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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi operado neste sábado, 20, para a retirada de duas hérnias. O magistrado foi internado no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. De acordo com boletim médico, ele passou por uma cirurgia robótica para corrigir uma hérnia inguinal direta e uma hérnia umbilical. O procedimento foi bem sucedido e o ministro permanece em observação. Ainda não há previsão de alta.

A hérnia inguinal é uma saliência que ocorre na região da virilha, geralmente quando o intestino empurra a parede abdominal. Da mesma forma, a hérnia umbilical ocorre na região do umbigo e também costuma ser causada pelo "escape" de uma parte do intestino. Toffoli já havia sido internado anteriormente para retirada de uma hérnia, em 2022. Na ocasião, o problema se deu no esôfago.

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Em 2020, Toffoli foi hospitalizado para drenagem de um abscesso. Na época, ele precisou permanecer no hospital por suspeita de contaminação por covid-19, mas exames posteriores descartaram uma infecção pela doença. Em maio de 2023, o ministro precisou ser internado após exame positivo para o coronavírus.

O ministro é tratado pelos médicos Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, Ludhmilla Hajjar e Pedro Loretti.

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito contra o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores que atuaram em um acordo de delação premiada considerado o pontapé da operação Lava Jato. A decisão é do ministro Dias Toffoli e atende pedidos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15), pela jornalista Daniela Lima, da Globo News.  

Segundo a reportagem, a medida envolve o caso relatado ao STF por Tony Garcia, ex-deputado do Paraná. Foi ele quem firmou, enquanto réu, um acordo de delação premiada com Moro, quando o senador era juiz da 13ª vara federal, em Curitiba. O preso se comprometeu a obter provas contra integrantes do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Paraná, entre outras autoridades com foro de prerrogativa de função que estavam fora da alçada da Justiça Federal. 

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A tarefa de Garcia era gravar conversas com essas autoridades usando equipamento de escuta, em troca de benefícios judiciais; o ex-deputado, no entanto, alega ter sido forçado a fazer as gravações. O material que inclui a delação e esses depoimentos, apesar de ser de 2004, esteve sob sigilo na 13ª vara de Curitiba por quase duas décadas. 

Os documentos só chegaram ao STF quando o juiz Eduardo Appio, hoje afastado da vara, teve conhecimento de seu conteúdo. Gravações mostram que o próprio Moro telefonava ao seu réu dando instruções sobre o processo. “Extrai-se do relato que o acordo de colaboração foi utilizado como instrumento de constrangimento ilegal”, escreveu a PGR em documento divulgado nesta segunda-feira pelo G1. 

Para a PF, há indícios de que “a colaboração premiada foi desvirtuada de forma a funcionar como instrumento de chantagem e de manipulação probatória”, ainda segundo o portal. Investigadores querem apurar se não houve o suposto cometimento de crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de capitais. 

Tanto a PF quanto a PGR pediram nominalmente a inclusão de Moro e sua mulher, a hoje deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-São Paulo), e procuradores que atuaram no acordo de Tony e na Lava Jato como investigados. 

 

O empresário Argino Bedin, conhecido em Mato Grosso como Pai da Soja, não respondeu aos questionamentos de parlamentares durante sessão da Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito sobre os atos golpista de 8 de janeiro.

O empresário do agronegócio foi à CPMI, nesta terça-feira (3), protegido por um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que deu a ele o direito de não responder a perguntas que poderiam incriminá-lo.  

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Bedin foi convocado por estar na lista de suspeitos de financiarem os atos golpistas, que tiveram início após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2022, quando grupos bloquearam rodovias e acamparam em frente a quartéis de todo o país, pedindo um golpe militar no Brasil.

“Argino Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes”, informa o requerimento do deputado Carlos Vera (PT/PE) aprovado na CPMI.   

A relatora da Comissão senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou na sessão que os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviados à CPMI apontaram que, logo após o resultado da eleição, foram enviados à Brasília 272 caminhões, sendo 72 vindos da cidade de Sorriso (MT), onde ficam as fazendas do empresário. Desses, 16 caminhões eram de propriedade de Bedin ou de membros da sua família.  

Eliziane também citou uma série de atos violentos em Sorriso ou próximo à cidade no entorno das fazendas de propriedade de Benin, todas localizadas na BR-163.  

“No dia 5 de novembro, a Abin faz um alerta de que 180 caminhões originados da cidade de Sorriso já estavam se direcionando para Brasília. No dia 19 de novembro, houve tentativa de explosão da BR-174 em Comodoro, em Mato Grosso, com a intenção de danificar a rodovia, destruindo um duto que passa sob o trecho. Ainda nesse mesmo mês, no dia 19, em Lucas do Rio Verde, cidade vizinha de Sorriso, um grupo atacou a base de uma concessionária e ateou fogo com gasolina”, relatou Eliziane.  

