Análise Tática: Sport volta às suas características

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:45
Compartilhar:

Sem a pressão e a obrigatoriedade de conquistar a vitória a todo custo – como aconteceu contra o Socorrense, na Copa do Nordeste –, o Sport voltou às suas características ao enfrentar o Serra Talhada. Não foi um massacre, apesar do palcar de 4 a 2, porém, foi um jogo controlado amplamente pelo Leão e com poucos sustos. Claro, não foi uma partida perfeita e alguns erros aconteceram. E após o confronto, o técnico Eduardo Baptista reconheceu pontos a melhorar e isso é importante para o crescimento do time na temporada.

O 4-1-4-1, adotado desde a pré-temporada, foi a formação executada em campo pelos rubro-negros e sem muitas novidades. Eduardo Baptista optou por repetir praticamente a mesma equipe do último jogo pela falta de tempo para treinar novas alternativas. As únicas alterações foram as entradas de Vitor no lugar de Alex Silva e Oswaldo na vaga de Ewerton Páscoa, poupado. Alterações que modificaram pouco o estilo de jogo da equipe.

Com o controle da partida desde os primeiros minutos, devido ao gol de Joelinton na falha do goleiro do Serra Talhada, o Sport dosou o ritmo na etapa inicial. Por isso, não foi uma equipe tão criativa. O segundo gol com Rithely, de cabeça, após cobrança de falta, era a tranquilidade necessária ao Leão. Ficou a sensação de que se a equipe da casa tivesse um pouco mais de ímpeto, teria matado o jogo logo no primeiro tempo, até porque o adversário não colocava resistência.

Diego Souza, outra vez escalado pelo lado esquerdo do campo, teve liberdade para rodar o campo. Por muitas vezes, apareceu na zona central e também na ponta direita. Mas, apesar dessa movimentação, não participou muito do jogo. Além disso, contribuiu com o gol do Serra Talhada ao errar um passe no meio-campo cedendo o contra-ataque, que resultou no gol de Diogo. Depois disso, o camisa 87 foi substituído por Régis.

Embora a equipe sertaneja estivesse num melhor momento em campo, o Sport voltou a fazer o que mais sabe. Colocou a bola no chão, teve paciência, trocou passes rápidos e logo retomou às rédeas da partida. O terceiro tento saiu em nova bola parada e em outra falha do goleiro Gleibson. Em seguida, Régis marcou de pênalti e a vitória estava garantida. O gol de falta do Serra Talhada alterou o placar, mas não o panorama do confronto.

Ao Sport, ficou a lição de que sem afobação o futebol é outro. Contra o Socorrense, a equipe insistiu em vários cruzamentos à área sem sucesso. Diante do Serra Talhada, os leoninos aplicaram o que foi treinado na pré-temporada. Bola no chão, de pé em pé, saindo de Magrão, passando por Rithely, que inicia a transição, até chegar ao ataque em triangulações. Esse é o estilo de jogo que propõe Eduardo Baptista, mas ainda faltam ajustes na equipe que podem acontecer com mudanças de peças ou de funções.

Análise Tática: evolução do Náutico dura apenas 45 minutos

Timbu faz bom primeiro tempo com time compacto, mas se desorganiza na etapa complementar

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:31
Compartilhar:

O trabalho feito por Moacir Júnior no Náutico ainda está no início, ele ainda não tem todas as peças à disposição e, durante os jogos, busca a melhor formação para a equipe. Este último tópico parece ter sido solucionado e apresentado na vitória por 2 a 0 sobre o Piauí, pela Copa do Nordeste.

Assim como no segundo tempo diante do Salgueiro, no empate por 2 a 2, o treinador optou por escalar a equipe no 4-2-3-1. O problema é que, mais uma vez, o time jogou bem apenas um tempo. Mas este, que foram os 45 minutos iniciais de quinta-feira (19), foi um alento aos alvirrubros. Ainda que o segundo tenha sido um tormento, com um adversário frágil pressionando o Timbu.

O destaque do bom primeiro tempo do Náutico é que Moacir Júnior começa a achar a posição de cada jogador. FIllipe Soutto, cotado para ser referência no meio-campo, deixou de ser meia e jogou como volante ao lado de João Ananias. Por isso, Soutto foi muito mais participativo na transição. Por diversas vezes buscou a bola nos zagueiros para iniciar as jogadas de ataque. Resultado: o Timbu não deu tantos chutões como nos últimos jogos e a bola chegou com qualidade ao ataque.

