Tópicos | 1ª quadrissemana de setembro

Amparada especialmente pela deflação dos alimentos in natura, a inflação na capital paulista desacelerou de 0,56% no fechamento de agosto para 0,50% na primeira leitura de setembro. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (11) pelo gerente técnico de Pesquisas do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Moacir Mokem Yabiku. "Devem continuar ajudando a inflação", estimou.

Com expectativa de mais alívio nos alimentos, a Fipe alterou sua projeção para o IPC fechado de setembro, de uma alta de 0,32% para 0,30%. Para o grupo Alimentação, do qual faz parte os in natura, a estimativa é de quase estabilidade (0,01%), após recuo de 0,66% na primeira quadrissemana de setembro. "Sazonalmente, é um período de queda para os in natura. No entanto, a taxa acumulada no ano e em 12 meses até agosto ainda está elevada. Ainda tem espaço para cair", afirmou, ao referir-se às variações de 11,49% no acumulado deste ano até agosto e de 20,64% em 12 meses. Na primeira leitura do mês, os in natura caíram 4,26%, ante retração de 1,87%.

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O tomate, segundo a Fipe, teve a queda mais representativa, de 16,88%, o que ajudou a levar o segmento de legumes para deflação de 9,51% na primeira medição do mês. Também houve recuo nos preços dos tubérculos, de 8,81%, e em ovos, que tiveram baixa de 0,22%. Já as frutas ficaram no campo positivo, com alta de 1,03%. "Ainda que os in natura tenham participação inferior (de 4,84%), têm peso importante no orçamento das famílias", disse, ao comparar o peso dos in natura com os semielaborados (6,56%) e industrializados (9,41%).

A despeito do aumento registrado na primeira leitura do mês, o subgrupo dos alimentos industrializados também permitiu desaceleração da inflação na capital paulista, disse Yabiku. A variação passou de elevação de 0,41% para 0,28%, enquanto os semielaborados diminuíram o ritmo de baixa, de 0,73% para recuo de 0,33%.

Além da sazonalidade favorável, típica desta época do ano para alguns itens alimentícios, o gerente da Fipe disse observar um comportamento mais cauteloso do consumidor na hora de gastar, em razão da crise econômica. "Menor movimento nos supermercados, com consumidores procurando mais promoções e marcas que até então não consumiam, em busca do melhor preço", disse.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,50% na primeira quadrissemana de setembro. O número representa desaceleração em relação à leitura de agosto, quando o IPC avançou 0,56%.

Na primeira leitura de setembro, três grupos de produtos desaceleraram ganhos ou ampliaram queda em relação ao resultado de agosto. Em Habitação, a alta diminuiu de 1,51% no mês passado para 1,33% na primeira estimativa de setembro. Em Saúde, o aumento foi de 1,10% para 0,93%. Já em Alimentação, os preços caíram em ritmo mais forte na primeira prévia de setembro, de 0,66%, após recuarem 0,52% em agosto.

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Por outro lado, houve aceleração nos preços de Despesas Pessoais, de +0,95% para +1,02%, e de Vestuário, de +0,26% para +0,63%. No caso de Transportes e Educação, os preços mantiveram na primeira quadrissemana de setembro o mesmo ritmo de alta de agosto, de 0,05% e 0,11%, respectivamente.

Veja como ficaram os itens que compõem o IPC na primeira quadrissemana de setembro:

Habitação: 1,33%

Alimentação: -0,66%

Transportes: 0,05%

Despesas Pessoais: 1,02%

Saúde: 0,93%

Vestuário: 0,63%

Educação: 0,11%

Índice Geral: 0,50%

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