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A Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco anunciou o investimento inicial de R$ 500 mil para pesquisas e monitoramento sobre os ataques de tubarão na Região Metropolitana do Recife, que pode alavancar o R$ 1,5 milhão já investido pelo Porto de Suape sobre o tema, o que totaliza R$ 2 milhões. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (9),  no Palácio do Campo das Princesas, pela secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Fernando de Noronha, Ana Luiza Gonçalves, após o registro de três ataques de tubarão em menos de 15 dias em Pernambuco. 

De acordo com a secretária, em reunião com Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), reitores e pesquisadores das universidades públicas de Pernambuco, prefeitos da área costeira da Região Metropolitana do Recife e representantes do governo federal, foram colocadas outras oito ações iniciais de implementação e efeito de curtíssimo, curto, médio e longo prazo, além das 24 já existentes.

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Ana Luiza ressaltou que o governo federal, que estava representado pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Pesca e Aquicultura, propuseram construir um efital junto à Fiepe, CNPQ e Facepe para estimular pesquisas na área. 

“A gente acredita que esse volume pode, inclusive, ser alavancado. Além disso, Suape anunciou aproximadamente R$ 1,5 milhões de reais de pesquisas direcionadas ao tema. Suape já tinha tido uma primeira fase do projeto Megamar, que tinha R$ 1 milhão em investimentos, mas a área do projeto Megamar inicialmente era limitada àquela região de Suape”, disse. 

A segunda etapa da pesquisa conta com a ampliação do número e de locais de equipamentos sonoros que serão instalados na Região Metropolitana para acompanhar a movimentação dos animais marítimos. “Ao invés de a gente ter somente a área de Suape, vai ser ampliado para a Região Metropolitana do Recife. Suape já contava com 20 equipamentos sonoros e agora vai ser ampliado: serão mais 10 que vão ser espalhadas pela Região Metropolitana. Essas ações foram muito pontuais e bem-vindas”, afirmou.

O aumento do efetivo dos sobrevoos de helicópteros e a indicação de um maior número de guarda-vidas são ações de urgência que já estarão valendo a partir da sexta-feira (10), em todos os municípios de área litorânea da Região Metropolitana. “Criamos um comitê centralizado de educação ambiental para que essas ações fossem otimizadas. Temos um ponto focal hoje que vai estar na CPRH, e diversas instituições com ações de educação ambiental podem se comunicar para otimizar. Já tem muito material, inclusive na UFPE e UFRPE. Elas já tinham um acervo muito bom direcionado para crianças e adolescentes, e tudo isso pode ser aproveitado”, indicou. 

Ana Luiza fez questão de ressaltar a importância e necessidade da ciência para que haja um avanço na temática do ataque de tubarões em Pernambuco, com registros desde 1992, e entender o motivo da maior intensidade de ataques nos últimos dias. 

Por sua vez, o coronel Robson Roberto do Cemit informou as ações que já começaram a ser feitas com a tentativa de evitar que o banhista entre nas que estão proibidas, sobretudo a área de Jaboatão dos Guararapes, na praia em Piedade, em frente à conhecida “Igrejinha”.

“Hoje já foram feitas as trocas das placas da Igrejinha. Também fizemos a reposição, como já foi determinada à Secretaria-Executiva do Cemit para que fizesse próximo àquela área onde aconteceu o novo ataque”. Não havia risco de ataque no local até a segunda-feira (6), quando a jovem de 15 anos foi atacada e teve o braço amputado. 

De acordo com Robson Roberto, o monitoramento das placas de aviso de risco de tubarão que estão deterioradas também já foram determinadas pela governadora Raquel Lyra (PSDB), e deu orientações iniciais.

“A praia continua sendo item de lazer e inclusão. Porém, nesses 33 quilômetros que existem essas restrições, a gente pede à população para que respeite as sinalizações, respeite o poder de polícia de guarda-vidas e as orientações. Não é negócio do Corpo de Bombeiros entrar em atrito com banhistas, surfistas. Então, se ele for convidado a sair da água, é porque o guarda-vidas tem conhecimento técnico para pedir que ele se retire, porque está colocando em risco a vida dele e do próprio guarda-vidas”, orientou. 

 

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