O Náutico passou a jogar com os setores mais próximos, compacto e com possibilidade de triangulações. Um pedido por Moacir Júnior na véspera do jogo.

Outro beneficiado com este tipo de postura foi Patrick Vieira, que fez sua primeira boa apresentação com a camisa alvirrubra. Além do gol, o meia se movimentou bem, trocando de posição com Bruno Alves e dando opções de jogo no setor de criação. 

A compactação, além de contribuir com o ataque, deixou a defesa menos exposta. Porém, algumas falhas individuais seguem preocupando no setor. Contra o Piauí, Flávio voltou a mostrar algumas deficiências na marcação. Assim como David, que foi o lado mais explorado pelo adversário.

Na etapa complementar, tudo o que havia sido construído foi desfeito. O Náutico conseguiu voltar desorganizado e tomou alguns sustos. Júlio César, como de praxe, salvou a equipe em pelo menos dois lances. De acordo com o técnico Moacir Júnior, essa oscilação é normal por ter um time jovem e em formação. Mas ainda que faça sentido, o comandante do Timbu precisa buscar maneiras de evitar que isso aconteça. Por sorte e pela fragilidade do Piauí, o tento de empate não saiu.

Apesar da demora em fazer a primeira substituição – 19 minutos –, Moacir Júnior foi certeiro. Tirou Renato e colocou Jefferson Renan. O meia conseguiu dar uma nova dinâmica de jogo à equipe e marcou gol da vitória alvirrubra. Com 2 a 0 no placar, o Timbu soube levar com mais tranquilidade o restante da partida.

Análise Tática: Timbu apresenta variação pouco organizada

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:23
Compartilhar:

As duas primeiras apresentações oficiais do Náutico – ambas contra o Salgueiro – deixaram a desejar. Os empates na Arena Pernambuco mostram que o Timbu ainda não tem um time pronto e está longe disso. É bem verdade que vários reforços ainda não estrearam, mas pelo período de pré-temporada, a equipe já deveria ter o mínimo de entrosamento, mesmo sendo formado por jogadores jovens, muitos formados na base do próprio clube.

No 2 a 2 da última quinta-feira (5), pela Copa do Nordeste, os comandados de Moacir Júnior apresentaram variações táticas, mas ainda de forma desorganizada e sem efetividade na execução. Um time com setores distantes, espaçado. A consequência disto é o elevado número de ligações diretas da defesa para o ataque. Nem mesmo a entrada de Fillipe Soutto fez com que o Náutico colocasse a bola no chão e aproximasse o meio-campo da defesa e do ataque.

No primeiro tempo, o técnico Moacir Júnior, pelas circunstâncias do jogo, foi obrigado a utilizar duas formações. O time começou no 4-3-3. A novidade foi Fillipe Soutto ao lado de Hélder, quando esperava-se Jefferson Renan na vaga deste último. Enquanto no ataque o treinador optou deslocar o centroavante Josimar para a esquerda para a entrada de Stéfano Yuri. Bruno Alves se manteve pela direita, mas também se aproximou ao centro para ajudar na criação. 

Talvez pela ansiedade, como foi dito pelo próprio Moacir Júnior, esta postura não funcionou. O Salgueiro, mesmo sem ter o domínio do jogo, perdeu um pênalti e ainda conseguiu sair na frente do placar. Para completar o primeiro tempo ruim, o Náutico perdeu Elivelton e Stéfano Yuri no mesmo momento por lesões. Foi a partir daí que aconteceu a primeira variação tática alvirrubra.

Elivélton saiu e entrou Diego. E a substituição que alterou o desenho tático foi a entrada de Jefferson Renan no lugar de Stéfano Yuri. O Náutico saiu do 4-3-3 para o 4-1-4-1. Josimar voltou a ser centroavante e a linha de quatro do meio-campo foi formada por Bruno Alves (pela esquerda), Fillipe Soutto, Hélder e Jefferson Renan. João Ananias seguiu à frente da defesa. A equipe passou ter um pouco mais de consistência do meio-campo, porém ainda sem compactação.

