Mianmar: atos contra o golpe militar terminam com 8 mortos
As vítimas participavam da "primavera de Mianmar" e lutavam contra o regime de exceção do país asiático quando foram baleadas pelas forças armadas
Em domínio dos militares, a força de segurança do Mianmar, no sudeste asiático, abriu fogo contra um protesto e matou, pelo menos, oito pessoas nesse domingo (2). O país sofreu o golpe há cerca de três meses e, desde então, vem passando por manifestações contra o regime autoritário.
Considerada "a primavera de Mianmar", os organizadores deste, que foi um dos maiores protestos, incentivaram os civis em atos descentralizados. "Vamos sacudir o mundo com a voz da unidade do povo de Mianmar", indicou em comunicado.
Três manifestantes foram assassinados em Wetlet, no Centro do país, e outras duas pessoas foram mortas em diferentes cidades de Shan, no nordeste. Mais uma vítima foi registrada na cidade de Hpakant, no norte do Mianmar, e mais duas foram baleadas em Mandalay, na segunda cidade mais populosa.
O golpe militar do dia 1º de fevereiro derrubou o governo eleito liderado pela ganhadora do Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi. Dezenas de milhares de pessoas foram desabrigadas pelos conflitos armados entre o governo e os rebeldes, de acordo com as Nações Unidas.