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Após a exoneração do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, chegar de surpresa na última madrugada, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) divulgou uma nota oficial demonstrando preocupação com as mudanças constantes de comando do instituto, que teve cinco presidentes em dois anos. 

A nota afirma que “a descontinuidade de gestão, com sucessivos períodos de instabilidade, tem contribuído fortemente para comprometer a execução do importante trabalho da autarquia na Educação”. 

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O texto também lista atribuições do Inep, como a execução das pesquisas estatísticas, dos estudos e indicadores educacionais como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), avaliações como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), além de subsidiar a distribuição de recursos públicos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Ao final, os servidores do Inep “alertam a sociedade para os graves riscos à instituição, essencial para o desenvolvimento educacional brasileiro, e clamam pela necessidade de gestores com reconhecida capacidade técnica e familiaridade com a temática da Educação, à altura dos 84 anos do Instituto” e afirmam que “o Brasil precisa do INEP forte!”. 

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Nesta quinta-feira (25), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, apresentou uma proposta de mudanças  Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) ao Conselho Nacional de Educação (CNE). 

A proposta do Inep é fazer uma atualização na lei para flexibilizar a regulamentação e desburocratizar o sistema. “Há um anseio da sociedade e da comunidade acadêmica para aprimorar o processo de avaliação no Brasil. Entendemos que a lei tem muitos pontos que ainda são atuais, mas precisamos aprimorar", disse Lopes. A minuta da proposta final deve ser encaminhada ao Congresso Nacional ainda no ano de 2021.

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O presidente do instituto também afirmou que buscará o diálogo com as instituições envolvidas para buscar o consenso em relação ao que deve ser reformulado. “Não é algo definitivo ou dogmático. Pelo contrário. Buscamos trazer entendimentos da área técnica do Inep para começar a discussão. Entendemos que, no âmbito do CNE, da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) e abrindo para a sociedade, teremos convergências a respeito de aspectos que podem ser melhorados”, disse Alexandre Lopes. 

Na visão do Inep, é preciso flexibilizar o processo de avaliação com a redistribuição das competências institucionais, além de integrar as avaliações in loco e interna, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e os indicadores de qualidade. O objetivo do instituto é compreender melhor cursos, alunos, docentes e instituições da educação superior. 

Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes

No que diz respeito ao Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a proposta de reformulação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) deve buscar estabilizar a matriz da prova com base na Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação de cada área. 

O Inep também propõe rever a periodicidade do ciclo avaliativo que, ao invés de ocorrer a cada triênio, poderá ser realizado em até seis anos, considerando critérios como a expansão da oferta dos cursos e os resultados de edições anteriores do exame. 

Sinaes 

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições e dos cursos; a autoavaliação institucional; e o desempenho dos estudantes.

O sistema avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos, principalmente o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente e as instalações.

*Com informações do Inep

Em coletiva realizada na noite deste domingo (31), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, assumiu que a realização do primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital teve problemas. O primeiro dia de provas no formato digital ocorreu neste domingo, já o segundo dia do novo modelo ocorrerá em 7 de fevereiro.

"Tivemos alguns problemas? Tivemos. Mas todo processo novo, inédito, está sujeito a obstáculos, a empecilhos", afirmou Lopes. Em Belo Horizonte-MG, estudantes esperaram até duas horas para o início da prova. No Distrito Federal, os candidatos foram dispensados depois de um erro no sistema. Já no Amapá, o Instituto Federal, único local de aplicação no estado, foi interditado pela Defesa Civil por problemas estruturais. 

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Segundo o presidente do Inep, quem foi prejudicado e não conseguiu fazer a prova poderá comparecer no domingo que vem e pedir reaplicação apenas do primeiro dia. Ele também pode optar por não fazer a segunda prova e pedir reaplicação dos dois dias, em 23 e 24 de fevereiro.

“A gente observa elogios de quem fez a prova. Gostou da experiência. É isso que a gente quer, um sistema amigável em que a pessoa sinta confiança”, completou o presidente do Inep.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, foi criticado nas redes sociais horas antes do início do Enem 2020, agendado para as 13h30 deste domingo (17). Após a Defensoria Pública da União (DPU) afirmar que a entidade mentiu sobre a ocupação dos locais de prova, internautas pedem a prisão do gestor.

