Inep: “Adiar a prova um mês é o suficiente?”
Para o presidente do Instituto, Alexandre Lopes, "Quem fala ‘adia 3, 4, 5 meses’, tá querendo que não tenha o Enem”
Em entrevista concedida ao LeiaJá, na tarde desta segunda-feira (11), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, questionou quanto por quanto tempo seria necessário adiar o Enem em uma hipotética mudança de data e, em seguida, afirmou que quem defende longos períodos de adiamento para o Enem, defende que o exame não seja realizado.
“Adiar a prova um mês é o suficiente? Tecnicamente, entenda, é um sentimento das pessoas de que os alunos estão sendo prejudicados, e são, agora como a gente vai medir isso? Um mês é suficiente? Tem que ser 20 dias ou 40 dias? Ou são 45 dias? Ou 50? Quantos dias são necessários?” questionou Lopes.
Na sequência, para justificar seu ponto de vista pela manutenção do cronograma, Alexandre afirmou que mesmo com o fechamento das escolas o calendário das universidades não seria adiado por muito tempo, acarretando em prejuízo caso o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sofresse um atraso de 3 meses ou mais em seu calendário.
“Se essas escolas e universidades ficarem fechadas 3 meses não quer dizer que o primeiro semestre do ano que vem vai começar três meses depois. Nós temos que entregar uma prova que seja utilizável, útil. O Enem é feito em novembro, entregamos resultados em janeiro. No final de março está acabando o Fies, são 3, 4 meses. Se nós fizermos a prova em março alguém acha que o primeiro semestre das universidades ano que vem só vai começar em julho? Não! Se a prova do Enem, o resultado não puder ser aproveitado no Sisu ou no Fies, é a mesma coisa que não ter Enem. Quem fala ‘adia 3, 4, 5 meses’, tá querendo que não tenha o Enem”, disse o presidente do Inep.
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