Janguiê Diniz

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O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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Ciência sem fronteiras

Janguiê Diniz, | sex, 13/04/2012 - 08:33
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O que é ciência? A resposta para esta indagação é encontrada na própria atividade científica e só através dela é possível respondê-la.  Ciência não é senso comum. Ciência significa argumentação lógica, relações de causalidade, hipóteses falseadas. Enfim, a ciência desmistifica a realidade e sugere novas tecnologias.

A atividade científica está atrelada à educação e a formação do cientista ocorre desde o ensino básico. São os ensinamentos iniciais transmitidos pelo professor que possibilitarão que o aluno adquira o interesse pela ciência. No caso, o educador tem condições de incentivar o aluno para indagar a realidade, propor novos ensinamentos, produtos e interpretações de fenômenos físicos e sociais.

Não é possível pensar na formação de cientistas desconsiderando as variadas etapas da educação. O Brasil tem, atualmente, cerca de 5,9 milhões de alunos no ensino superior e, talvez, muitos cientistas tenham desabrochado por completo durante essa fase dos estudos. É nesta etapa que as carreiras são definidas em virtude da vocação profissional do indivíduo e nas variadas atividades em que a aptidão científica pode ser exercida.

A realização do mestrado e do doutorado são etapas que precisam ser cumpridas pelos cientistas. Costumamos  dizer que, no mestrado, respostas empíricas ou teóricas surgem diante de problemas científicos e que no doutorado, alunos aplicados podem construir teorias sofisticadas para explicar variados tipos de fenômenos. Além disso, nas etapas apresentadas, a criatividade dos alunos floresce e se consolida.

A inserção internacional da atividade científica é necessária, pois o compartilhamento do conhecimento possibilita o aprimoramento ou a criação de novas análises, teorias e tecnologias. Além disso, debater e aprender com professores que têm visões de mundo diferentes podem vir a permitir a inovação.

O Estado brasileiro, através das agências de fomento Capes e CNPq, deve incentivar fortemente o surgimento de novos cientistas. Mas os investimentos não devem estar concentrados apenas nas universidades públicas. As instituições privadas de ensino e de pesquisas também precisam ser contempladas com tais investimentos, já que nelas se concentram 4,43 milhões dos alunos do ensino superior. Diante desses números, a parceria com empresas privadas, que devem investir na inovação, se faz necessária.

Recentemente, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a criação do programa Ciência sem Fronteiras. Por meio dele, o governo pretende possibilitar que 100 mil estudantes brasileiros frequentem as principais universidades do mundo, dos quais 20 mil devem ir para os Estados Unidos. Louvável a atitude da presidente. O programa Ciência sem Fronteiras chega como um incentivo para a formação de cientistas brasileiros. Afinal, um país desenvolvido precisa produzir ciência. E a presidente Dilma mostra que tem ciência disso!

 

 

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