De acordo com a DPU, o Inep extrapolou o limite combinado de 50% e manteve salas com 80% da ocupação. O órgão chegou a pedir a anulação do Exame na Justiça, nesse sábado (16). Ainda na terça (12), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informou que suas instalações haviam excedido a capacidade, mas, de acordo com a Folha de S. Paulo, a instituição ainda não recebeu nenhuma resposta do Governo Federal.

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O descumprimento da medida reduz as possibilidades de distanciamento entre os feras e agrava o risco de contaminação pelo novo coronavírus nos locais de prova. Usuários das redes sociais acusam o presidente do Inep de falsificar documentos para que as provas não fosse anuladas. “Esse senhor se chama Alexandre Lopes, presidente do Inep que forjou documentos para realização do Enem, no domingo 17. O lugar dele é na cadeia”, disparou um internauta.

As críticas à postura de Lopes, que põe a saúde dos estudantes em risco, estenderam-se ao Governo Federal. “Alexandre Lopes é um mentiroso, INEPto. Essa turma do Bolsonaro mente com a maior naturalidade do mundo. Dois dias atrás fui ver qual era a situação do Amazonas, Lopes disse que ampliou em 70% a oferta de estrutura, mas o número de inscritos aumentou 73% no último ano”; “Mesmo que a gente faça essa prova o Alexandre Lopes deve ser preso! Gravem a cara desse homem, vamo fazer abaixo-assinado são milhares de vidas na mão deste homem. Culpa toda dele por cada morte isso é atentado à vida e à constituição brasileira! Inep mentiu”; “Alexandre Lopes deve ser castigado matar milhares e condenar milhões merece pior punição, perpétua não existe, mas enfia na cadeia comum por 30 anos, nenhum diploma deveria proteger esse ser asqueroso, desumano e assassino que coloca estudantes para morte alterando docs do Enem”, foram algumas publicações para cobrar sua saída do comando do órgão.

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Enem 2020

Neste domingo (17), primeiro dia do Enem 2020, os candidatos respondem, das 13h30 às 19h, questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação. Já no dia 24 deste mês, os feras enfrentarão quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

A versão digital está programada para o dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Enem, quase 5,8 milhões de candidatos se inscreveram no Exame, cujo resultado está programado para março.

Em entrevista ao UOL nesta quinta-feira (14), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, voltou a defender a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo em meio à pandemia da Covid-19. Argumentando que o Governo Federal adotou medidas para garantir a segurança dos candidatos, como o estabelecimento de distanciamento social e uso de máscaras e álcool em gel, Lopes ainda citou que, em muitas cidades, bares e shoppings estão funcionando, o que justificaria, em sua visão, a manutenção das provas impressas.

“Nós estamos garantindo a segurança da aplicação. Se você for hoje nas cidades, onde tem shoppings abertos, bares abertos, restaurantes abertos... Por que eles estão abertos? Porque as autoridades locais dizem que se você seguir os protocolos de segurança, você pode ir no restaurante, shopping, no bar, tem que usar máscara e álcool em gel”, declarou o presidente do Inep ao UOL.

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Lopes continuou sua argumentação em defesa da realização do Enem: “Se há o entendimento de que para certas atividades, cumprindo os protocolos, você tem a segurança, com os nossos protocolos, a gente entende que é seguro fazer a prova do Enem”.

Algumas autoridades não concordam com a aplicação das provas do Enem no domingo (17) e no dia 24 deste mês, com receio de que os candidatos sejam contaminados pela Covid-19. A Justiça Federal no Amazonas, por exemplo, mandou suspender o processo seletivo, e a Prefeitura de Manaus não liberou as escolas municipais para que os candidatos façam o Exame.

Ontem, em entrevista à CNN, Alexandre Lopes chegou a afirmar que as cidades que impedirem a aplicação da prova poderão ficar de fora do Enem 2020. No entanto, o G1 publicou uma matéria em que o Inep informou que em municípios nessa situação haverá uma reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. O LeiaJá questionou o Instituto, desde essa quarta-feira (13), a respeito dessa questão da reaplicação, mas até o fechamento desta matéria, o órgão não nos respondeu.

Em um comunicado oficial por meio das redes sociais, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou, nesta quarta-feira (6), que os estudantes estão “prontos para fazer uma excelente prova” do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Fiquem tranquilos, nós estamos prontos para aplicar a prova e tenho certeza que você está pronto para fazer uma excelente prova agora em janeiro. Boa sorte!", disse o presidente. Ele ainda garantiu que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas: “Nessa reta final, você participante, você familiar, fiquem tranquilos, o Inep tomou todas as medidas necessárias para garantir uma aplicação do Enem com tranquilidade e segurança para você que vai fazer a prova e para aqueles que vão trabalhar no primeiro dia”. 

