Para o PT, derrubada de liminar é "perseguição a Lula"

A liminar expedida nesta última quarta-feira (19) pelo ministro Marco Aurélio determinava que os presos que não tiveram o trânsito em julgado, como é o caso do ex-presidente, fossem libertados

por Jameson Ramos qui, 20/12/2018 - 13:36
Ricardo Stuckert Mais uma vez, o partido afirma que o ex-presidente sofre uma perseguição do judiciário Ricardo Stuckert

Após o presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli derrubar liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Melo, o PT lançou nota afirmando que o ex-presidente Lula (PT) está sendo "perseguido" por parte do judiciário que "nega o direito de Lula recorrer em liberdade contra a condenação arbitrária da qual é vítima".

A liminar expedida nesta última quarta-feira (19) pelo ministro Marco Aurélio determinava que os presos que não tiveram o trânsito em julgado, como é o caso do ex-presidente, preso em segunda instância, e de milhares de outros cidadãos que cumprem pena no Brasil, fossem liberados. No entanto, a liminar foi derrubada horas depois pelo presidente do STF Dias Toffoli.

Para o PT, "o motivo óbvio, porém ardilosamente oculto, era evitar uma decisão que garantisse os direitos constitucionais de Lula". O partido declara ainda que a procuradora geral da república Raquel Dodge "rebelou-se contra a justiça", já que foi ela quem requereu a suspensão da liminar expedida por Marco Aurélio - o que foi prontamente atendido por Toffoli.

O Partido dos Trabalhadores ainda se manifesta contra a juíza de execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, que, segundo nota do PT, "recusou-se a obedecer a ordem de liberdade de Lula, em flagrante desobediência ao STF".

"A luta pela liberdade de Lula, preso político desse regime de exceção que se configura no país, é bandeira central da resistência democrática e continuará em 2019 no centro da conjuntura brasileira", finaliza a Comissão Nacional Executiva do PT.

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