A relatora ainda destacou que a Associação dos Produtores de Soja e milho de Mato Grosso do Sul (Aprasoja) está entre os grupos ligados ao chamado Movimento Brasil Verde e Amarelo, que convocou manifestações contra as eleições no Brasil. “Eu teria aqui, na verdade, várias perguntas a fazer porque o Movimento Verde Amarelo recebeu dinheiro, e não foi pouco dinheiro. Ou seja, todas essas manifestações que ocorreram eram subsidiadas”, completou.  

Oposição questiona  

Representantes da oposição saíram em defesa do empresário. O deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) disse que o Bedin deve ser celebrado por ter “construído um império do agronegócio”. “O senhor está sendo tratado como se fosse responsável por esses vândalos que depredaram o patrimônio público”, afirmou.  

Já o deputado Filipe Barros (PL-SC) prestou solidariedade ao empresário acusado de financiar os atos golpistas. “O empresário exemplar para o nosso país, como Argino Bedin, eventualmente ajuda mais uma dessas manifestações. Só que nessa manifestação deu no que deu no dia 8. Ele pode ser responsabilizado por isso? Óbvio que não”, argumentou. 

 

O senador e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (UB-PR), defendeu, nesta quarta-feira (6), o trabalho da operação. Os trâmites das investigações e julgamentos envolvendo o caso vem sendo questionado há anos e, nesta quarta, uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, considerou que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi uma “armação”.

Em publicação no X, antigo Twitter, Moro se defendeu e disse que os crimes nos Governo do PT foram reais.

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“A corrupção nos Governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”, declarou.

“Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre!”, emenda o senador.

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Toffoli também argumentou, na mesma decisão, que houve uma espécie de “conluio” entre a acusação e o magistrado. O ministro do Supremo afirmou ainda que houve parcialidade na investigação da 13ª Vara Federal de Curitiba que, segundo ele, "extrapolou todos os limites". Moro era o juiz titular da 13ª Vara e condenou o presidente Lula a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quarta-feira, 6, que vai pedir investigação de agentes públicos quando receber, na sua pasta, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli que anulou as provas obtidas pelo acordo de leniência feito pela Odebrecht na operação Lava Jato.

"Quando o Ministério da Justiça receber oficialmente a decisão, enviarei à Polícia Federal para cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos", disse Dino nas redes sociais.

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A decisão de Toffoli desta quarta-feira chama a prisão de Lula de um dos "maiores erros judiciários da história do País" e critica diretamente os agentes envolvidos com a operação. "Sob objetivos aparentemente corretos e necessários, mas sem respeito à verdade factual, esses agentes desrespeitaram o devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores, subverteram provas, agiram com parcialidade (vide citada decisão do STF) e fora de sua esfera de competência", disse o ministro da Suprema Corte.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou, nesta segunda-feira (19), as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht contra o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, réu em uma ação penal que tramita no Rio Grande do Sul. 

A decisão do ministro foi tomada após a defesa do ex-ministro pedir extensão da decisão que anulou as provas contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu por lavagem de dinheiro em processos oriundos da Operação Lava Jato. 

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Ao analisar o pedido da defesa, Toffoli concordou que as acusações contra Paulo Bernardo também estão baseadas na análise dos sistemas Drousys e My Web Day, usados pela Odebrecht para registrar pagamentos de propina e que foram considerados ilegais. 

O ex-ministro é alvo de um processo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro que envolvem contratos firmados na Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

"No total, a exordial contém 37 referências aos mencionados sistemas ao longo das suas 51 páginas. O mesmo se vê na decisão que admitiu o processamento da denúncia, ao consagrar, como elementos cruciais de convicção, os sistemas da Odebrecht obtidos por meio do acordo de leniência", decidiu o ministro.

Em outra decisão recente sobre o caso, o Supremo anulou provas relacionadas ao acordo de leniência da empreiteira que estavam baseadas nos dados dos sistemas. A partir do entendimento, Tacla Duran e Paulo Bernardo pediram a extensão da decisão aos processos criminais contra eles.

Com a informação divulgada de que o senador da República Angelo Coronel (PSD-BA), está internado em um hospital em Brasília, após testar positivo para a Covid-19 pela terceira vez, o mês de maio vem registrando casos de hospitalizações de autoridades de alto escalão com a doença. Entre elas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

O senador baiano foi hospitalizado nesta quarta-feira (24) após apresentar sintomas de síndromes respiratórias e ficará em isolamento até que volte a testar negativo para o vírus. "Estava aqui em Brasília, no meu gabinete, e comecei a tossir muito, tive calafrios. Vim aqui para o hospital e acabei de receber o resultado, que eu testei positivo para covid. Ou seja, terceira vez que eu já testei. Vou passar os sete dias de repouso absoluto, em isolamento, e vou começar a fazer os testes até o próximo domingo [28], para ver se foi embora. Está tudo certo", disse ele através de suas redes sociais.