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Conforme o presidente do Inep, dentre as normas implementadas para a segurança dos participantes estão o maior afastamento das pessoas, menos estudantes em sala de aula, identificação dos alunos fora da sala, higienização completa nas escolas antes e depois da prova, uso de máscara o tempo todo, podendo ser tirada apenas na hora de comer ou para identificação.

As provas impressas do Enem serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro. A versão digital ocorrerá nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, usou o Instagram oficial da entidade para mandar uma mensagem aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No post, Lopes garantiu que o processo seletivo está organizado e pronto para ser aplicado.

"O Enem está chegando. Está tudo pronto para que você possa realizar a sua prova com tranquilidade", disse o presidente do Inep nesta terça-feira (22). Lopes ainda garantiu que haverá distanciamento nas salas de aplicação, além de serviços de higienização para combater a proliferação do novo coronavírus.

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Segundo o gestor, a identificação dos candidatos será realizada do lado de fora das salas e o uso da máscara é obrigatório; na hora do lanche, porém, os estudantes poderão tirar o objeto para mastigar.

Por fim, o presidente do Inep orientou que os estudantes atentem para os locais de prova, por meio do Cartão de Inscrição. A fala foi criticada, já que os candidatos ainda não acessaram à informação por falta de divulgação do Inep. Lopes ainda falou: “Tenha calma, estude nesta etapa final, que nós cuidamos da aplicação”.

As provas do Enem impresso serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. No primeiro dia do Exame, os candidatos responderão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no segundo dia, haverá quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, reafirmou que não haverá a edição 2020 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (20).

Lopes ainda enfatizou que pretende entender quais os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus no ensino superior, uma vez que essa avaliação do Enade ocorre nas modalidade des ensinos presencial e educação a distância (EAD). O presidente aproveitou a oportunidade para reafirmar que o adiamento do Enade 2020 foi uma definição acordada nacionalmente com as Instituições de Ensino Superior (IES).

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O Enade 2020 iria avaliar 30 áreas que compõem o Ano II do Ciclo Avaliativo do exame que estava programado para o dia 22 de novembro. A nova data de aplicação apenas deverá ser definida em 2021.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, revelou uma informação importante sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesta sexta-feira (9). Em uma live do Jornal da Record, Lopes afirmou que os candidatos que não cadastraram foto no sistema da prova não serão eliminados da edição 2020 do processo seletivo.

O Inep chegou a prorrogar, até essa quinta-feira (8), o prazo para os estudantes realizarem o cadastro das fotos. O órgão chegou a orientar: “É importante estar atento aos critérios da foto, que deve ser atual, nítida, individual, colorida e com fundo branco. Não serão permitidas fotografias de pessoas com óculos escuros, boné, chapéu, viseira, gorro ou similares. A foto deve mostrar o rosto inteiro do participante, com boa iluminação e foco, além de estar nos formatos de arquivo JPEG e PNG (tamanho máximo de 2 MB). Imagens em PDF não serão aceitas”.

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Segundo Alexandre Lopes, o índice de cadastramento, mesmo após a prorrogação da data, não chegou a 100%. “Este ano, não colocar a foto não vai ser eliminatório. Isso a gente vai tornar eliminatório nos próximos exames. Este ano, a gente está testando o modelo, justamente para garantir a maior segurança. Agora, além da biometria, a gente vai ter também a foto, mais um item de segurança para garantir que a pessoa certa está fazendo a prova. Então, este ano, não será eliminatório”, acrescentou o presidente do Inep.

Durante a live, Lopes foi questionado por um internauta se quem não conseguiu inserir a foto no sistema, poderá fazer a prova. "Vai, vai poder fazer a prova. Desta vez, vai", respondeu o gestor. A entrevista completa foi compartilhada no Twitter oficial do Inep:

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O Enem impresso será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro do próximo ano. Já a versão digital da prova está programada para 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021.

Na tarde desta quinta-feira (2), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, realizou uma reunião para discutir temas ligados à definição das novas datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com membros do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Wagner Vilas Boas. A maior preocupação de diversos gestores que fazem parte do Consed foi balancear os interesses dos alunos com a redução dos impactos da Covid-19. 

