Vereadores de Gravatá acusam Bruno Martiniano de corrupção

Segundo os parlamentares que compõem a bancada de oposição, o petebista teria adquirido bens “incompatíveis com suas rendas”

por Giselly Santos qui, 20/11/2014 - 15:18
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Segundo os vereadores, Martiniano teria adquirido 48 lotes como propina Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Vereadores da Câmara Municipal de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, protocolaram, nesta quinta-feira (20), representações junto ao Ministério Público de Pernambuco e a Polícia Federal denunciando o prefeito da cidade, Bruno Martiniano (PTB), de enriquecimento ilícito. Segundo os parlamentares que compõem a bancada de oposição, o petebista teria adquirido bens “incompatíveis com suas rendas” durante o comando da gestão municipal. 

De acordo com o vereador Luiz Prequé (PSB), a bancada averiguou as irregularidades e quer que os órgãos fiscalizadores do estado “apurem os fatos”. “Já reunimos cópias que constatam as nossas suspeitas. Queremos que o poder público apure”, frisou. O colegiado é composto por seis dos 15 parlamentares da Casa. 

Os documentos reunidos pelos oposicionistas apontam que Bruno Martiniano teria ganhado 48 lotes, segundo eles como propina, após ter aprovado o projeto para a construção do loteamento Baraúna. “O prefeito colocou no nome do sogro (Paulo Roberto Mello) e depois passou por meio de procuração de volta para ele”, afirmou Prequé. A mesma “manobra” teria sido feita com outros bens, como um apartamento localizado na Avenida Boa Viagem.

Além do protocolo no MPPE e na PF, os parlamentares também querem instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Vereadores. No entanto, de acordo com Luiz Prequé a iniciativa está emperrada na Casa desde agosto porque o presidente é irmão do prefeito, Pedro Martiniano. “Já reunimos nossos advogados e eles estão examinando os fatos. O presidente da Câmara não pode se omitir, deixar de instalar a CPI. Queremos esclarecer os fatos. O dever do vereador é fiscalizar. Se estamos constatando as irregularidades pedimos a apuração”, pontuou o socialista. Além de Prequé, compõem a bancada os vereadores Júnior de Obras (PPS), Junior de Paulo (PRP), Leo do Ar (PSDB), Dona Sonia (PP) e Gustavo da Serraria (PV). 

Veja a documentação levantada pelos parlamentares:

 

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