Após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgar ilegal a greve de 42 dias iniciada pelos funcionários dos Correios e exigir retorno das atividades na sexta-feira (14), sob penalização de multa diária de R$ 20 mil por dia de trabalho faltado, os profissionais acataram a orientação. De acordo com o secretário jurídico e de anistia do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintect-PE), Rinaldo Nascimento, mesmo com o retorno das atividades, o sindicato vai recorrer da decisão até às últimas instâncias.
“Durante todo o tempo da greve o TST declarou como legal nosso movimento e pediu aos Correios que não descontasse os dias não trabalhados. Não sei o que aconteceu ontem, tudo saiu totalmente diferente das nossas expectativas”, revelou, acrescentando que, devido à paralisação, os funcionários terão 15 dias de salário descontado, além de compensar os demais dias faltados. “Seguimos não concordando com a decisão, mas vamos retornar às atividades a partir das 0h da sexta-feira, como foi solicitado”, finalizou.
##RECOMENDA##Paralisação - A greve dos funcionários dos Correios foi iniciada para reivindicar as mudanças no benefício do plano de saúde. Segundo os trabalhadores, a transição do Correios Saúde para o Postal Saúde traz “danosas mudanças” aos profissionais.
De acordo com o Sintect, a entrada da nova empresa vai de encontro ao acordo coletivo de trabalho e, como consequência, seriam impostas condições precárias, encarecimento do serviço e achatamento dos salários dos trabalhadores.
Os Correios afirmaram que, desde janeiro, a operacionalização do plano de saúde já foi transferida para o Postal Saúde. Mesmo assim, a empresa garante a permanência da gestão pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).