Seguindo o cronograma de debates para definição dos dias para aplicação das provas, nesta sexta-feira (3) Lopes se reunirá com membros de entidades representativas do ensino superior, como Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), entre outras entidades. 

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Nas conferências, são debatidos pontos como o desejo dos estudantes e o calendário acadêmico do próximo ano, que será afetado pela suspensão das aulas presenciais e também pelo adiamento do Exame, que seleciona estudantes para as universidades, servindo também de base para outros programas de acesso ao ensino, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade Para Todos (Prouni). 

“A data do Enem interfere na vida do estudante de várias formas, tanto pelos aspectos de sua formação precedente, com o término da escolarização básica, quanto pela futura entrada na educação superior. Nós nos propusemos a ouvir a opinião dos inscritos e agora buscamos o diálogo com as redes de ensino e entidades ligadas às instituições de ensino superior, públicas e privadas, para construirmos juntos a melhor alternativa”, explica o presidente do Inep. 

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, não descarta a possibilidade de a data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ser adiada, mas acredita que ainda é cedo para discutir a questão. O Inep é responsável pela aplicação do Enem.

"A data da prova pode ser modificada, mas discutir isso agora ainda é prematuro. Não há elementos suficientes para mudá-la. Precisa ser uma discussão mais serena e mais para o futuro. A data não pode ser mudada várias vezes. De todos os pedidos de adiamento que recebi, não tive nenhuma sugestão de data", disse Lopes nesta sexta-feira, 15, durante uma "live" promovida pela Evolucional, empresa que utiliza a tecnologia para produzir simulados pedagogicamente alinhados ao Enem.

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Usando o mesmo argumento do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o presidente do Inep citou que 60% dos candidatos do Enem já concluíram o ensino médio. "A maioria já concluiu. Dificilmente o aluno que sai do ensino médio da escola pública já ingressa direto na faculdade".

Segundo ele, é preciso "dar um norte aos alunos", dizer que o Enem vai será realizado. "Para que, desta forma, os estudantes continuem estudando, mesmo durante a quarentena. A data pode ser modificada, mas asseguramos que vamos realizar o Enem", disse Lopes.

Na quarta-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro deu uma declaração parecida ao dizer que a prova poderia "atrasar um pouco", devendo, no entanto, ser realizada ainda neste ano. "O Enem, estou conversando com o Weintraub, né? Se for o caso, atrasa um pouco, mas tem de ser aplicado esse ano", disse Bolsonaro.

Conforme o cronograma divulgado na segunda-feira, 11, a prova impressa está mantida para os dias 1.º e 8 de novembro. A partir deste ano, o candidato poderá optar pela avaliação digital marcada para os dias 22 e 29 do mesmo mês, com previsão de ser aplicada para 100 mil alunos em laboratórios de faculdades de 15 capitais do Brasil. A previsão inicial era que o Enem digital fosse aplicado nos dias 11 e 18 de outubro.

Também na segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido de adiamento do Enem, feito pela União Nacional dos Estudantes (Une) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Educadores, estudantes e entidades de educação criticam a decisão de o Ministério da Educação (MEC) manter a realização das provas do Enem deste ano. Diante da suspensão de aulas por causa da pandemia do novo coronavírus, ainda sem definição para serem retomadas, a desigualdade de ensino é a principal bandeira levantada por aqueles que pedem o adiamento do exame. Além disso, ainda há incertezas sobre os riscos da covid-19 no País em meados de novembro com as aglomerações provocadas para a realização do exame.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, publicou um vídeo, na manhã desta quinta-feira (14), dando orientações aos estudantes que pretendem realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Na postagem, Lopes indica a importância de realizar a candidatura. "É muito importante que você realize a inscrição, só poderá participar do Enem estando inscrito", disse.

"Então lembre-se, você que foi um dos 3,4 milhões de candidatos que pediram a isenção, agora é hora de confirmar e fazer a inscrição. Pedido de isenção não garante a inscrição”, completou, no vídeo.

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O presidente do órgão ainda esclarece: “aquelas pessoas que por algum motivo não conseguiram pedir a isenção no período devido, mas que tem direito de acordo com o edital, nós estamos considerando a isenção automaticamente. Se o sistema diz que você está isento, agora é só esperar as datas para realização da prova”. 

