Tebet aprova ação de Moraes em operação da PF
Alexandre de Moraes em permitiu a PF investigar empresários que defenderam em grupo de WhatsApp um golpe de Estado em caso de derrota de Bolsonaro nas eleições de outubro
A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) aprovou a conduta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em permitir a operação de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) para investigar empresários que defenderam em grupo de WhatsApp um golpe de Estado em caso de derrota de Jair Bolsonaro (PF) nas eleições de outubro. A operação da PF apreendeu, nesta terça-feira, 23, celulares de oito empresários e, de acordo com site Jota, havia uma troca de mensagens com o Procurador Geral da República (PGR), Augusto Aras.
Moraes, segundo Tebet, "de forma alguma" foi abusivo ao determinar a abertura da investigação. "A Justiça existe para, uma vez recebida a denúncia, investigar. E é isso que tem que se fazer. Ninguém está condenando antecipadamente, mas ninguém está acima da pena. Todos nós estamos sujeitos a sermos indiciados e processados", avaliou a candidata, em evento promovido pela Fundação Abrinq, nesta quarta-feira, 24.
Ela ainda mencionou que a denúncia "é muito grave", porque a Constituição não permite "fazer discurso golpista ou contra a democracia". "Nossa liberdade não é absoluta. Ela é a mais ampla possível nos termos da Constituição. Ninguém pode fazer discurso golpista ou contra a democracia, porque seria ferir o direito do povo brasileiro", criticou.
A presidenciável ainda enfatizou sua defesa pela democracia. "A soberania popular é uma condição fundamental para a democracia, não pode ser abalada em hipótese alguma. Ninguém tem direito dizer 'não aceito o resultado das urnas, vou questionar o resultado das urnas se A ou B ganhar a eleição, vou estimular a implantação de uma ditadura'", mencionou, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para ela, não haverá apoio das forças políticas, armadas, da imprensa ou da sociedade civil para um novo regime ditatorial. "As Forças Armadas Brasileiras não vão cair nessa brincadeira e nessa cilada. Hoje não há nenhuma uma forma da imprensa estar ao lado desse processo, muito menos a sociedade brasileira. Então quando alguns flertam com com esse tipo de discurso, que é inconstitucional, é dever do judiciário apurar, investigar", avalia.
Durante o encontro na Fundação Abrinq nesta quarta-feira, 24, Simone Tebet firmou compromisso com o Programa Presidente Amigo da Criança e do Adolescente, entre 2023 e 2026. Ela promete criar uma secretaria específica para os jovens, se eleita. "No nosso governo, criança e adolescente vai estar no centro de todas as políticas públicas. A responsabilidade será minha como mãe, como mulher e professora", garante.