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Marina Silva

Créditos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Assim como o senador do PSD, a ministra do Meio Ambiente da gestão Lula (PT), Marina Silva, também foi internada com Covid-19. Na manhã do último dia 6, ela deu entrada no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor), na capital paulista para tratar a doença.

A unidade hospitalar informou que se tratava de uma infecção respiratória por coronavírus, com quadro pulmonar simples e sem pneumonia viral. Em boletim médico, o InCor ainda afirmou que Marina estava sendo acompanhada por uma equipe formada por um médico cardiologista, pneumologista e infectologista.

Durante a hospitalização, um conjunto de médicos do Acre, estado de nascimento de Marina, debochou do quadro clínico da ambientalista, através do WhatsApp. As conversas foram feitas no grupo "Médicos Unidos" e divulgadas pelo portal local "ContilNet". Nelas, eles ironizavam o fato de a ministra defender as vacinas contra a Covid-19, que comprovadamente ampliam a proteção contra a doença e reduzem as chances de casos mais graves.

Os ataques começaram após um participante publicar a notícia da internação. "Ué, não era vacinada?", ironizou um deles. "Coisas da vida. É da vacinação!", escreveu uma médica. "Tomara que os vírus da Covid estejam bem", ridiculariza um terceiro profissional.

Os médicos Jorge Lucas da Fonseca, Grace Mônica Alvim Coelho e Nilton Chaves foram apontados como os responsáveis pelas mensagens, sendo assim, foi aberta uma sindicância pelo Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) para apurar a conduta dos profissionais que atacaram a ministra.

Em entrevista ao LeiaJá, o biomédico Thiago França ressaltou a importância da vacinação, principalmente para evitar casos graves da doença. ''É importante salientar que mesmo quem está vacinado, também pode transmitir o vírus e desenvolver a doença, porém a vacinação evitará casos graves como víamos antes. A vacina se mostrou muito segura e com uma eficácia muito boa, fazendo diminuir o número de mortos, que só fazia crescer antes da campanha de vacinação'', afirmou.

Marina Silva, vacinada com as quatro doses da vacina, após evoluir clinicamente bem contra o vírus, recebeu alta médica no dia 10 de março.

Dias Toffoli

No dia 17 de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, foi internado no hospital DF Star, na Asa Sul da capital federal. O boletim emitido pela unidade da Rede D'or, afirmou que a autoridade estava em tratamento clínico a base de sintomáticos e antivirais, e que evoluía bem contra a doença.

No último sábado (20), ele recebeu alta hospitalar, porém a equipe de comunicação do STF revelou que Toffoli não voltará de imediato presencialmente ao trabalho. Isso porque, conforme divulgação à imprensa, o magistrado ''continuará a se recuperar em casa''.

Créditos: Nelson Jr./SCO/STF

Com a internação, o Supremo Tribunal Federal ficou os últimos dias com apenas nove ministros em atividade, ao invés de 11. Desde a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, no início do mês de abril, uma das cadeiras da Corte está vaga, aguardando a indicação por parte do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2020, o ministro do Supremo já havia sido diagnosticado com Covid-19. Em fevereiro de 2022, o ministro do STF enfrentou um processo alérgico no pulmão, ocasião em que teve de encarar procedimento de drenagem para desobstrução de um abscesso, que é um acúmulo de pus.

Internação de Carla Zambelli e os discursos negacionistas

Créditos: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi diagnosticada com Covid-19 no dia 15. Em vídeos divulgados em suas redes sociais, a bolsonarista disse que estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Brasília.

De acordo com uma nota divulgada pela assessoria da parlamentar, Zambelli talvez tenha contraído o vírus durante uma viagem de volta da Coreia do Sul. Além disso, informou que ela não se vacinou contra a doença, reforçando assim, o negacionismo tão pregado por alguns parlamentares da extrema-direita durante os momentos mais críticos da pandemia.

"A deputada Carla Zambelli não se vacinou contra a Covid-19 por recomendação médica e nos últimos anos, a parlamentar manteve sua imunidade em níveis elevados. É provável que tenha contraído o vírus durante sua viagem de volta da Coreia do Sul, que durou aproximadamente 24 horas'', escreveu a assessoria.

Na última segunda-feira (22), a parlamentar do Partido Liberal recebeu alta hospitalar, porém os médicos prescreveram 30 dias de afastamento do trabalho na Câmara para Zambelli. De acordo com o boletim médico, ela está curada da covid-19, mas teve uma ''agudização do quadro de fibromialgia, relacionada a Burnout'', moléstias que exigem tratamento ambulatorial e o afastamento das funções.

Segundo o biomédico Thiago França, é muito preocupante a permanência desses discursos contra a eficácia das vacinas, mesmo após o anúncio do fim da Emergência de Saúde Pública feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). ''Estamos vendo figuras políticas que não se vacinaram contra a covid-19 durante a pandemia, sendo internadas após o fim da emergência de saúde. Alguns políticos apresentaram complicações devido a doença, algo que poderia ser evitado se tivessem tomado a vacina. Isso é alarmante'', pontua.