Alexandre Lopes também comenta sobre as novidades para os candidatos que precisam de atendimento especializado para realizar a prova. “Este ano temos outra novidade, você que tem deficiência visual e sempre pediu para usar software e leitor de tela, iremos oferecer essa tecnologia com atendimento especializado, assim como a videoprova em libras e todo amplo conjunto de instrumentos e apoio para garantir a acessibilidade, para que todos possam fazer o Enem. Nós queremos que todos concorram”, reforça.

 As inscrições vão até o dia 22 de maio através da Página do Participante. As provas do Enem impresso serão aplicadas nos dias 1º e 8 de novembro, enquanto o Enem Digital será realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês.

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Na tarde desta segunda-feira (11), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, concedeu uma entrevista ao vivo ao LeiaJá sobre o Enem. Nela, Lopes também declarou que o Enem Seriado, nova modalidade de acesso ao ensino superior a ser implementada pelo Ministério da Educação (MEC) a partir do próximo ano, terá sua nota aceita em programas de acesso à universidade do governo federal. 

“O Enem Seriado será utilizado para Prouni e Fies com um percentual de vagas que será definido futuramente. Em relação ao Sisu, as universidades públicas têm autonomia, então a gente não pode obrigar a universidade pública a aceitar o Enem Seriado”, disse ele. 

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Apesar da decisão caber unicamente às universidades e institutos federais, Alexandre se mostrou otimista e disse acreditar que, assim como ocorreu com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com o tempo as instituições vão aderir ao Enem Seriado. 

“O que nós entendemos é que eles vão aceitar o Enem Seriado assim como no passado gradativamente as universidades começaram a aceitar o Enem como prova de acesso. Eu acredito que eles irão sim aceitar o Enem seriado como prova de acesso, às universidades e institutos federais, mas aí depende da decisão de cada universidade”, disse o presidente do Inep. 

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Em entrevista concedida ao LeiaJá, na tarde desta segunda-feira (11), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, questionou quanto por quanto tempo seria necessário adiar o Enem em uma hipotética mudança de data e, em seguida, afirmou que quem defende longos períodos de adiamento para o Enem, defende que o exame não seja realizado. 

“Adiar a prova um mês é o suficiente? Tecnicamente, entenda, é um sentimento das pessoas de que os alunos estão sendo prejudicados, e são, agora como a gente vai medir isso? Um mês é suficiente? Tem que ser 20 dias ou 40 dias? Ou são 45 dias? Ou 50? Quantos dias são necessários?” questionou Lopes.  

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Na sequência, para justificar seu ponto de vista pela manutenção do cronograma, Alexandre afirmou que mesmo com o fechamento das escolas o calendário das universidades não seria adiado por muito tempo, acarretando em prejuízo caso o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sofresse um atraso de 3 meses ou mais em seu calendário. 

“Se essas escolas e universidades ficarem fechadas 3 meses não quer dizer que o primeiro semestre do ano que vem vai começar três meses depois. Nós temos que entregar uma prova que seja utilizável, útil. O Enem é feito em novembro, entregamos resultados em janeiro. No final de março está acabando o Fies, são 3, 4 meses. Se nós fizermos a prova em março alguém acha que o primeiro semestre das universidades ano que vem só vai começar em julho? Não! Se a prova do Enem, o resultado não puder ser aproveitado no Sisu ou no Fies, é a mesma coisa que não ter Enem. Quem fala ‘adia 3, 4, 5 meses’, tá querendo que não tenha o Enem”, disse o presidente do Inep.

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou na tarde desta segunda-feira (11), em entrevista concedida ao LeiaJá, ter sugerido a oferta de 100% das vagas para alunos egressos de escolas públicas em 2020 à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições que têm pedido o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

“Eu já propus a instituições de ensino superior, por exemplo, que elas aumentem a oferta de vagas para as políticas de cotas. Hoje por exemplo, a UFRJ fala em adiamento do Enem, porque é que a UFRJ não aumenta a política de cotas dela? Oferece mais vagas para os alunos da escola pública? Porque a UFRJ não garante 100% de suas vagas para estudantes da rede pública? É uma medida que vai combater a desigualdade, a UFRJ poderia oferecer 100% de suas vagas só para alunos de escolas públicas esse ano. Se eles estão tão preocupados com isso, porque não aumentam as políticas de cotas? Aí vai ajudar o estudante da escola pública que teve dificuldade esse ano”, disse o presidente da autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que organiza e executa o Enem.

