Profissionais do Sintepe foram ao Centro de Convenções criticar Governo do Estado Líbia Florentino/LeiaJáImagens

A cerimônia de abertura da última rodada do Todos por Pernambuco, nesta quarta-feira (29), no Centro de Convenções, em Olinda, foi marcada por protestos e confusões. Apesar do cerco criado pela Polícia Militar e a segurança do Palácio do Campo das Princesas para impedir que manifestantes participassem do evento, dezenas de pessoas driblaram e ergueram gritos de guerra, cartazes e sonoras vaias.

A primeira manifestação aconteceu quando o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), começou a discursar. Uma mulher estendeu uma camisa do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Pernambuco (Sintepe). O mesmo aconteceu quando o secretário de Administração, Danilo Cabral (PSB), afirmou que "tinha gente que promete nas eleições e não cumpre, mas esta aqui quem vai cumprir e já está cumprindo todas as propostas".

Ao ouvirem as palavras de Cabral, professores e assentados iniciaram uma série de reivindicações chamando o governador Paulo Câmara (PSB) de "mentiroso", justificando que os avanços do estado tinha a participação dos professores, pedindo o reajuste integral do salário da classe e a concessão de terras para os integrantes dos movimentos assentados.

Algumas falas dos que protestavam vez ou outra eram abafadas por aplausos. No entanto, antes do governador fazer uso da palavra os movimentos tomaram mais força. Para minimizar os efeitos, Paulo Câmara reforçou que vai cumprir seus compromissos de campanha. "Concordo quando vocês dizem que 'o povo unido jamais será vencido'. Tenham certeza que os meus compromissos de campanha serão cumpridos", frisou. "Estamos aqui para isso, ouvir vocês", acrescentou, referindo-se as plenárias do Todos por Pernambuco que acontecem durante todo o dia desta quarta. 

Uso da força policial - Antes do início do evento, dois episódios chamaram a atenção dos que participavam do Todos por Pernambuco, um deles na engradada plenária de abertura, quando três seguranças interceptaram a bolsa de Silvanete Pereira, de Arcoverde, sob a justificativa de que ela estava entrando com uma faixa para protestar.