Tópicos | Data do Enem

Na tarde desta quinta-feira (2), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, realizou uma reunião para discutir temas ligados à definição das novas datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com membros do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Wagner Vilas Boas. A maior preocupação de diversos gestores que fazem parte do Consed foi balancear os interesses dos alunos com a redução dos impactos da Covid-19. 

Seguindo o cronograma de debates para definição dos dias para aplicação das provas, nesta sexta-feira (3) Lopes se reunirá com membros de entidades representativas do ensino superior, como Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), entre outras entidades. 

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Nas conferências, são debatidos pontos como o desejo dos estudantes e o calendário acadêmico do próximo ano, que será afetado pela suspensão das aulas presenciais e também pelo adiamento do Exame, que seleciona estudantes para as universidades, servindo também de base para outros programas de acesso ao ensino, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade Para Todos (Prouni). 

“A data do Enem interfere na vida do estudante de várias formas, tanto pelos aspectos de sua formação precedente, com o término da escolarização básica, quanto pela futura entrada na educação superior. Nós nos propusemos a ouvir a opinião dos inscritos e agora buscamos o diálogo com as redes de ensino e entidades ligadas às instituições de ensino superior, públicas e privadas, para construirmos juntos a melhor alternativa”, explica o presidente do Inep. 

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Nessa quarta-feira (1º), o LeiaJá e o projeto Vai Cair No Enem promoveram mais uma live do programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?”. O assunto abordado foi o retorno às aulas presenciais nas escolas brasileiras.

A transmissão contou com a presença de Cláudio Furtado, representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); Fernando Melo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe); do secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio. Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), também estava entre os convidados. Ela afirmou, ao ser questionada sobre as possíveis datas para a remarcação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que a Ubes não sugere, no momento, nenhuma data para a prova. 

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“Nós somos uma entidade estudantil que luta em defesa da educação, mas nós não somos responsáveis para dar resposta sobre o nosso futuro e o futuro de milhões, porque temos realidades tão diferentes. É a realidade da juventude indígena, da juventude rural, da juventude negra, da juventude periférica, da juventude que é de escola particular, da juventude que é de escola pública”, acrescentou a presidente.

O motivo, segundo Rozana, é a necessidade de estabelecimento de um canal de diálogo amplo e democrático do Ministério da Educação (MEC) com os estudantes e outros órgão ligados à defesa da educação no Brasil, o que ela afirma que não foi atingido com a consulta realizada pelo MEC aos estudantes sobre as possíveis datas para a prova. 

“A gente, desde o início, criticou muito o que era esse modelo, porque ficou muito na nossa cabeça uma dúvida de quais eram os critérios das datas. (...) É necessário um debate para se pensar nas datas, porque junto com esse debate das datas precisa vir o debate do retorno às aulas presenciais, combate à exclusão digital e como que vai estar o nosso país nessa situação da pandemia do coronavírus”, afirmou a presidenta da Ubes.

Uma das inconsistências apontadas pela estudante na consulta do MEC, que para ela indica falta de critério na escolha das possíveis datas, foi o posicionamento do próprio Ministério após a divulgação dos resultados. “Logo depois saiu uma matéria que o MEC disse que talvez não possa ser em maio mesmo que os estudantes tenham escolhido, por conta do calendário das universidades. Como eles colocam uma data para a gente votar que eles já sabiam que não daria certo por causa do calendário das universidades?”, questionou a jovem. 

Diante disso, Rozana afirma que a Ubes não determina nenhuma data recomendada para a realização do Enem, mas segue buscando debater a situação da educação no Brasil inteiro, paralelamente à crise de saúde causada pelo coronavírus, em busca de soluções para os estudantes. 

“A gente tem debatido e formulado, mas nós não temos uma data concreta para se apresentar, porque é um momento muito turbulento para se ter algo concreto que caiba em todo o país e abranja todos os estudantes. Nossa resposta concreta é que precisa ter uma comissão de debate democrática com esses profissionais e com os estudantes para saídas para a educação”, disse ela. Confira como foi a live:

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