Bolsonaro volta a criticar a prova do Enem

O presidente eleito garantiu, nesta sexta-feira (9), que a prova do próximo ano só terá perguntas que interessa ao futuro da geração

por Taciana Carvalho sex, 09/11/2018 - 18:26
CHICO PEIXOTO/LEIAJÁIMAGENS/ARQUIVO CHICO PEIXOTO/LEIAJÁIMAGENS/ARQUIVO

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), nesta sexta-feira (9), insistiu em falar novamente sobre a questão da primeira fase do Enem que tratou sobre um dialeto que seria utilizado entre gays e travestis. O capitão da reserva também expôs que é “complicado” escolher quem será o novo ministro da Educação e ainda apontou mudanças para a edição 2019 da prova. 

“Vão falar que eu estou implicando, agora pelo amor de Deus esse tema, com a linguagem particular daquelas pessoas, o que nós temos a ver com isso meu Deus do céu? A gente vai ver a tradução daquelas palavras, um absurdo. Vai obrigar a molecada a se interessar por isso agora para o Enem do ano que vem? Pode ter certeza, fique tranquilo, não vai ter questão dessa forma ano que vem”, garantiu. 

Bolsonaro antecipou que a prova vai abranger questões como geografia, história e afins. “Questões realmente que interessa o futuro da nossa geração e não essas questões menores e ainda ficam estimulando a briga entre pessoas que pensam diferente, que tem opção diferente. Nós não queremos isso, nós queremos pacificar o Brasil e queremos que na escola a molecada aprenda algo que no futuro lhe de liberdade, que possa ganhar o seu pão com o seu trabalho e que não fique com essas questões menores”.

O militar detonou as universidades afirmando que “uma parte considerável” jogam fora o dinheiro destinado. Ele chegou a citar um caso na Universidade de Brasília (UnB) no qual teria sido encontrado “maconha, preservativo no chão e cachaça na geladeira”. 

No entanto, o presidente eleito confessou que mudar esse cenário é “difícil” também citando que foi chamado de “fascista, homofóbico e ditador”, mas declarou que vai tentar mudar a situação. Ainda contou que foi um “aluno exemplar” na escola e que passou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em um concurso que tinha mais de 10 mil candidatos para 38 vagas.

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