O especialista lamenta saber que existem autoridades que optam em desacreditar publicamente dos estudos científicos. Ele acredita que ''ao invés das mentiras, os parlamentares poderiam assumir uma postura responsável e incentivarem a população brasileira a se vacinar contra uma doença tão perigosa''.

''As vacinas foram responsáveis pelo fim da pandemia. Em tão pouco tempo após as primeiras doses, já víamos bons resultados. Elas tiveram uma importância grande na vida de muita gente, por isso que sempre oriento que todos se vacinem. Porém, é difícil saber que durantes os momentos mais críticos da doença, ainda tivemos que enfrentar o vírus do negacionismo, muito decorrente do presidente que estava no poder. Infelizmente, muitas pessoas acabaram seguindo essa linha de pensamento e não se imunizaram, colocando em risco as suas próprias vidas e a saúde das pessoas que estavam ao seu redor'', afirma o biomédico, culpabilizando os discursos negacionistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que impulsionou muitas pessoas a não se vacinarem.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, teve alta hospitalar neste sábado, 20, e continuará a se recuperar em casa, segundo informações divulgadas pela Suprema Corte. Toffoli havia sido internado na quarta-feira, 17, no Hospital DF Star, em Brasília, com o diagnóstico de covid-19.

Essa não é a primeira vez que o ministro contrai o vírus. Em 2020, ele foi diagnosticado com covid-19, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou em casa após recomendações médicas da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira, 17, após um diagnóstico positivo para covid-19.

De acordo com sua assessoria, o ministro está bem e é tratado com antiviral e medicamentos sintomáticos (dirigidos a cada sintoma, como antitérmicos). Não há previsão de alta. Essa não é a primeira vez que o Dias Toffoli contrai o vírus.

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Em 2020, ele foi diagnosticado com covid-19, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou em casa após recomendações médicas da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar, do Vila Nova Star.

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (4) derrubar a validade do indulto de graça constitucional concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao então deputado federal Daniel Silveira. 

Até o momento, seis dos dez ministros entenderam que houve desvio de finalidade para beneficiar o ex-deputado. Há dois votos pela manutenção do indulto. A maioria seguiu o voto proferido ontem (3) pela presidente da Corte e relatora dos processos, ministra Rosa Weber, para anular o benefício.

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Além da ministra, o entendimento foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

Em seu voto, Barroso rebateu as acusações de que a condenação de Silveira foi desproporcional. Para o ministro, a conduta do ex-parlamentar não se enquadra na liberdade de expressão.

"Não podemos confundir liberdade de expressão com incitação ao crime e convocação para a invasão física do prédio das instituições e para agressão física de seus integrantes. Não podemos indultar esse tipo de comportamento", afirmou.

No início da sessão de hoje, os ministros André Mendonça e Nunes Marques votaram para validar o indulto. Para os ministros, a Constituição concedeu ao presidente da República o poder de concessão de graça constitucional a condenados, medida que não poder ser revista pelo Judiciário.

Entenda 

Em maio do ano passado, Bolsonaro assinou um decreto concedendo o perdão da pena ao ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que tinha sido condenado pelo Supremo a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo a que responde por ataques à Corte. Apoiador de Bolsonaro, Silveira fazia parte da base do ex-presidente na Câmara dos Deputados. 

O decreto de indulto foi editado em 21 de abril, um dia após a condenação do parlamentar.

Em fevereiro, após deixar o mandato, Silveira foi preso por descumprir regras da detenção domiciliar e fazer novos ataques ao Supremo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, extinguiu uma ação do Partido dos Trabalhadores que acusava o presidente Jair Bolsonaro (PL) de fazer apologia ao crime. A decisão de Toffoli atendeu ao parecer da Procuradoria Geral da República (PGR).

O pedido do PT fazia referência a uma suposta relação entre a atuação política do presidente e o assassinato do tesoureiro da legenda, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu.

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A PGR considerou que o pedido do PT não tinha argumentos que demonstrassem a presença de crime por parte do presidente e o fato do assassino ser bolsonarista não tornava Bolsonaro um coautor do crime.

Por sua vez, o PT havia pontuado que Bolsonaro faz apologia e incitação ao crime; além de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violência política.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli pediu perdão ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter vetado a ida do petista ao velório de seu irmão, Genival Inácio da Silva, mais conhecido como Vavá, enquanto o petista estava preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR). As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Vavá morreu em janeiro de 2019, vítima de câncer. A defesa do petista pediu autorização à Justiça para que ele pudesse se reunir com familiares para a despedida do irmão, que aconteceu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Porém, juízes de instâncias inferiores negaram e a Polícia Federal também se manifestou contra, fazendo com que a decisão ficasse a cargo do Supremo.

