Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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A renovação que não muda nada

Luiz Mendes, | sex, 18/07/2014 - 09:10
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A goleada por 7 a 1 contra Alemanha não doeu nos dirigentes da CBF. A derrota, para eles, não foi nada além de um acidente de percurso. Não mexeu no brio. Não deu vergonha.

Difícil esperar alguma espécie de constrangimento de quem vem fazendo do futebol brasileiro um mero balcão de negócios, com venda de jogos da seleção e explorando a marca para, apenas, fazer dinheiro. 

Diante o vexame na Copa dentro de casa, foram propagados aos quatro ventos mudanças, reformas e revoluções no futebol nacional. A brisa da esperança de dias melhores soprou no rosto de cada torcedor. Durou pouco. Nesta quinta-feira a tempestade de realidade caiu sobre a cabeça de todos.

A chuva fez a baixar a poeira da fantasia e mostrou que tudo estava como antes, com pequenas diferenças. Marin, Nero e Gallo agora têm a companhia de Gilmar Rinaldi, homem com experiência no futebol. Foi um razoável goleiro que integrou o banco de reservas na Copa de 1994, uma lástima como dirigente no Flamengo e um competente agente de jogadores de futebol.

Em uma entidade que há muito tempo esqueceu-se de gerir o esporte que representa e passou a ter mais interesse em ganhos econômicos, parece ser coerente trazer alguém que tinha como trabalho utilizar atletas como mercadoria. 

Deixe guardada a esperança de um futebol moderno no Brasil em um lugar seguro. De tempos em tempos confira como ela anda e não a deixe morrer. Tenha fé, um dia as coisas mudam.

3 dentro

- Neto Baiano. Não foi o gol que Pelé queria ter feito, mas a pintura do centroavante rubro-negro está na galeria dos mais bonitos arremates feitos no Brasil em 2014.

- Mesut Özil – Durante um ataque israelense contra o território palestino um grupo de crianças foi atingido por bombardeios. Uma delas usava a camisa do Real Madrid com o número 23 e o nome do meia alemão nas costas. O fato chamou a atenção do jogador que destinou a sua parte na premiação pela conquista da Copa do Mundo para as vítimas do conflito no Oriente Médio.

- São Paulo. O técnico Muricy Ramalho parece ter deixado de lado o futebol retranqueiro-eficiente que o consagrou como um dos melhores treinadores do Brasil e passou para um jogo mais dinâmico e de toque de bola. Pelo menos foi i que deu para perceber na vitória do tricolor paulista contra o Bahia por 2 a 0. Essa é uma boa estratégia para um time que tem Luís Fabiano, Alan Kardec, Kaká, Pato e Ganso.

3 fora

Fórmula 1. A categoria está cada vez mais desprestigiada entre os brasileiros. Uma prova é que as tradicionais transmissões dos treinos classificatórios terão menos tempo na TV. Se antes, aos sábados, os admiradores da velocidade tinham um hora para assistir a formação do Grid de largada, a partir de amanhã (19), ficarão restritos aos vinte minutos finais da classificação. 

 - Botafogo. O alvinegro carioca está em uma de suas principais crises econômicas. O clube está sofrendo com penhoras e por isso fica cada vez mais difícil conseguir algum tipo de empréstimo ou adiantamento que possa aliviar um pouco as dívidas.

- Blackpool. Não seria estranho se esta história acontecesse no Brasil. Na Inglaterra, o treinador do Blackpool, time da segunda divisão do futebol inglês, ameaça deixar o clube 37 dias depois de assumir o cargo. O motivo seria a falta de jogadores no elenco. Atualmente a equipe conta apenas com oito atletas durante os treinamentos.

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