Na etapa complementar, aos 17 minutos, a entrada de Renato deu outra cara ao Timbu. Ainda longe da ideal. Antes, o time já havia mostrado mais ímpeto em busca do empate. Com o atacante, ganhou uma nova alternativa tática, que deu mais certo. O 4-2-3-1 com Fillipe Soutto mais recuado ao lado de João Ananias, e a linha de três com Jefferson Renan, Bruno Alves e Renato fez o futebol alvirrubro crescer. Em quatro minutos, aconteceu a virada, mas que não foi sustentada por muito tempo. Logo o Salgueiro deixou tudo igual. Ainda assim, ficou a boa impressão da última escolha de Moacir Júnior. Apesar de ele mesmo apontar a vontade como fator determinante, a alteração tática também teve a sua parcela de contribuição.

Embora esta formação tenha dado o melhor resultado, Moacir Júnior não garantiu o 4-2-3-1 no clássico contra o Sport. Perguntado pelo LeiaJá, o treinador alvirrubro foi evasivo e preferiu deixar no ar a dúvida, até para não municiar o adversário do próximo domingo. Mas indicou que não descarta a possibilidade de manter o 4-3-3 usado nos dois primeiros jogos. “Pode acontecer (de manter a formação), mas pode acontecer de usar as mesmas peças em funções diferentes”, resumiu Moacir Júnior.

Análise Tática: placar do clássico não refletiu equilíbrio

Goleada do Sport por 3 a 0 sobre o Santa Cruz foi antagônico ao que as duas equipes apresentaram taticamente em campo

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:12
Compartilhar:

A elasticidade do placar do Clássico das Multidões – Sport 3 a 0 no Santa Cruz -, é antagônico a analise fria e tática do duelo. O equilíbrio foi predominante entre as duas equipes em boa parte do duelo. Mas o velho clichê de que clássico é decidido nos detalhes se aplica totalmente ao jogo de abertura do Campeonato Pernambucano. Quando parecia que o Tricolor daria as cartas do confronto, no segundo tempo, o Leão soube se sair bem do momento desfavorável e chegou ao gol de pênalti. Em seguida, já em contra-ataques mortais, ampliou e fechou o placar se aproveitando do desespero coral na tentativa de voltar ao jogo. 

Contudo, antes de tudo isto acontecer, o desenho da partida era outro. A marcação se sobrepôs à criatividade no Clássico das Multidões no primeiro tempo. O Santa Cruz, embora postado no 4-3-3, foi eficiente no sistema defensivo nos 45 minutos iniciais e neutralizou a saída de bola rubro-negra. Porém, com o pouco avanço dos laterais, os atacantes Thiaguinho, Betinho e Waldison tiveram dificuldades de concluir as jogadas. Ainda assim, este último finalizou duas vezes com condições de abrir o placar. Pedro Castro, como único meia de ofício, foi o mais lúcido na criação.

O Sport adotou o 4-1-4-1 com os meias Régis e Élber aberto pelas pontas. Rithley, à frente da defesa, era o responsável pela transição. Mas devido à lentidão de toda a equipe e também a marcação coral, o Leão quase não criou problemas no setor ofensivo aos tricolores. Élber e Danilo não apareceram para o jogo, enquanto Régis ainda tentou em algumas jogadas individuais. Não foi o suficiente. Por isso, Joelinton ficou preso entre os zagueiros sem conseguir finalizar a gol.

A etapa complementar trouxe um cenário diferente para o confronto, apesar de não haver nenhuma alteração tática. E isso aconteceu por causa da postura ofensiva com que o Tricolor voltou a campo. Os primeiros minutos foram de seguidos lances perigosos, mas de chances desperdiçadas. Ao Sport, coube tentar a alternativa da ligação direta. De início, deu certo e por duas vezes a defesa coral quase foi pega desprevenida. Mas, em seguida, o Leão voltou às suas características, rodou a bola e chegou aos gols. No primeiro, Régis sofreu o pênalti convertido por Danilo. Élber, num rápido contra-ataque, e depois livre na área, deu números finais ao jogo.

Análise Tática: como pode ficar o Sport com o DM vazio

Veja como Eduardo Baptista poderá armar o Rubro-negro quando tiver Ewerton Páscoa, Mancha e Régis à disposição

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:08
Compartilhar:

Se não houver nenhum novo problema médico, o técnico Eduardo Baptista, em breve, terá praticamente todo o elenco do Sport à disposição. E, assim, terá boas opções para armar o time titular. Quem sabe até mudar a formação da equipe. Se o treinador leonino aceitar uma sugestão, aqui vai uma, baseada nas principais características dos atletas e o que melhor eles têm a oferecer.