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Relator da decisão, Toffoli permitiu apenas que Lula pudesse se encontrar com familiares em uma unidade militar em São Paulo, com a possibilidade de o corpo de Vavá ser levado até ele, alternativa que foi rejeitada por Lula. Para os mais próximos, o presidente eleito já relatou guardar profunda mágoa por ter sido impedido de se despedir de seu irmão.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o pedido de perdão aconteceu durante a  cerimônia de diplomação de Lula, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última segunda-feira (12). O ministro do Supremo teria se aproximado do petista e pedido desculpas a ele.

“O senhor tinha direito de ir ao velório. Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”, teria dito Dias Toffoli. Lula, então, teria batido na mão de Toffoli e dito que ele ficasse tranquilo, pois depois os dois poderiam conversar de forma mais reservada.

Nesta quarta-feira (14), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) compartilhou uma publicação feita pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede) em abril de 2019 para reforçar que a esquerda também já criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), mas não foi acusada de atentar contra a democracia. No post, o parlamentar diz que os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes "fabricam" um AI-5.

O Ato Institucional nº 5, o AI-5, estabeleceu um tribunal de exceção durante o regime militar. Direitos fundamentais foram desrespeitados pela Justiça nesse período.

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Na postagem feita há mais de três anos, Randolfe utilizou uma matéria para criticar a atuação dos magistrados. O texto informava sobre as ordens de busca e apreensão do STF contra militares da reserva e procurados no inquérito das fake news.

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"Com a palavra, Randolfe, o ultra mega blaster 'referência em defesa da democracia' (ex-PT, ex-PSOL e atual REDE) e a mídia democrática…", escreveu o filho de Bolsonaro. Em sua crítica, Carlos reprova os parâmetros desiguais da opinião pública quando seu bloco político e a oposição adotam posturas semelhantes, mesmo em contextos diferentes.

Os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), defenderam, nesta sexta-feira (19), a regulação das redes sociais e a responsabilização de empresas de tecnologia. O consenso nos discursos ocorreu em evento com o Grupo Esfera, em São Paulo.

Toffoli afirmou que as redes sociais têm disseminado "ódio até entre irmãos e trazido a mentira" e que o antídoto a esse cenário são imprensa, academia e magistratura, que trabalham com fatos. Segundo o ministro, empresas de tecnologia devem ser responsabilizadas pela disseminação de fake news, principalmente por promover uma concorrência desleal com os meios de comunicação tradicionais. "Blogs sem registros destroem reputações e o ofendido não sabe a quem responsabilizar", disse.

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Pacheco também destacou que Executivo, Legislativo e Judiciário precisam se unir para regular excessos nas redes sociais. Esses meios virtuais, segundo ele, não podem substituir a imprensa tradicional que é formada por profissionais com conhecimento técnico. Apesar de reconhecer que a evolução tecnológica trouxe avanços à sociedade, o presidente do Senado diz que "contraindicações precisam ser disciplinadas para impor obrigações e evitar excessos e exageros".

Lira declarou que o debate sobre regulamentação das redes sociais ficou "empacado" diante da dificuldade em definir o que é fake news, mas afirmou ser urgente "afinar essa legislação". De acordo com o presidente da Câmara, as discussões sobre essa temática viraram "uma luta" diante dos interesses "monstruosos" por trás de corporações. A liberdade de expressão, segundo ele, virou defesa daqueles que não querem responsabilizar empresas tecnológicas por fake news.

Ciro Nogueira também afirmou que não se pode impedir divulgação de informações pelas redes, mas é necessário coibir crimes. O ministro defendeu a criação de uma legislação que combata notícias falsas, mas que seja debatida "longe das eleições".

'Não vai ter golpe'

Em meio a uma campanha polarizada e questionamentos sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, o ministro Dias Toffoli foi taxativo e disse categoricamente que "não vai ter golpe". "As nossas Forças Armadas são instituições que sabem muito bem o preço que pagaram quando ficaram no poder por muito tempo", disse ele durante o seminário"o Equilíbrio dos Poderes".

O ministro disse ter visto, ainda como advogado do PT, a criação das urnas eletrônicas, que começaram a ser implantadas em 1996, e afirmou ainda que o Tribunal Superior Eleitoral "não determina eleição". "Quem determina eleição é a soberania popular".

Defendendo as urnas, ele destacou que Lira, Pacheco e Nogueira, que está licenciado do Senado, foram eleitos pelas urnas, que desconfianças em torno das urnas já ocorreram anteriormente e que é necessário encerrar este debate. O trio participa do evento.

Lira concordou com Toffoli e disse não poder "criticar um mecanismo pelo qual fui eleito por seis vezes". O presidente da Câmara garantiu que o Congresso vai assegurar a governabilidade de quem for eleito".

