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A partir do dia 1º de abril, o Teatro Adamastor, localizado em Guarulhos, recebe a exposição “Terra Sagrada – Preservação da Cultura” produzida pela Associação de Arte Indígena de Guarulhos.

O evento vai fortalecer e preservar a tradição da cultura indígena, além de homenagear as etnias que ainda habitam na cidade, entre elas os Pankararé, Pankararú, Tupi, Pataxó, Xucurú, Wassu Cocal, Xavante, Guajajara, Tupinambá, Fulni-Ô, Geripankó, Terena, Guarani, Kaingang, Kariri-Xocó e Krenak.

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Segundo o Presidente da Associação Arte Nativa de Guarulhos, AwaKuayWera, a exposição também leva à sociedade um pouco do conhecimento e do respeito à mãe terra.

Vale lembrar que a entrada é gratuita e o horário de funcionamento é das 9h às 22h. O Adamastor fica na av. Monteiro Lobato, 734, Macedo.

 

A partir da próxima sexta-feira (6) até o dia 15 de julho, o Centro de Convenções, em Olinda, recebe a 13ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). São 29 mil metros quadrados destinados para a Feira, que conta com artesãos de todo Brasil, entre eles 257 de artistas pernambucanos e mais de 40 países. A novidade desta edição são os estandes da Áustria, Camboja, Catar, Congo, Líbia e Turcomensitão, que participam pela primeira vez do evento.

A decoração de toda a Feira foi inspirada, este ano, no Sertão de Luiz Gonzaga. Em memória ao centenário do Rei do Baião, a 13ª Fenearte também reservou 120 metros quadrados para a exposição de painéis, exibições de shows e obras do Mestre Lua que serão reproduzidas em TVs, além de uma réplica de Gonzagão em tamanho real. Oito praças de descanso foram pensadas a partir de referências da música do Rei do Baião. Outra novidade é uma brincadeira virtual, que promete transformar os visitantes no Mestre Lua, através de dois monitores de LCD, que sensíveis ao toque combinam as tecnologias de reconhecimento facial e realidade aumentada.

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A arte indígena também ganhou espaço próprio para mostrar sua cultura, arte e culinária. Participam da Feira as etnias Fulni-ô (Águas Belas), Xucuru (Pesqueira), Pankararu (Tacaratu e Petrolândia) Kambiwá (Ibimirim, Inajá, Floresta e Garanhuns), Pataxó (Bahia) e Potiguar (Rio Grande do Norte). Como nas edições anteriores, a moda marca presença mais uma vez no evento. Todos os dias haverá desfiles, das 18h às 19h, que irão explorar a estética do couro com peças inspiradas no vaqueiro nordestino. Nomes como Ricardo de Castro, Manu & Paulo Medeiros e Meninas do Olhos apresentam suas coleções.

Este ano, 30 ruas serão ocupadas com espaços de comida artesanais e comidas prontas dentro do pavilhão, além de 2 mil metros quadrados fora do pavilhão reservados como praça de alimentação . A parceria da organização do evento com a Associação de Bares e Restaurantes promete trazer uma estrutura melhor para os visitantes.

O acesso à Feira estará sendo feito pela Av. Agamenon Magalhães, em frente ao Chevrollet Hall. A Avenida Professor Andrade Bezerra, que dá continuidade à Estrada de Belém deixará de ser entrada e saída e será apenas saída de carros. Mais uma vez, haverá vans fazendo o translado do Shopping Tacaruna para o Centro de Convenções durante o horário de funcionamento da Fenearte, além de mais de 500 vagas na Fábrica Tacaruna.

A 13ª Fenearte promete movimentar R$ 36 milhões em negócios e espera um publico de 295 mil pessoas. Os visitantes também poderão conferir mais de 60 shows de cultura popular durante os dez dias da Feira. Confira a programação artística no site do evento.

A primeira peça da exposição ArteFAtos Indígenas é um grande cocar kayapó feito de penas vermelhas e azuis de araras. Logo em seguida, o visitante conhece versões menores do mesmo objeto, confeccionadas com canudos de plástico amarelos, daqueles usados para tomar refrigerante. Os modelos,  representantes legítimos da arte desse povo que vive em Mato Grosso, podem ser vistos gratuitamente no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, até o dia 8 de janeiro.
 
“As pessoas têm uma ideia de que os índios estão contaminados, que a cultura está decaindo, porque eles usam materiais que não são naturais. Na verdade, é o contrário, eles estão enriquecendo, estão se apropriando de materiais novos para fazer aquelas coisas que sempre fizeram”, explica a curadora da mostra, Cristiana Barreto.
 
Com a comercialização proibida desde 2004, as plumas vêm sendo deixadas de lado pelos índios, segundo Cristiana. A mudança de material não afeta, no entanto, a força simbólica dos adornos. “Eles continuam tendo o mesmo significado tradicional, apesar de feitos com outros materiais”, ressaltou.
 
Entre as 270 peças expostas estão tangas de tecido decoradas com sementes e miçangas dos povos Tiriyó e Kaxuyana, outro exemplo de mistura do convencional com a reinvenção. Cristiana conta que as miçangas são praticamente um item tradicional, introduzido pelo contato com escravos fugitivos da Guiana Holandesa no século 19, enquanto as sementes começaram a ser usadas depois do intercâmbio cultural com os Wayana, em tempos recentes. “A exposição tenta questionar um pouco essa noção que a gente tem do que é tradicional e do que é moderno”, destaca a curadora.
 
A Cobra Cosmológica, retratada em escultura no início da mostra, é figura presente na mitologia de vários grupos indígenas. Pela sua representatividade, tornou-se até o logotipo da exposição. O artista que esculpiu a obra, entretanto, é um dos que buscam introduzir a inovação na arte dos Palikur.
 
“Ele começa a representar constelações, estrelas em esculturas que antes os índios não faziam”, relata a curadora em referência a obras como o Barco Mítico. A escultura está em uma das vitrines da mostra, com a indicação de que “não faz parte do repertório tradicional dos povos do Oiapoque”.
 
Inovações como essa precisam ter boa aceitação dentro dos grupos para se tornarem significativas para a comunidade. “Na medida em que isso tem certa aceitação, que todo mundo admira, dentro do grupo e fora, para venda, eles começam a fazer mais”, explica Cristiana.

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