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Na visão de Lopes, as políticas para garantir o acesso e combate às desigualdades são variadas e de atribuição do MEC, que seria, em sua visão, o órgão responsável por formular políticas públicas para reduzir desigualdades entre estudantes. “Quando você pega as universidades públicas federais, muitas têm as políticas de cotas. Política de cota é uma forma de corrigir uma desigualdade, seja cota racial, seja cota social”, afirmou o presidente do Inep. 

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Nesta segunda-feira (11), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, concedeu uma entrevista ao LeiaJá, com transmissão no Instagram e no Youtube do projeto Vai Cair no Enem (@vaicairnoenem), além do Youtube do portal.

Durante a live, Lopes declarou que mesmo com a manutenção do cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em meio à pandemia de Covid-19, o Enem só será realizado se todas as condições de segurança estiverem asseguradas. “Eu garanto que o Enem só será executado se nós pudermos garantir a segurança do participante e dos aplicadores. A questão da segurança de saúde ela vem primeiro nos nossos planos, o Enem ocorrerá em condições enquanto nós tivermos a certeza de garantir a segurança de saúde sanitária das pessoas que vão participar do Enem, isso sempre vai balizar as nossas decisões”, disse o presidente. 

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Alexandre Lopes apontou ainda as incertezas acerca da pandemia no mundo, que são causadas pelo fato de que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda é pouco conhecido pela ciência, e coloca esse fator como sendo um impeditivo para falar em uma nova data para a prova no momento. 

“As pessoas falam em uma onda, duas ondas, que o pico ia ser em maio, depois em junho, agora uns falam em novembro. A Organização Mundial da Saúde falava que não era para usar máscara, agora é para usar máscara, por isso que eu digo que essa discussão agora é muito prematura, porque não há elementos suficientes para que se tenha, tecnicamente, adotar uma mudança de data, por exemplo. Então essa é uma discussão que a gente vai ter que ter mais à frente. Faça a inscrição, depois, lá na frente, a gente discute a data”, disse Alexandre Lopes.  

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, divulgou, nesta segunda-feira (11), em uma live Vai Cair no Enem, projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, que o primeiro dia de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já contabilizou mais de 820 mil inscritos nas primeiras seis horas.

"Nas primeiras seis horas nós ultrapassamos 820 mil inscritos no Enem 2020", disse Alexandre Lopes que ainda pontua o que espera para o exame deste ano. "Nossa previsão é entregar para todos os participantes e sociedade um Enem de qualidade, com uma prova equilibrada, com segurança, com segurança em relação a saúde. Vamos adotar medidas para garantir que a prova assegure a segurança de saúde tanto para quem vai fazer a prova, quanto para os aplicadores", afirmou o presidente do Inep.

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As inscrições para o Enem impresso e digital 2020 já começaram e quem deseja se candidatar deve acessar a Página do Participante até o dia 22 de maio. As provas impressas estão previstas para serem realizadas nos dia 1° e 8 de novembro; já o exame digital está previsto para ser realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês.

Confira, abaixo, a live do Enem:

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Alexandre Lopes, confirmou uma live, para esta segunda-feira (11), no LeiaJá, por meio do projeto Vai Cair No Enem. A partir das 16h, Lopes promete explicar detalhes do Enem Seriado, bem como abordaremos os impactos da pandemia do novo coronavírus na organização da prova deste ano.

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A transmissão será por meio do Instagram @vaicairnoenem e no youtube.com/vaicairnoenem. Os candidatos podem enviar suas perguntas antes da live, bem como durante a entrevista; nossa produção selecionará alguns questionamentos para serem feitos ao presidente do Inep.

Em parceria com o LeiaJá, o projeto Vai Cair No Enem reúne dicas, questões, dinâmicas, aulas exclusivas e notícias sobre o Exame. Professores de várias cidades brasileiras compartilham conteúdos sobre os principais assuntos cobrados na prova.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou que não é o momento para pensar no adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. As provas impressas e digitais estão marcadas para novembro e as inscrições começam na próxima segunda-feira (11).

Diante da pandemia do novo coronavírus, muito já se especula sobre o adiamento do Exame. Mesmo com tanto pedidos, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, em entrevista ao site da UOL, diz que primeiro precisa saber quantas pessoas irão se inscrever no Exame para realizar as demais etapas, como ensalamento, diagramação, impressão e distribuição.

