Humberto Costa acredita que o Senado arquivará impeachment

Segundo o líder do governo na Casa, a presidente Dilma Rousseff ainda tem tempo de reverter o quadro principalmente porque, segundo ele, a base no Senado é mais "convicta e sólida"

por Giselly Santos seg, 18/04/2016 - 12:42
Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo Com uma projeção positiva, o pernambucano disse também que a presidente lutará contra o golpe que está sofrendo até o fim do processo Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) reconheceu, nesta segunda-feira (18), que a “primeira batalha” do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) “foi perdida” nesse domingo (17). No entanto, apesar disso, o senador pontuou que a guerra ainda não foi vencida pela oposição e disse acreditar na rejeição da matéria no Senado. 

Sob a ótica do petista, os senadores têm mais “responsabilidade” nas discussões das pautas e a base o governo é “mais sólida e convicta” do que na Câmara dos Deputados. “Sabemos que o Senado é um órgão mais ponderado que a Câmara. Aqui, os assuntos em pauta costumam ser tratados com mais responsabilidade e maior profundidade”, ponderou. “Vamos nos mobilizar para defender a democracia e derrubar esse golpe sujo tramado pela oposição e por setores do empresariado e da imprensa”, acrescentou.

De acordo com o líder, o rito da tramitação do procedimento na Casa será definido nesta semana pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), em conjunto com os líderes partidários. Para Humberto, a atuação de Renan será crucial para a rejeição do pedido. O peemedebista já declarou que “não mancharia sua biografia” ao acelerar o processo para afastar Dilma do cargo. 

Com uma projeção positiva, o pernambucano disse também que a presidente lutará "contra o golpe que está sofrendo até o fim do processo". “Ainda temos tempo de mostrar para os brasileiros e para o mundo que o que está acontecendo aqui é uma tentativa de golpe travestida de impeachment. Dilma é uma mulher honesta e não responde por nenhum crime”, cravou. 

Ao chegar ao Senado o processo de Dilma será avaliado por uma comissão especial formada por 21 membros, a partir do tamanho das bancadas. O PT, junto com o PDSB, tem o segundo maior número de parlamentares, atrás apenas do PMDB. As siglas deverão fazer as indicações dos senadores para compor o colegiado.

A comissão, que elegerá o seu presidente e indicará o seu relator durante a instalação, vai analisar o relatório. Independente do resultado o parecer do relator, vai para apreciação do plenário. Nessa fase, os senadores decidirão, por maioria simples, se o processo de impeachment será instaurado. Caso seja aberto, a presidente Dilma será afastada por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume. No julgamento, Dilma será cassada se dois terços dos senadores votarem a favor. 

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