Já Pacheco foi menos enfático, mas disse que "o resultado das urnas serão aceitos". "Em 1º de janeiro será dada posse ao eleito", afirmou o senador.

Ministro do governo, Ciro Nogueira também afirmou no mesmo painel que a decisão tomada pela sociedade em outubro "será respeitada por todos nós". "Vivemos uma democracia sólida, hoje temos esquerda e direita".

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), aproveitou o seu último final de semana de férias antes do início dos trabalhos no Poder Judiciário nesta terça-feira, 1º, na casa de praia do ministro da Comunicação, Fábio Faria, em Pirangi (RN). Segundo interlocutores das autoridades do governo e da Suprema Corte, o encontro ocorreu de maneira "informal", como uma celebração entre amigos de longa data.

O ministro do governo Jair Bolsonaro e o ministro do STF passaram o final de semana juntos na praia paradisíaca no município de Parnamirim, próximo à capital Natal. A informação foi divulgada inicialmente pela revista Veja e confirmada pelo Estadão.

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De acordo com a assessoria de Faria, ele e Toffoli são amigos e frequentam a casa um do outro também em Brasília. O ministro do Supremo prestigiou a posse de Fábio Faria no Ministério das Comunicações em 2020.

Desde que assumiu, o presidente mantém uma relação tensa com o Supremo Tribunal Federal. São frequentes ataques diretos aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. A relação com Toffoli, contudo, é cordial.

Em outubro de 2020, Bolsonaro chegou a ir a uma reunião na casa do magistrado em Brasília. Na época, o governo articulava a indicação de Nunes Marques ao STF. Uma foto de Toffoli e Bolsonaro se abraçando repercutiu entre apoiadores mais radicais do presidente, que alimentam a disputa contra o tribunal.

Em junho do ano passado, Toffoli suspendeu uma ação penal contra o patriarca da família Faria, que responde na Justiça pelos crimes de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Estado e obstrução de justiça por tentar comprar o silêncio de uma testemunha, conforme apontam os denunciantes. Robinson Faria passou a ser investigado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com base no acordo de colaboração premiada celebrado entre um ex-membro do seu governo no âmbito da Operação Anteros. Segundo interlocutores, Toffoli não tem relação com o pai do ministro de Bolsonaro.

Na delação, homologada à época pelo atual presidente do STF, Luiz Fux, as fontes disseram "existir um suposto esquema de desvio de recursos instituído na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que contaria, supostamente, com a participação do então Governador". Em sua decisão sobre o caso, Toffoli concedeu liminar pleiteada pela defesa de Robinson e suspendeu o andamento do caso até o julgamento definitivo da ação pelo plenário do STF.

Ao proferir o despacho, Toffoli justificou ser necessário "angariar maiores informações" com as partes envolvidas antes de proferir nova decisão. O caso seguiu, portanto, para revisão da 6.ª Vara Criminal da Comarca de Natal, a quem cabe fornecer dados para 'melhor equacionar a análise da questão'. A ação, porém, segue sem movimentação desde agosto do ano passado.

Procurado pela reportagem por meio da assessoria de imprensa do STF, Toffoli não quis confirmar o encontro, mas, tampouco, negou que tenha acontecido. O ministro também não quis responder aos questionamentos do Estadão.

Nessa terça-feira (16), o ministro Dias Toffoli afirmou que o Brasil já vive um semipresidencialismo moderado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração feita em Portugal, no 9º Fórum Jurídico de Lisboa, atraiu críticas de apoiadores do Governo Bolsonaro nas redes sociais.

“Nós já temos um semipresidencialismo com um controle de Poder Moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”, analisou Toffoli, conforme o Poder360.

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Nesta semana, no mesmo evento em Portugal, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) já havia exposto interesse na mudança e considerou como uma alternativa "que faz falta nas crises"

"Sabemos que não há unanimidade, mas certamente o sistema semipresidencialista se sobressai entre as alternativas que podem articular de forma mais virtuosa e eficiente a nossa experiência histórica e as nossas necessidades institucionais”, citou o parlamentar.

Também em Lisboa, o ex-advogado-geral da União José Levi Mello acrescentou que a alteração do sistema de Governo seria natural, já que o Parlamento é quem, de fato, governa o Brasil.

“Por que não tentar isso no Brasil? Sobretudo no Brasil de hoje, onde, sem nenhuma dúvida, o centro da política já é o Parlamento, como é próprio de uma democracia representativa”, acrescentou Levi. “É natural que seja assim. Por que não formalizar a parlamentarização do modelo ou a sua semiparlamentarização, ou um semipresencialismo? Porque [a parlamentarização] já é, em alguma medida, praticada”, defendeu.

Críticas à fala de Toffoli

Nas redes sociais, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (saem partido) comentaram contra a declaração do ministro e, mais uma vez, instigaram uma ação das Forças Armadas. "29 anos atrás o Brasileiro votou através de um plebiscito e escolheu, por maioria uma república presidencialista! O povo decidiu. Em 2021 o STF, através da fala de um ministro, Toffoli, anuncia que estamos num semipresidencialismo comandado pela própria corte sem 1 voto sequer", escreveu uma internauta.

