Inep anula questão do Enem após denúncia de professor
Professor de biologia Fernando Beltrão denunciou que questão do Enem 2018 era idêntica a um quesito do vestibular da UFPR
Depois da denúncia do professor de biologia Fernando Beltrão, de que a questão 170 da parte de matemática da prova cinza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), finalizado nesse domingo (11), seria idêntica a um quesito aplicado no Vestibular 2013-2014 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a organização do Enem anunciou uma decisão. Na noite desta segunda-feira (12), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que a questão foi anulada. Confira a seguir a anulação conforme cada cor do caderno de questão:
Caderno Amarelo – 150;
Caderno Cinza – 170;
Caderno Azul – 163;
Caderno Rosa – 180;
Caderno Laranja – 150;
Caderno Verde – 150.
“O Ministério da Educação (MEC) instaurou sindicância para apurar responsabilidades. O item da prova foi formulado por um professor que compõe o Banco de Elaboradores de Itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, em decorrência do descumprimento dos requisitos de ineditismo e sigilo, a questão está anulada”, informou o Inep em seu site oficial.
O Instituto explicou que a questão foi formulada em 2012 por um docente que, segundo o Inep, estava vinculado à UFPR. Em 2013, o mesmo quesito foi utilizado no processo seletivo da Universidade. “O Ministro da Educação, Rossieli Soares, contatou o Reitor da UFPR, Ricardo Fonseca, que colocou a Instituição à disposição para colaborar com a apuração. A Universidade havia celebrado um Acordo de Cooperação Técnica com o Inep para integrar o processo de elaboração e revisão de itens do Banco Nacional de Itens (BNI)”, acrescentou o Instituto.
Ainda de acordo com o Inep, a Comissão de Sindicância do MEC está investigando o fato que pode resultar em processos, inclusive cível ou criminal. Ao fazer a denúncia por meio do Instagram nesse domingo, o professor Fernando Beltrão criticou veemente o que ele classificou como plágio.
“Foi uma cópia. O Inep paga para fazer uma prova original e faz uma desgraça dessas. Está errado, concurso público não pode ser assim”, declarou o professor de biologia.
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