com tarefas diárias ou responder a desastres, por exemplo.

"Em contraste, nossa intenção é projetar um humanóide baseado em sistemas humanos - incluindo a estrutura músculo-esquelética, sistema nervoso sensorial e métodos de processamento de informações no cérebro", informaram os cientistas.

Esses novos robôs poderiam ajudar os pesquisadores a entender melhor como nossos próprios corpos funcionam. Para projetá-los, os cientistas construíram um maquinário que simula ossos, articulações e musculatura humana de um garoto japonês de 13 anos. Tudo isso foi colocado à prova na hora de pedir ao equipamento fazer uma série de exercícios comuns, como flexões, entre outros.

Os pesquisadores até projetaram um deles para suar, desenvolvendo um sistema artificial de transpiração refrigerado com água que libera o calor dos motores. Os cientistas dizem que incorporar esses tipos de características aos robôs pode ajudar a revelar o funcionamento interno invisível dos corpos humanos - e encontrar melhores maneiras de prevenir e tratar doenças e lesões.

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