"Um semipresidencialismo que nós não escolhemos, que foi implantado a fórceps, onde dois dos três poderes, integrados por perfis de currículo pra lá de suspeitos, vivem trocando perdões entre si. O que temos no Brasil é um "tomaládaquismo", rechaçou outro apoiador do presidente.

Apoiado por parte do STF

Antes de Toffoli endossar o semipresidencialismo no Brasil, os companheiros de STF, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes já haviam apoiado a posição.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Barroso, disse em julho que o país deveria adotar o sistema até 2016. A declaração foi feita no Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro, quando destacou que o semipresidencialismo é "uma experiência que tem dado certo na França e em Portugal".

No entendimento de Barroso, o presidente continuaria eleito pelo voto direto, com as competências de Estado garantidas, como as relações internacionais, comando das Forças Armadas e indicações aos tribunais superiores, por exemplo. Contudo, também nomearia um primeiro-ministro, que deveria ser aprovado pelo Congresso para desempenhar "o papel de chefe de governo e conduzirá o varejo político da vida de um país".

Na ocasião, Gilmar Mendes cumprimentou a proposta do colega nas redes sociais e revelou que, desde 2017, cultiva junto com o ex-presidente Michel Temer e o professor Manoel Gonçalves, o interesse no semipresidencialismo para superar os déficits da governabilidade do modelo atual.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu submeter a julgamento definitivo, sem prévia análise de liminar, a ação impetrada pela Rede que cobra que a Presidência da República garanta os meios necessários para assegurar o livre exercício da imprensa e a integridade física de jornalistas que fazem a cobertura dos atos do presidente Jair Bolsonaro.

Com base na legislação, o ministro requereu informações da Presidência da República, a serem prestadas no prazo de 10 dias. Em seguida, devem se manifestar, sucessivamente, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), no prazo de cinco dias para cada órgão.

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Condutas violentas

Segundo a Rede, Bolsonaro teria, em diversas ocasiões, manifestado desprezo pela liberdade de imprensa, “ao ameaçar fisicamente, constranger, difamar, inviabilizar a segurança no exercício da atividade jornalística e incentivar comportamento violento contra os profissionais da imprensa”.

Esse comportamento seria incompatível com o exercício do cargo de chefe de Estado e chefe de Governo e incentivaria condutas violentas contra a imprensa por seus apoiadores, que estariam repetindo seus ataques.

Entre outros pedidos, a Rede requer que seja determinado à Presidência da República que apresente um plano de segurança para garantir a integridade física dos profissionais da imprensa que acompanham a rotina presidencial.

Com informações da assessoria do STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi contra a ordem para que a Polícia Federal vasculhasse a sede do Ministério da Saúde, durante ação que investiga supostas irregularidades na negociação da vacina Covaxin. O pedido foi solicitado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, mas o PGR considerou que “alternativas menos onerosas” podem ser tomadas para obtenção das informações pleiteadas pela cúpula. Segundo o chefe do Ministério Público Federal, “não foram apresentados indícios de destruição ou ocultamento que afaste a presunção de guarda da documentação dos órgãos públicos”. As informações são do Estadão. 

Em ação autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais cumpriram na manhã desta sexta-feira (17) mandados de busca e apreensão em Barueri e Itapevi, na Grande São Paulo, para encontrar informações relativas ao contrato de R$ 1,6 bilhão firmado entre a Precisa e a Bharat Biotech para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde. 

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Já com relação às ordens expedidas contra a Precisa Medicamentos, o PGR considerou que não seria 'razoável negar À CPI o fornecimento de documentos indispensáveis à elucidação de possíveis crimes, com vistas a preservar a intimidade da empresa privada'. "Ponderando os interesses em conflito e sopesando a eficácia ou a utilidade da medida judicial há de ser deferida a busca e apreensão em desfavor da Precisa Medicamentos, ressalvando que a apreensão deve ser apenas constante aos elementos de informação Vinculados a Bharat Biotech e a empresa, a incluir os seus representantes, ou quem por eles manifestem", registrou o PGR. 

Aras argumentou ao ministro Dias Toffoli - relator do pedido da CPI no Supremo Tribunal Federal - que se a medida cautelar ligada ao Ministério da Saúde fosse deferida, 'de forma precipitada, informações sensíveis e sigilosas, que não dizem respeito ao objeto da CPI, podem ser indevidamente capturadas, e prejudicar o interesse público da função exercida' na pasta. 

Na avaliação da PGR, o requerimento da CPI de apreender documentos vinculados à investigação conduzida pelos senadores possui 'abstração e generalidade de solicitação capaz de tornar incapaz a proteção dos dados e informações não vinculados ao objeto do pedido'. 