A primeira mudança seria abandonar o 4-2-3-1, formação inicial de toda a partida do Sport e predominante nesta temporada. Com os retornos de Ewerton Páscoa (zagueiro), Rodrigo Mancha (volante) e Régis (meia), Eduardo Baptista pode manter o meio-campo com cinco jogadores, mas com um desenho diferente. O 4-3-2-1 é uma alternativa a ser explorada e com a seguinte escalação: Magrão; Patric, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rodrigo Mancha, Rithely, Ibson, Régis e Diego Souza; Neto Baiano.

A linha defensiva, como pode ser vista, não sofrerá modificações e terá apenas a volta de Páscoa, que foi quem protagonizou os melhores momentos defensivo do time ao lado de Durval. No meio-campo, porém, algumas funções seriam alteradas. Rodrigo Mancha, por exemplo, ficaria só à frente da defesa por ser um jogador de força e desempenhar bem esta função de primeiro volante. A transição seria uma atribuição para Rithely e Ibson, pelos lados, mas também atentos à marcação nas subidas dos pontas e/ou laterais do adversário.

O setor de criação não seria sobrecarregado. Régis dividiria a responsabilidade de armar as jogadas ofensivas com Diego Souza, atleta experiente e de qualidade incontestável. O camisa 87, além de criar, também poderia contribuir no ataque com Neto Baiano, tornando-se um segundo atacante em determinados momentos.

Esta formação sugerida não alteraria as variações que Eduardo Baptista gosta de aplicar quando o time se defende. Sempre com duas linhas de quatro. Às vezes no 4-1-4-1 e outras no clássico 4-4-2. Este último é utilizado com Diego Souza e Neto Baiano em campo. E também não mudaria a postura do Sport, que é de ter uma forte marcação e sair rápido para o ataque. Pelo menos foi assim em boa parte da Série A e é assim que os rubro-negros esperam que volte a ser.

Análise Tática: Oliveira Canindé cria opções no Santa

Apesar de comandar a equipe em apenas um treino, novo técnico coral explorou fragilidade do Oeste na esquerda

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:04
Compartilhar:

Oliveira Canindé comandou apenas um treinamento com os titulares do Santa Cruz, mas algumas mudanças já puderam ser vistas contra o Oeste, no Arruda. Apesar do pouquíssimo tempo de trabalho, o treinador demonstrou conhecimento do elenco coral e em seu primeiro jogo procurou explorar as melhores características de cada atleta. Mas também adaptando ao que o adversário tinha de perigo a oferecer.

Sem mudar nenhuma peça com relação ao jogo anterior, o técnico tricolor alterou a formação e fez o time ganhar consistência defensiva – vale ressaltar a fragilidade do Oeste. Além de criar mais alternativas ofensivas, contribuindo para que Léo Gamalho não ficasse isolado na frente ou tendo que voltar para buscar a bola.

Alguns jogadores com funções especificas ajudaram o bom andamento da partida para o Santa Cruz, principalmente no primeiro tempo. Bileu em alguns momentos tornou-se um terceiro zagueiro e em outras fez a cobertura de Tony. Este, por sua vez, foi praticamente um ala e a principal arma de saída de jogo juntamente com o volante Danilo Pires, que de volante não teve nada. Danilo foi um verdadeiro ponta pelo lado direito com Léo Gamalho centralizado e Keno pela esquerda (imagem abaixo).

A equipe de Oliveira Canindé ficou pendendo apenas para um lado, já que Julinho subiu pouco e Keno ficou isolado. Isso só foi corrigido com a entrada de Tiago Costa, que, após poucos minutos em campo, sofreu o pênalti convertido por Léo Gamalho e praticamente definiu a partida. O Oeste não teve de onde tirar a reação e o Tricolor levou o jogo com tranquilidade até o final, chegando até a ampliar a vantagem com Keno.