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"Mais para frente a gente vai poder avaliar qual será a situação do Brasil, se as aulas foram retomadas, para depois tomar uma decisão sobre o adiamento do Enem. A gente está atento a esta situação [pandemia] e, se for necessário, a gente altera a data da prova", disse presidente do Inep ao portal UOL.

Segundo Alexandre, a gráfica realiza a impressão em cerca de 45 dias e, por este motivo, precisa saber quem irá participar da prova para assim pensar em possíveis mudanças no cronograma da edição deste ano. 

Reclamações 

Questionado sobre os pedidos de adiamento e críticas na internet, que afirmam desigualdade de oportunidade devido ao fechamento de escolas, sobretudo as públicas, e a falta de acesso a internet de alguns estudantes, o presidente do Inep fez o comparativo com o índices de inscrições no ano anterior e destacou que 70% dos inscritos o fizeram pelo celular.

Ainda ressaltou que haveria desigualdade com a não realização da edição. Lopes ainda disse que “o maior prejuízo para os alunos é não ter o Enem, não é ele não ter internet em casa. Sem Enem não vai ter cota, não vai ter Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior], não vai ter ProUni [Programa Universidade para Todos]”, destacou ao UOL.

Até o momento, a prova do Enem 2020 segue mantida, sendo a aplicação da versão impressa nos dias 1º e 8 de novembro e da versão digital em 22 e 29 do mesmo mês. O resultado dos aprovados para isenção da taxa de participação foi divulgado nesta quinta-feira (7). As informações podem ser acessadas na Página do Participante.

As inscrições para o Enem começam na próxima segunda-feira (11) e segue até 22 de maio. Vale ressaltar que durante o período de inscrições, aqueles que não tiveram o pedido aprovado, terá a oportunidade de solicitar a isenção da taxa, desde que o estudantes cumpra as exigências.

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Ainda era domingo, 3 de novembro de 2019, primeiro dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu publicamente que uma foto da proposta de redação tinha vazado. Como a divulgação nas redes sociais só foi feita quando os participantes já estavam fazendo as provas, o posicionamento do ministério foi manter o Enem. “Tudo segue normal”, disse o ministro no evento que se configurou como o primeiro em uma sequência de erros e polêmicas. 

Meses depois, em 17 de janeiro de 2020, com os vazamentos sendo investigados pela polícia e pouco antes de divulgar as notas dos participantes, Weintraub afirmou que em 2019 o primeiro exame da gestão Bolsonaro foi “o melhor Enem de todos os tempos” e tentou justificar sua satisfação: “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada", disse o ministro. 

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A divulgação dos resultados dos participantes, que começaram a questionar as notas baixas demais para o número de acertos, forçou o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a admitir a inconsistência nas notas de cerca de seis mil estudantes que fizeram as provas do Exame

Em meio a batalhas judiciais contra as notas do Enem, o calendário do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas do Governo Federal que chegaram a ser suspensos por liminares, os participantes do Enem passam a desconfiar cada vez mais da segurança da prova, enquanto na visão de Alexandre Lopes, presidente do Inep, o erro nas notas “não foi significativo”. Diante disso, cabe o questionamento: Afinal foi mesmo o melhor Enem de todos os tempos, como avalia o ministro da Educação? 

Paulo Uchôa/LeiJáImagens/Arquivo

Estado de letargia

Ao avaliar os resultados do Enem 2019, o ministro Abraham Weintraub afirmou que esta edição do exame “fecha uma grande era”, além de afirmar que não houve polêmica nem “ideologia”. Questionada sobre como analisa o posicionamento do governo, a professora de português, redação e literatura Fernanda Pessoa lembra que as controvérsias começaram muito antes dos erros nas notas, quando, por exemplo, temas como a Ditadura Militar não aparecem na prova. Ela também apontou outras contradições. 

“Quando o tema da redação foi democratização do acesso ao cinema no Brasil, o país passando por uma fase de retirada de investimento do cinema, da Ancine, da cultura. Primeiro ponto completamente controverso é discutir democratização de acesso ao cinema em um momento em que não se tem investido em arte. Principalmente dentro da análise do preconceito ideológico, do que já aconteceu de censura”, explicou a professora.

Comparando o caso de 2019 com erros do Enem de outros anos, Fernanda explica que “já tinha tido um vazamento no Enem há muito tempo só que na época reconheceram o erro e cancelaram o exame. Este ano a sensação que eu tenho, se eu tivesse que resumir tudo numa palavra seria letargia”.