Entre os 'meios menos onerosos' para que a CPI obtenha os dados pleiteados, o chefe do MPF citou a possibilidade de afastamento do sigilo imposto administrativamente, requisição judicial, obrigação de fazer a entrega de documento, sob pena de crime de desobediência, e ainda, responsabilização do servidor na esfera administrativa. 

"A CPI não apresentou elementos comprobatórios de risco a destruição da prova, mas apenas alegação de generalidade do cumprimento das requisições administrativas […]. Assim, no tocante à possível busca e apreensão na sede do Ministério da Saúde, não há como ser deferida, por ora, a medida requerida, uma vez que alternativas menos onerosas podem ser previamente tomadas com vistas à obtenção das informações pleiteadas pela CPI, bem como não foram apresentados indícios de destruição ou ocultamento que afaste a presunção de guarda da documentação dos órgãos públicos", registra o parecer de Aras. 

No requerimento apresentado ao STF, a CPI da Covid sustentou a necessidade de buscas no Ministério da Saúde, especialmente no Departamento de Logística em Saúde e no gabinete do Secretário Executivo da pasta, alegando 'repetidos atrasos' no encaminhamento dos documentos e informações requisitados pelo colegiado. Além disso, os senadores afirmaram que os gestores da pasta 'têm enviado informações genéricas e documentação incompleta'. 

"Os gestores do Ministério da Saúde decretaram, mediante motivação genérica e vazia, o sigilo do processo administrativo relacionado à aquisição da Covaxin; revogaram as credenciais de acesso dos investigadores aos sistemas eletrônicos do Ministério da Saúde, as quais haviam sido concedidas por determinação da Comissão Parlamentar de Inquérito; e têm oferecido resistência no que toca ao atendimento de requisições enviadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito", registra trecho do pedido da CPI da Covid. 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou-se a dar seguimento a um mandado de segurança movido por 5 membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras.  A decisão foi tomada na última segunda-feira (23).

A ação do grupo de subprocuradores sugere que houve irregularidades na tramitação de uma representação que acusa Aras e o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, de omissão diante das investigações sobre supostos atos irregulares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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O documento apresentado ao STF diz ainda que a representação criminal contra Aras e Jacques foi enviada aos gabinetes deles de forma indevida. Além disso, a ação teria passado por uma série de despachos que tiveram o objetivo de impedir o Conselho Superior do Ministério Público de analisá-la, o que resultou no envio do processo ao Senado.

Ao recorrer para o STF, os magistrados queriam que Aras e Humberto Jacques, além de seus assessores, fossem impedidos de interferir na tramitação dessa representação criminal. Toffoli, no entanto, negou o seguimento.

Seguindo a mesma tendência, o também ministro Alexandre de Moraes arquivou um outro pedido feito pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Fabiano Contarato (Rede) para investigar a conduta, classificada pelos parlamentares como inadequada, de Aras em relação às atitudes de Bolsonaro.

De maneira geral, as decisões devem beneficiar Augusto Aras, que é sabatinado nesta terça (24) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado. Para seguir na função que desempenha atualmente, ele ainda precisará de 41 votos favoráveis em votação secreta no plenário, o que equivale a maioria simples. Caso seja aprovado, o indicado de Bolsonaro permanecerá no cargo por mais dois anos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, optou por não analisar o mérito do pedido feito pelos partidos Rede e PSOL, que buscavam impedir a realização do desfile militar previsto para acontecer na manhã desta terça-feira (10) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Sendo assim, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se juntará à exibição pública de blindados. As informações são da CNN Brasil.

"Apesar da Operação [militar] ocorrer desde 1988, nunca o comboio entrou na Praça dos Três Poderes para fazer convite à presidente da República. Esse tipo de convite sempre foi em gabinete, algo protocolar", destacou a ação protocolada no STF.

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No entendimento de Toffoli, no entanto, a ação deveria ser rejeitada por questões processuais. Na prática, o ministro sugeriu que, por se tratar de Marinha e Forças Armadas, o Superior Tribunal de Justiça (STF) deveria ser responsável pela análise.

O itinerário do comboio militar parte do Rio de Janeiro, e tem como destino final a cidade de Formosa, em Goiás, a 70 km de Brasília. A previsão é de que a parada no Palácio do Planalto ocorra por volta das 8h30.

O inédito evento acontece no mesmo dia em que a PEC do voto impresso será votada no plenário da Câmara dos Deputados, mesmo após ser derrotada em Comissão Especial da Casa na última sexta-feira (6).

Em nota, contudo, a Marinha afirmou que o desfile foi marcado antes da agenda de votação ser definida, e “não possui relação com a mesma, ou qualquer outro ato em curso nos Poderes da República”. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a classificar como “trágica coincidência” o fato de Bolsonaro acompanhar o desfile no mesmo dia em que a votação ocorre.

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