Jarbas defende manutenção do Coaf na pasta de Sérgio Moro
O Senado vota nesta terça-feira (28) a Medida Provisória (MP) que altera a titularidade do Conselho de Atividades Financeiras e confirma a reforma administrativa feita pelo governo Bolsonaro
O senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) afirmou, nesta terça-feira (28), que é contra a vinculação do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) ao Ministério da Economia. Para o emedebista, a manutenção do Coaf sob a tutela da pasta da Justiça e Segurança Pública, de Sérgio Moro, reforça o combate à corrupção no Brasil.
“A atuação do Coaf - que entre outras atribuições faz o rastreamento de transações financeiras atípicas e suspeitas -, foi decisiva para a apuração de operações como o Mensalão e a Lava Jato. De modo que a vinculação dele ao Ministério da Justiça e Segurança Pública reforça a importância do combate à corrupção e a lavagem de dinheiro no País”, argumentou Jarbas.
A postura do senador se contrapõe a transferência que foi aprovada pela Câmara dos Deputados em uma votação apertada na semana passada. O destaque da MP que previa a manutenção do Coaf no Ministério da Justiça foi rejeitado pelos deputados por 228 votos a 210.
O Senado vota hoje o texto da Medida Provisória 870 que promove a reforma administrativa do governo. Há uma expectativa de que a Casa Alta reverta a mudança feita pela Câmara. Contudo, a postura pode atrasar a tramitação do texto da MP que vence na próxima segunda-feira (3) e qualquer alteração obrigaria a proposta a ser analisada novamente pelos deputados antes da sanção.
Temendo a alteração, o governo já se posicionou defendendo a aprovação da MP no Senado do jeito que ela saiu da Câmara. Caso caduque, a estrutura governamental volta a ser de 29 ministérios. Atualmente são 22 pastas.