Saiba como evitar informações falsas na redação do Enem

Descrever dados durante o texto é importante para a construção de uma boa nota. No entanto, é preciso ter certeza sobre a veracidade das informações

por Juan Gouveia sab, 08/09/2018 - 14:15
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Os candidatos devem ficar atentos para a utilização desses dados Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Em tempo de fake news, as informações que circulam na internet devem ter a atenção redobrada por parte dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A construção argumentativa na redação exige do estudante um conhecimento acerca do assunto cobrado e a utilização de pesquisas e outros pontos pode ajudar nessa competência. Por isso, professores de redação alertam para o cuidado na utilização dessas informações, evitando a aplicação de dados falsos.

“É primordial o estudante está atualizado sobre tudo que o rodeia, além de entender sobre pontos importantes da atualidade. Esse processo de construção de repertório deve ser pensado cuidadosamente, principalmente em fontes confiáveis”, orienta Felipe Rodrigues, professor de redação. Ele ainda destaca que o uso equivocado de informações pode contribuir de forma negativa em uma das competências exigida pelos corretores.

Na redação do Enem, o processo de avaliação é realizado através da análise da conquista de competências, dentre elas, a que exige do candidato o entendimento de informações externas. “O avaliador irá observar se o candidato tem o desenvolvimento desses fatos exteriores, polifônicos, atualizados e globais. Quando conquistados, o estudante poderá somar até 200 pontos na nota final da redação”, destaca Felipe. O professor ainda pontua que é importante construir um senso crítico para distinguir as informações erradas das certas.

Caminhos para a construção de repertório

Mas como alcançar esse objetivo? O professor de redação Diogo Xavier orienta: “Esse acervo de informações deve ser construído com muita leitura, além de jornais impressos, portais de notícias confiáveis e com credibilidade, como o LeiaJá. Além disso, os conhecimentos construídos nas outras disciplinas, como história, geografia e filosofia, podem servir como argumento”.

A utilização dos dados deve seguir o caráter de comprovação da opinião do estudante no texto. “Deve-se lembrar que utilizamos eles para comprovar uma opinião, mostrar para o leitor que ela tem coerência. Por exemplo, pode-se provar a gravidade do problema ou a existência de uma determinada causa. Esses dados podem ser exemplos históricos ou que se tornaram notícia no âmbito nacional, podem ser estatísticas, entrevistas, números em geral, até mesmo exemplos de coisas frequentes no dia a dia”, explica Diogo.

Os professores ainda orientam que durante o processo de correção da redação, se o avaliador observar algum dado errado poderá reverberar na nota final do candidato. Para tanto, é necessário o discernimento das informações para evitar prejuízo na prova. “Eles construíram um repertório sobre o assunto e podem identificar prontamente o equívoco. Além de que, alguns podem até recorrer a checagem dessa informação”, ressalta Felipe Rodrigues.

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