Análise tática: entenda porque o Sport se desorganizou com a saída de Neto Moura

Meio-campista foi substituído por Danilo no intervalo da derrota - e eliminação - contra o Bahia

por Lívio Angelim | seg, 13/04/2015 - 17:18
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Antes de perder a vantagem da classificação e se desorganizar, o Sport teve duas posturas táticas diferentes. Uma antes do intervalo, outra depois.  A substituição de Neto Moura desencadeou uma série de acontecimentos que só prejudicaram o Leão no decorrer da partida. O confronto – que foi tão técnico na Ilha do Retiro – perdeu o caráter de jogo coletivo e a partida foi decidida em jogadas individuais que garantiu a vitória do Bahia por 3 a 2 e participação na final.

O técnico Eduardo Baptista tinha quase toda equipe confirmada na véspera da decisão em Salvador. Faltava apenas uma peça do quebra-cabeça. A vaga estava entre Felipe Azevedo, Mike e Neto Moura. Enquanto muitos queriam o primeiro (pela experiência), o treinador rubro-negro apostou no último para ganhar consistência e bloquear os volantes baianos. E conseguiu.

Equipe rubro-negra entrou em campo com forte marcação em 4-5-1 defensivo

No primeiro tempo, o técnico do Sport montou a primeira linha com quatro jogadores e a segunda com cinco (também ajudavam na recomposição Élber e Diego Souza, que chegou a fazer um desarme importante). A defesa leonina impediu com que o Bahia jogasse pelo meio, com marcação forte em Souza e Pittoni. Forçou os tricolores a tentarem o lado, principalmente com Tony. O lateral esquerdo da equipe baiana foi quem mais atacou em tentativas de cruzamento. Eduardo Baptista identificou a fragilidade e procurou corrigir.

O treinador rubro-negro tirou Neto Moura – durante o jogo explicou como uma alteração tática e, ao fim, contou que o atleta também estava cansado – e colocou Danilo, que ficou pela esquerda na cabeça-de-área. A ideia era dar mais liberdade ao meia Diego Souza. Mas precisou mudar o posicionamento de uma peça vital na primeira etapa: o volante Rodrigo Mancha, que estava pressionando a chegada de Maxi Biancucchi e Souza.

Apenas o Sport mudou no intervalo: além da substituição uma alteração tática pela função de Danilo

Mancha passou a atuar na direita da linha de três volantes, uma área até então pouco utilizada pelo Bahia, já que Pittoni se preocupava com as investidas de Élber. Enquanto o lateral direito Tony foi bloqueado, Souza teve espaço entre Danilo e Ronaldo para avançar. E o fez muito bem. Tanto no primeiro gol, como no terceiro – como homem surpresa em cruzamento de Bruno Paulista. Após sofrer o terceiro gol e ver a classificação escapar, Eduardo Baptista mandou a campo os jogadores ofensivos – já havia colocado Felipe Azevedo no lugar de Élber: entrou Régis e saiu Mancha.

O Sport foi para o abafa, o Bahia se retrancou. O time rubro-negro, pela necessidade do gol e pela escalação, sequer apresentava um desenho tático ao final do jogo. Diego Souza terminou a partida fazendo o papel normalmente desempenhado por Rithely, de ligação do meio de campo, e longe da meta adversária, local onde está acostumado a atuar. 

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