O último grande poeta da geração Beat, Lawrence Ferlinghetti, que promoveu o movimento da contracultura nos Estados Unidos na década de 1950 com sua livraria City Lights e suas próprias obras, morreu na segunda-feira aos 101 anos, informou a loja nesta terça (23).
"Nós amamos você, Lawrence", declarou a City Lights no Twitter.
##RECOMENDA##Nascido em 1919 em Nova York, ele participou dos desembarques na Normandia em 1944 na Segunda Guerra Mundial e testemunhou o horror da bomba atômica em Nagasaki.
Em 1953, se tornou um dos fundadores da City Lights em San Francisco. A livraria logo se tornou um meio de expressão para a poesia beat, um ponto de encontro para seus artistas.
Dois anos depois, se tornou a primeira editora de autores icônicos como Jack Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg.
Ferlinghetti publicou seu próprio livro "A Coney Island of the Mind", em 1958, que vendeu mais de um milhão de cópias e o estabeleceu como um importante poeta.
Em 1957 ele foi preso sob a acusação de obscenidade por publicar "Howl" (Howl), um poema icônico de Ginsberg que se tornou um dos ícones da geração Beat. O poema, que fala sobre homossexualidade e drogas, foi criticado como obsceno, mas Ferlinghetti foi absolvido após um julgamento altamente divulgado.
A City Lights disse que Ferlinghetti "continuou a escrever e publicar novos trabalhos até os 100 anos de idade".
"Sua curiosidade não tinha limites e seu entusiasmo era contagiante e sua falta será muito sentida", disse a livraria em seu site.