Uma mulher denunciou, nesta segunda-feira (9), que ao procurar atendimento num hospital particular na cidade de Maceió foi estuprada pelo médico que a atendeu. O caso foi levado ao Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), que vai instaurar sindicância para apurar as denúncias.
Sentindo um ardor ao urinar, a mulher, que não teve o nome divulgado, procurou atendimento médico num hospital particular da capital alagoana. Informando o seu problema ao médico, que também não teve o nome divulgado, ele pediu para que ela deitasse na maca porque iria examiná-la. A moça questionou a necessidade de examinar sua vagina, tendo em vista que o esperado por ela seria um exame urinário. Mesmo não estando muito convencida, a paciente fez o que o médico pediu.
##RECOMENDA##[@#video#@]
O caso ganhou repercussão depois que a amiga da paciente postou o acontecido no Facebook, na última quarta-feira, 4 de outubro. Ao que foi compartilhado (com nomes fictícios): “Antes de entrar na sala onde João estava atendendo, Joana notou que a paciente anterior saiu desnorteada da sala. Joana entrou e, após João reclamar que ela havia demorado muito (15 dias) para ir, disse que seria necessário um exame local, mesmo a paciente afirmando que não estava com nenhum tipo de secreção, apenas um ardor ao urinar (um exame ginecológico feito na emergência por um clínico geral (?)). Joana achou estranha a solicitação, o fato de não haver uma maca apropriada, nem bata, nem luvas ou equipamentos na sala".
[@#galeria#@]
A postagem continua a dar detalhes do episódo. "João tirou uma luva de dentro de sua própria bolsa e, sem nenhuma delicadeza, enfiou o dedo médio na vagina de Joana. Enfiou e tirou o seu dedo umas quatro vezes e disse que se ela ficasse excitada era normal, se ela gozasse era normal”, publicou Wallescka Lyra, amiga de “Joana”, nome fictício criado por ela para poder compartilhar o fato.
O presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, afirma que o conselho tem até três anos para concluir a investigação. "Na fase de sindicância, nós vamos em busca de indícios do abuso. É uma fase considerada preliminar. Se houver evidências, nós instauramos um processo, que tem até cinco anos para ser concluído. Após o processo, vem a fase de julgamento. Mas, acreditamos que não será necessário tanto tempo para conclusão do processo", falou Fernando Pedrosa, ao Gazeta Web.
Segundo informado, também, pelo secretário do Cremal, Benício Bulhões, ao portal Cada Minuto: “A sindicância é apreciada por uma comissão de julgamento do Conselho Regional. Essa denúncia ou qualquer outra pode ser arquivada ou encaminhada para abertura de processo ético onde, no final da apuração vão ficar estabelecida as penas”, afirmou.
O médico pode ter uma pena confidência ou ele pode ter o registro de medicina cassado, afirmou o secretário. O hospital onde o denunciado trabalha informou que não sabia do acontecido.