TSE confirma proibição de associar Bolsonaro a canibalismo
A campanha de Lula veiculou na propaganda eleitoral gratuita trecho de um vídeo antigo de Bolsonaro dizendo, em entrevista ao jornal The New York Times, que "comeria um índio sem problema nenhum"
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta quinta-feira (13), por unanimidade, referendar a decisão do ministro Paulo Tarso Sanseverino que proibiu a campanha do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de acusar o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) de "canibalismo".
A campanha de Lula veiculou na propaganda eleitoral gratuita trecho de um vídeo antigo de Bolsonaro dizendo, em entrevista ao jornal The New York Times, que "comeria um índio sem problema nenhum". No vídeo, Bolsonaro relata suposta experiência em uma aldeia indígena. Disse que "é a cultura deles" e que só não comeu carne humana porque ninguém que estava na comitiva quis acompanhá-lo.
Sanseverino entendeu que as falas de Bolsonaro, feitas quando ele era deputado federal, foram retiradas de contexto para sugerir que o candidato consumiria carne humana em qualquer situação. Após a concessão da liminar, em 8 de outubro, Lula reclamou da decisão e disse que a propaganda veiculada por sua campanha "não é fake news".