Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Clube do retrocesso

Luiz Mendes, | seg, 21/07/2014 - 09:00
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Não doeu, não envergonhou, não fez nada. A humilhação dos 7 a 1 contra a Alemanha não surtiu nenhum efeito na CBF. Não adianta. Quem comanda o futebol nacional nada entende do esporte. São políticos. Entendem de acordos, comerciais e de poder. 

Marin e Nero deram a um ex-goleiro que se profissionalizou na venda e compra de jogadores  a missão de reorganizar a abalada seleção brasileira. O caráter pessoal prevaleceu sobre o profissional. Por maiores que fossem os clamores populares por um time com um sistema de jogo moderno, com um treinador que fosse um estudioso do futebol, a decisão para se escolher o novo/velho treinador do Brasil foi baseada na amizade.

Gilmar Rinaldi e Dunga são amigos há mais de 30 anos. Estiveram juntos na conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. Dez depois integraram o time de Carlos Alberto Parreira que conquistou o tetracampeonato mundial. Agora a dupla se reencontra no comando da seleção brasileira.

O capitão de 1994 volta ao banco de reservas como treinador assim como fez de 2007 à 2010. No currículo de técnico as conquistas de uma Copa América, uma Copa das Confederações, o primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas, uma eliminação nas quartas de final de uma Copa e um título de campeão gaúcho. Muito pra quem só comandou duas equipes em toda a carreira.

Junto com Dunga volta à seleção o regime de concentração quase militar, a exaltação a volantes brucutus e as rusgas com a imprensa. Se em 2014, com Felipão, os jogadores choravam demais, em 2010 a instabilidade emocional foi ao contrário.

A tão esperada e anunciada revolução no futebol nacional não veio. Não tinha como ser diferente. Como dito no início do texto, políticos gerem a CBF. Não há como acreditar em promessas de políticos.

3 dentro

- Cruzeiro. O melhor time do Brasil caminha a passos largos para conquistar o bicampeonato nacional. A equipe azul de Minas Gerais já abriu cinco pontos de vantagem para o segundo lugar na competição.

- D’Alessandro. Argentino é dono do meio campo do Internacional e maestro do time. A goleada por 4 a 0 em cima do Flamengo teve a atuação impecável do camisa 10.

- Bernardinho. Mesmo perdendo o título da Liga Mundial para os EUA, o treinador da seleção brasileira de vôlei mostra que é um dos melhores do mundo na função de comandar equipes. A autocobrança por rendimentos de alto nível fazer qualquer equipe de atletas que ele esteja à frente sempre brigue por títulos.

3 fora

- Santa Cruz. Antes da parada para a Copa do Mundo era o único time invicto nas séries A e B. Após o retorno do mundial é a equipe que tomou sete gols em dois jogos. A instabilidade defensiva tricolor é um defeito que o treinador Sérgio Guedes parece fechar os olhos.

- Náutico. A intertemporada não está mostrando resultados dentro de campo. O que se vê é um time bagunçado e confuso. Quem demonstra está mais perdido é técnico Sidney Moraes no banco de reservas.

- Shakhtar Donetsk. Falta bom senso do time ucraniano recheado de jogadores estrangeiros. O país vive um clima de tensão, aumentado pela explosão de um avião da Malaysia Airlines na semana passada. Por esse motivo, os brasileiros Alex Teixeira, Fred, Douglas Costa, Ismaily e Dentinho se recursam a retornar ao Leste Europeu. O dono do time Rynat Akhmetov ameaça punir quem nãi cumprir “as obrigações que estão nos contratos”.

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