Após o jogo, Oliveira Canindé ressaltou que esta postura do time pode mudar nos próximos jogos, a depender do adversário. O Santa Cruz foi mais seguro e tomou poucos sustos. Mas, claro, ainda há o que se corrigir. No entanto, o técnico pode apostar na repetição desta estratégia que tende a melhorar com algumas mudanças. A principal delas é a de Tiago Costa para dar equilíbrio pelos lados. Canindé ainda terá também Aílton para disputar a posição com Wescley. Agora, é esperar o que o treinador fará para o confronto ante o América-MG, na Arena Independência.

Análise Tática: Eduardo testa nova variação com 'falso 9'

Contra o Santos, na Arena Pernambuco, Eduardo Baptista abdicou do centroavante e testou nova postura

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 14:57
Compartilhar:

Ninguém pode reclamar de falta de tentativas e opções de Eduardo Baptista. Menos ainda de que o treinador não está tentando variações táticas no Sport, mesmo com tantos desfalques. Na vitória contra o Santos por 3 a 1, o comandante rubro-negro abdicou do centroavante fixo e artilheiro Neto Baiano e deu mais liberdade a Ibson. Na Arena Pernambuco, o Leão atacou no mesmo 4-2-3-1, mas com um falso nove (Felipe Azevedo). Por outro lado, se defendeu no 4-4-2, com Ibson também na linha de frente (imagem abaixo).

A vitória foi rubro-negra, mas o futebol nem de longe lembrou as boas apresentações do primeiro turno da Série A. Principalmente na etapa inicial de jogo, quando faltou agressividade na marcação e criatividade. Felipe Azevedo, como falso nove, teve pouca participação ofensiva e apareceu mais na marcação. Assim como Ibson, que cresceu junto com a equipe apenas no segundo tempo. 

Na etapa complementar, Eduardo Baptista fez a substituição que mudou a história do jogo. Após uma fraca atuação nos primeiros 45 minutos, Érico Júnior foi substituído pelo lateral direito Vitor. Assim, o jogador que estava na posição, Patric, passou a atuar na ponta, na linha de três, e o Sport ganhou profundidade. O camisa 12, autor do gol de empate, marcou mais dois e decidiu a partida a favor do Leão.

Embora não tenha funcionado perfeitamente, a tentativa de Eduardo Baptista abriu a perspectiva de seguir com um falso nove. Contra a Chapecoense, Felipe Azevedo seguirá na função. No entanto, pode servir como teste para quando Diego Souza voltar ao time. O camisa 87, principal contratatação do clube na temporada, cairá bem na posição, já que tem movimentação, bom passe e finaliza melhor do que Azevedo e o centroavante Neto Baiano.

Análise tática: início da era Dado Cavalcanti é alentador

Náutico com Dado Cavalcanti apresenta-se mais compacto e organizado na Série B

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 14:51
Compartilhar:

O Náutico não mudou da água para o vinho com a saída de Sidney Moraes e a chegada de Dado Cavalcanti. Mas, é inegável o avanço do time com menos de uma semana de trabalho do novo treinador. Os jogos contra o Luverdense e Oeste trouxeram boas perspectivas aos alvirrubros, sobretudo, no aspecto tático. O Timbu já não é uma equipe tão espaçada. Agora, apresenta uma certa compactação e, com poucos treinamentos, os jogadores demonstram uma disciplina nas funções.

Nesse primeiro momento de trabalho, o técnico Dado Cavalcanti apostou no 4-3-3, descobrindo novos jogadores como Sassá e Crislan e redescobrindo João Ananias. Esses três foram destaques nas duas vitórias seguidas do Náutico na Série B. Nas laterais, para ganhar força na marcação, o treinador optou por Roberto e Rafael Cruz ao invés de Raí e Neílson, que estavam sendo utilizados por Sidney Moraes.

Apenas Vinícius é responsável pelo setor de criação alvirrubro. Além de voltar para buscar o jogo e contribuir com passes longos, o meia conta com Sassá e Crislan que têm a missão de sair das pontas para se aproximarem ao meio. Tudo isto para municiar Tadeu, o centroavante brigador e elogiado pelo novo comandante.

No momento de se defender, a equipe de Dado Cavalcanti já apresenta uma variação tática. Sai do 4-3-3 para o 4-1-4-1 (imagem abaixo). João Ananias recua para ficar na frente dos zagueiros. Enquanto Vinícius, Paulinho, Sassá e Crislan formam a segunda linha de quatro. Tadeu também participa da marcação, sendo o primeiro homem de combate. Embora no confronto diante do Oeste, na Arena Pernambuco, isto não tenha saído sempre como o planejado.

