Saída de Traumann é confissão de culpa, diz deputado

O ex- ministro da Comunicação Social era acusado pelo PSDB de criar robôs na internet contra a oposição

por Élida Maria qua, 25/03/2015 - 18:13
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Daniel Coelho também avaliou a saída do ministro como um enfraquecimento do governo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O deputado federal pernambucano, Daniel Coelho (PSDB), avaliou nesta quarta-feira (25) em entrevista ao Portal LeiaJá, a saída do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann como uma “quase confissão de culpa”. Segundo o tucano, o ex-representante do Governo Federal deveria prestar esclarecimentos na próxima semana, na Câmara dos Deputados, sobre a criação de robôs na internet contra a oposição, e esquivou-se do compromisso pedindo demissão. 

De acordo o parlamentar, o medo de ir até a Casa Federal foi o principal motivo do pedido de demissão. “Neste caso específico, ele sai porque ele tem medo de vir à Câmara para explicar os robôs que fazia na internet para atacar a oposição. Como ele não tinha como se explicar, ele terminou pedindo demissão. É uma tentativa de não esclarecer uma acusação”, alegou. 

O tucano comentou que as explicações sobre a criação de robôs foram pedidas pelo PSDB, mas agora, que Traumann deixou o cargo de ministro, não é obrigado a prestar esclarecimentos. “Com a saída do ministro ele perde a obrigação de vir. Pode até vir como convidado, mas não tem obrigação de vir, já que deixou de ser ministro”, explanou, criticando a postura de Thomas. “Essa atitude é quase uma confissão de culpa”, disparou.

Para Daniel Coelho a atitude de demissão do ex-ministro mostra o enfraquecimento da equipe da presidente Dilma Rousseff (PT). “O governo está frágil. Não sabe para onde vai. Está perdido”, alfinetou.

Com a saída do ministro de Comunicação Social, o deputado federal já pensa em outras estratégias para esclarecimentos da criação de robôs. “Existem várias evidências de que ele fazia este trabalho junto com o Franklin Martins (ex-ministro da Comunicação Social) e depois foi ministro (Thomas Traumann). Iríamos fazer umas perguntas, mas ele correu dos esclarecimentos. Vamos ver agora, que providências iremos tomar”, revelou Daniel Coelho. 

Thomas Traumann é terceiro ministro a deixar a gestão Dilma, depois de Marcelo Néri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos e Cid Gomes, da Educação.

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