Ela continua, explicando que “existem empresas no Brasil que são especialistas em calibragem da TRI, na minha opinião é a única forma de tornar o processo transparente. (...) Eu acho que todos os erros deste ano não se comparam. Na minha opinião, erro de retirada de conteúdo importante, o erro da nota, vazamento de resultado antes da hora e o não reconhecimento. Eu acho que o mais complicado é você não aparecer para explicar o que está acontecendo e não haver nenhum tipo de investigação”. 

Para a professora, o abalo emocional sofrido pelos estudantes é, com certeza, a maior consequência de todos os problemas constatados no Enem 2019. “Eu recebi aluno que o sonho foi medicina a vida toda, foi para agronomia. Outra o sonho era medicina, mas passou em direito, foi para direito na federal. Tanto a gente vai ter mais um profissional frustrado porque tá indo para uma área porque a nota deu como tem chance de esse menino entrar na faculdade, começar a cursar, depois abandonar a vaga, volta pro cursinho e a vaga fica ociosa”, disse Fernanda. 

Antônio Cruz/Agência Brasil

“O ministro, aparentemente, está despreparado”

Para o professor de redação e linguagens Isaac Melo, a avaliação que o ministro da Educação faz a respeito do Enem 2019 “não é verdade”. “Imagina a seguinte situação: eu faço um concurso envolvendo milhões de pessoas em todo o Brasil, que para a sua execução gasta milhões de reais, e ter a clareza de seu resultado questionado. Como assim? Como é que eu corrijo uma prova de uma cor, tendo o sistema entendido que é outra? Isso é um problema gravíssimo!”, criticou ele. 

O professor Isaac afirma que é difícil pensar em perfeição ao organizar uma prova do tamanho do Enem, mas que se faz necessário buscar minimizar as falhas e responder melhor a problemas e tentativas de fraude.

“Já houve uma edição do Enem em que a prova foi vazada. Quando a gente tem uma prova de redação, uma fotografia que sai antes, significa que por trás existe um crime de determinada pessoa e fica-se questionando se a prova vai ou não ser aplicada, se a pessoa acertou ou não aquele tema. Mas, dessa vez, dois problemas me pareceram completo despreparo, falta de qualidade de um planejamento mais sério, falta de conhecimento e domínio do que seria a aplicação de uma prova da magnitude do Enem”, disse o professor. 

Ainda de acordo com Isaac, o descrédito dos estudantes em relação à segurança do Enem aumenta com o fato de que os erros cometidos na edição de 2019 não têm origem em fatores externos, mas no próprio esquema de logística do exame. “O erro que aconteceu foi da gráfica, o sistema de dentro da coisa errou, então isso significa dizer que existe um problema que não foi percebido a tempo. É um problema de dentro da própria ideia de estratégia logística de correção da prova, então é culpa do governo. O ministro, aparentemente, está despreparado para lidar com a pauta para a qual ele foi contratado, convocado e posto na condição de ministro da Educação”, disse o professor.

Entre os erros cometidos pelo governo em busca de uma solução para o problema, Isaac cita a demora para agir. “O governo quando não responde a todos os e-mails direcionados na tentativa de revisar a nota que foi tirada, então isso já vai descredibilizar e ao mesmo tempo aterrorizar [o estudante]. O que é sonho vira pesadelo”, declarou Isaac. 

Para devolver clareza e credibilidade ao Enem, e também ao Sisu, o professor Isaac Melo aponta a divulgação de quais questões são fáceis médias ou difíceis e suas respectivas pontuações conforme a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Além disso, o professor também defende um aumento da transparência da concorrência do Sisu durante o período de inscrição. 

“Supondo que um aluno está na posição 30 de um curso de medicina com 120 vagas, a gente tem que saber quem são essas 120 pessoas com nome completo, número de inscrição, nota e pesos. Este ano o sistema permitiu, por uma falha, que o aluno colocasse como primeira e segunda opção, a mesma faculdade e mesmo curso. Ele aparecia mais de uma vez, isso já deixava muito claro que havia um grave problema nesse processo de listão”, disse.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma autarquia federal vinculada ao MEC, em busca de uma posição sobre o debate levantado pela reportagem. No entanto, até o momento da publicação não obtivemos nenhum retorno.

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