Como foi dito no início, o Náutico não mudou completamente. Ainda apresenta falhas defensivas. Os laterais, em alguns momentos, tomaram bola nas costas. E, em outros, os zagueiros ficaram expostos. Vinícius também precisa contar mais com a participação de um dos volantes e dos pontas para construir as jogadas. Este foi um dos problemas para a falta de criatividade a equipe no 3 a 2 da última terça-feira (19).

Entretanto, é alentador o início de trabalho de Dado Cavalcanti. Com poucos dias de trabalho, ele já conseguiu projetar um time. Isso sem contar que Marinho e Cañete não foram titulares com o novo treinador. O que deve acontecer naturalmente e já na próxima partida, diante do América-RN. Espera-se que com mais tempo para treinar, os erros sejam corrigidos e o Náutico cresça seu futebol à medida que suba na classificação da Série B.

Análise tática: saiba como Diego Souza pode jogar no Sport

Novo meia rubro-negro trará qualidade na transição e opções de variação tática ao Sport

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 14:46
Compartilhar:

Diego Souza é o reforço que chega pronto para vestir o uniforme do Sport e ser titular, o camisa 10 do time. O setor de criação rubro-negro, tão criticado, ganha um jogador de velocidade, passes apurados e arremates precisos. E tudo isso o técnico Eduardo Baptista terá sem precisar alterar a formação tática leonina, que vem dando certo desde o início da temporada. A engrenagem montada no 4-2-3-1 ganhará qualidade na transição da defesa para o ataque. O último clube do recém-contratado rubro-negro no Brasil foi o Cruzeiro, de onde saiu após a Copa das Confederações de 2013. E é de lá que vem o exemplo para a formação leonina.

Na Raposa, Diego Souza era o meia central na linha de três do 4-2-3-1, que ainda contava com Dagoberto pela esquerda e Everton Ribeiro na direita. No ataque, Anselmo Ramon e Borges revezavam como o centroavante do time. Embora não tenha tido uma grande passagem pelo clube mineiro, participou do início da campanha do inquestionável título Brasileiro e foi vice-campeão Mineiro. Foi substituído por Ricardo Goulart, então aposta do técnico Marcelo Oliveira.

Apesar da versatilidade em poder jogar pelas pontas e até como centroavante, no 4-2-3-1, Diego Souza deve mesmo atuar pelo meio na equipe de Eduardo Baptista. É justamente essa a maior carência no elenco rubro-negro, que já teve o Aílton, os atacantes Felipe Azevedo e Leonardo, e até Augusto César. Régis, até a estreia do novo reforço, deve ter uma oportunidade também.

Porém, isto não significa dizer que terá de jogar um ou outro. Sem abdicar da forte marcação, o técnico leonino pode colocá-los juntos em campo na mesma formação. Ou até testar a pedida variação tática na equipe. Voltando ao 4-4-2 tradicional e mantendo os três volantes, Régis pode ser o meia armador e Diego Souza o segundo atacante pouco atrás de Neto Baiano. Essa é apenas uma das possibilidades que o técnico Eduardo Baptista terá em mãos, como mostra a imagem abaixo.

O meia Diego Souza já não precisa mais provar que tem qualidade. A missão, agora, é tentar manter a regularidade. Foi isto que o sabotou em alguns clubes, inclusive o Cruzeiro, nos últimos anos. Por isso, um currículo com tantos times. Entretanto, é um reforço e tanto para o Sport, principalmente pelo que já mostrou vestindo as camisas do Grêmio, Palmeiras e do Vasco.

Vídeo: baiano concorre a pior onda do mundo em 2015

Marcio Freire levou uma 'vaca' em 21 de janeiro deste ano no Havaí

por Lívio Angelim | ter, 24/02/2015 - 17:43
Compartilhar:

O melhor surfista do mundo é um brasileiro, o paulista Gabriel Medina. Mas nem por isso significa que todos no Brasil se destacam positivamente no esporte. É o caso do baiano Marcio Freire, que levou uma 'vaca' em 21 de janeiro deste ano, em Maui (Havaí) e concorre ao Wipeout of The Year Award Entry 2015 - ou a premiação da pior onda do ano. Apesar da queda, o atleta não sofreu nenhuma lesão.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Carregando