Alesp deve votar punição contra Cury por caso de assédio
A decisão sobre a punição ao deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) no caso de assédio contra a colega Isa Penna (PSOL) ocorrido em dezembro passado, no Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), pode chegar a um desfecho nesta quinta-feira (1º), durante sessão extraordinária na Casa. A sessão de hoje é uma continuação da iniciada ontem, que teve mais de sete horas de duração.
Nesta quarta, após o presidente da Casa impedir o Plenário da Alesp de votar a cassação - e não apenas a suspensão - do mandato de Cury, o presidente da Assembleia, deputado Carlão Pignatari (PSDB), buscou, ao convocar para esta manhã uma reunião do Conselho de Líderes para chegar a uma "saída política" para o caso.
Na abertura da sessão pela manhã, a deputada Isa Penna disse ter "muita esperança" na discussão de hoje de que será aprovado "o que é correto". A defesa da parlamentar é pela cassação do mandato de Cury.
O recuo de Pignatari para uma possível mudança na pena de 119 dias estabelecida pelo Conselho de Ética da Casa se deu após pressão de parlamentares de vários partidos. Além da cassação, deputados propuseram votar a pena de seis meses, sugerida inicialmente pelo deputado Emídio de Souza (PT), relator do caso no Conselho de Ética.
O adiamento da decisão sobre o caso Cury, que Pignatari desejava encerrar na quarta, pode ser considerado como a primeira derrota do novo presidente da Alesp. Eleito com o apoio de 65 dos 94 parlamentares, o tucano abriu o Plenário virtual decidido a pautar o projeto de resolução aprovado pelo Conselho de Ética sem qualquer tipo de modificação.